Fix Me || Nono Capitulo.
.Fix Me.
.Kaya.
.Are you going?.
"E o que te faz pensar
Que você vai conseguir tirar meu nome da sua boca?"
Éseêne é uma linda
mulher. Nada menos que muito incrível. Ela tinha aquele tipo de sorriso fácil.
Um brilho no olhar misteriosamente intrigante. Havia uma confiança nela que
fazia com que todos parassem apenas para olha-la. Éseêne era tipo de mulher que
fazia com que qualquer homem se apaixonasse perdidamente.
Confesso que nunca
me senti inferior a ninguém, mas me paguei encolhendo os ombros sentindo-me um
pouco deslocada perto dela.
Harry me
cumprimenta rapidamente, com um leve aperto de mão e um sorriso encantador. Ele
olhava para Eseêne com os olhos brilhando, exatamente como meus pais se
olhavam. Era evidente que se amavam.
Logo todos estavam
conversando sobre a decoração do ambiente, entre risos e piadas. Eles eram um
grupo excêntrico, e eu mal conseguia falar algo, apenas ficava olhando de um
para o outro. Percebi que Niall também estava quieto, ele parecia meio tenso.
Tentei puxar seu olhar para mim, de repente conseguir perguntar se ele estava
bem, mas ele apenas mantinhas seu rosto para Eseêne.
—Éseêne você deveria se tornar minha modelo
oficial, meu vestido ficou maravilhoso em você. – Gemma disse descendo os olhos
pelo corpo inteiro dela. E realmente, o vestido parecia ter sido feito para
caber exclusivamente nela.
—A pergunta é o que
não fica bonito nela? – Niall disse, meio baixo.
—E exatamente o que
eu estava pensando. – Gemma diz.
—Antes, para que eu
aceite ser sua modelo Gem, você tem que me embebedar muito. – Éseêne disse
fazendo todos soltaram um riso, ate mesmo eu.
—Eu sei que seu
número para ficar alegre com champanhe e oito, então me deixa pegar as bebidas
de verdade. – Gemma piscou para Éseêne e saiu da nossa pequena roda.
—Agora você fica
porre antes da meia noite. – Harry comentou balançando a cabeça de um lado para
o outro em negação.
—É você Harry, vai
beber o que? – Perguntou Niall erguendo a taça de champanhe na sua direção.
—Só água. – disse
dando de ombros.
—Seu estraga
prazeres. Você e bem mais divertido quando toma um porre. – Niall soltou com
acidez.
—Sinto muito ser o
estraga prazeres da noite, mas estou dirigindo hoje.
—Há meu Deus eu amo
essa música! – Éseêne disse de repente meio que interrompendo a estranha discussão.
Eu não conhecia
aquela música, era uma melodia agitada e sexy. Perfeita para dançar. A dois.
—Você sabe que eu
não danço anjo. – Harry disse e Niall tomou um comprido gole do seu champanhe e
se pronunciou.
—Eu quero dançar,
vamos? – Éseêne se virou para ele e deu uns pulinhos demonstrando sua animação.
—Como nos velhos
tempos. – Ela disse.
Niall riu e se
virou para mim erguendo a taça em minha direção. Sem reação e cumprindo bem o
papel de trouxa ao qual fui escalada para essa noite, pego a taça da sua mão e
o vejo andar junto dela ate a pista de dança, não muito longe de onde Harry e eu
estávamos.
—Idiota. – Resmungo
para mim mesma.
—O que? – Harry
pergunta, e momentaneamente eu tinha ate mesmo me esquecido que ele estava ali.
Olhou ao redor e
vejo algumas cadeiras em conjunto com mesas.
—Eu disse que
preciso me sentar. – invento e Harry assente caminhando comigo ate as tais
cadeiras.
Estou em um puro estado
de confusão. Talvez minha vontade seja quebrar essa taça em certa cabeça loira.
Quando me sento na cadeira à primeira coisa que faço e me desfazer da maldita
taça, quase espatifando o vidro quando bato com toda força ao depositá-la sobre
o mármore.
De onde estou
sentada ainda posso ver os dois. Eles estão dançando intimamente, mas ainda
assim parecem completos estranhos. Eles simplesmente não ornam juntos.
Porque Niall me
trouxe aqui se pretendia me tratar como uma desconhecida?
Enquanto tenho esse
pensamente, algo em minha cabeça surra “Vocês são desconhecidos”.
E caio por terra
quando me toco que só estou nessa situação porque permiti. Deixei que uma
faísca ridícula no coração comandasse minhas ações. Talvez eu mereça um “bem
feito”?
—Como você
consegue? – Pergunto curiosa para Harry, que esta de costas como eu.
—Consigo o que? –
Ele diz franzindo o cenho, parecendo ate mesmo meio que alheio.
—Ver eles dois?
Harry me encara e
de repente a serenidade em seu olhar desaparece. Ele respira profundamente e me
encara.
—Eles são apenas
amigos. – Ele diz e da de ombros com um pequeno sorriso aparecendo no canto da
boca, com direito a covinhas e tudo.
Imaginei o quanto
eles deveriam se amar, e isso era perceptível para qualquer pessoa que passasse
alguns minutos com eles.
Levanto-me da cadeira e dou um sorrio para
Harry. As curtas palavras que trocamos juntos me fez criar uma boa impressão
dele.
—Boa noite Harry,
ate uma próxima. – Digo quando me levanto da cadeira, pronta para partir.
—Você já vai?
—Sim.
—Mais e o Niall? –
Ele pergunta olhando além de mim, provavelmente para os dois que ainda estão
dançando.
—Ele parece ter
vindo sozinho de qualquer forma. – Dou de ombros e Harry apenas balança a
cabeça levemente.
—Ate mais ver, diga
que mandei um tchau a Gemma.
Enquanto caminho
para fora daquele lugar, faço questão de olhar apenas para frente, ignorando a
presença de Niall e Éseêne. Não sei se ele me viu saindo, prefiro que não
tenha, mesmo porque a ideia dele vindo atrás de mim e incomoda, mas confesso
que a possibilidade dele ter me visto e não ter vindo atrás de mim e bem mais
perturbadora.
Enquanto volto para
casa andando penso no quão anseio por esquecer tudo o que aconteceu hoje
A noite está fria,
e começo a me arrepender de não ter levado nenhum casaco para me cobrir quando
começo a sentir os primeiros pingos da chuva caindo sobre minha pele como
pequenas agulhas de tão gelado. Claro, para a noite terminar primordialmente
como em um filme tinha que haver a chuva.
Quando dobrei a esquina do meu apartamento a chuva já caia
livremente, e eu estava ensopada me tremendo por inteira quase em um estado de
hipotermia. Mesmo sabendo que correndo estava me molhando muito mais, ignorei
este fato e corri o mais rápido que meus saltos permitiam ate meu apartamento.
Quando atravesso a
porta de casa um alivio instantâneo me atinge. Respiro fundo e fecho a porta,
me recuso a encenar a dramática cena de escorregar na porta e sigo andando para
a minha cozinha onde sei que vou encontrar meu bom e velho vinho.
Normalmente nunca estaria bebendo bem no meio
da semana, mas quer saber? Estou pouco me importando, hoje certamente foi um
dos dias mais estranhos e por mais que eu finja não ter existido eu sempre vou
me lembrar.
Então eu ligo o
foda-se e bebo direto do gargalo. E para completar quando faço isso me lembro
da conversa que tive com Niall mais cedo.
Vou direto para o
meu quarto e retiro minhas roupas molhadas, ligo a banheira, ponho meu roupão
de felposo e enrolo uma toalha na cabeça, para depois me jogar na cama com minha
garrafa de vinho.
Olho para o meu
teto com a claraboia contando os inúmeros pingos de chuva que caem deixando a
visão para o céu borrada.
A cena deve ser um
pouco cômica e solitária, mas isso não me preocupa. O que realmente me preocupa
e esse incansável sentimentozinho irritante martelando em meu peito. Não me
lembro de ter sentido algo do tipo antes. Me pego surpresa quando descubro que
estou com raiva também, um tanto quanto magoada.
Especialistas dizem
que os animais sentem quando seus donos estão tristes, por isso presumo que
Yasha veio ate meu colo esfregando o focinho rosado e geladinho em meu pulso.
Dou o que ela quer e o que eu preciso; atenção. E assim termina meu dia,
permito que meus olhos se fechem apenas quando a última gota de vinho vai parar
por entre meus lábios.
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