Nymphomaniac || Vigésimo Oitavo Capítulo

09:33 Unknown 35 Comments




   Acordo na quarta-feira com o despertador, aquela música já tão conhecida por mim, a marcha imperial nunca me pareceu tão chata quando o Darth Vader aparecia em Star Wars. Logo depois de parar o som, do qual já estou enjoado, troco o toque por uma música qualquer que o próprio Iphone fornece. Fico uns segundos olhando para o ícone de mensagem tentando dar uma olhada, na verdade, eu pensava que iria acordar e ver uma nova MSG enviada por um número desconhecido, mas felizmente ou infelizmente, ainda não decidi, não há nada novo. Reprimindo minha mente por pensar nisso faço o mesmo que no dia anterior, tomo meu banho primeiro, mas antes de ir para o banheiro pego a minha toalha, não quero estragar o carpete de vez. Depois de por uma calça, tênis e além do moletom uma camisa de mangas compridas, porque hoje Londres acordou mais fria do que nunca, inclusive, com uma neblina que anuncia uma chuva torrencial, saio de casa para correr até cansar e ir ao café da esquina.  

   Nunca imaginei gostar tanto de fazer isso, a medida que as músicas que eu mais gosto vão tocando eu me sinto mais disposto e quando dou por mim já estou na minha terceira volta. Paro em frente a cafeteria, respiro fundo e pego meu celular para verificar as horas, saí de casa eram apenas sete e meia, em mais uma hora dei três voltas pelos dois quarteirões do meu prédio e da cafeteria. Fico muito empolgado e começo a achar que posso fazer o percurso em menos tempo, então, respiro profundamente e faço tudo de novo.

   Tento manter um ritmo, mas infelizmente tenho que desviar de algumas pessoas que transitam pela calçada, isso me deixa frustrado e fico pensando que meu tempo não será tão bom. Quando chego na rua de trás da cafeteria vejo aquelas pessoas correndo juntas, hoje estou em melhor estado para ir até eles, mas quero completar meu tempo, então apenas passo direto e meu ego fica lá em cima à medida que vou ultrapassando um por um. Isso é tão divertido.

   Imagino que eu estou parecendo um pateta correndo e rindo a toa, porque as pessoas estão me olhando com raiva, mas se elas soubessem o quão legal é. Passo pelo meu prédio e sinto que meus pés estão doendo, talvez essa tenha sido minha última volta. Quando paro em frente a cafeteria nem espero minha respiração ritmar, pego meu celular e aperto o botão com força, devo ter gritado alto quando vi que meu tempo foi de quinze minutos, cinco minutos a menos do que dei em apenas uma volta.

   Entro no café muito feliz, estabelecendo a meta de amanhã fazer esse percurso em dez minutos. Dessa vez não tem ninguém na fila para ser atendido. Peço um café preto e um muffin de laranja, estou meio cansado para ir para casa agora, então me sento do lado de fora numa das mesas desocupadas. Dou duas mordidas no muffin antes de engolir, e quando dou por mim já comi por inteiro e meu café está pela metade, isso de correr dá fome. Saco meu celular do bolso e paro a música. Destravo a tela e vou até a lista de contatos, vou passando com o dedo pelos nomes, tentando me distrair para não tomar o café de uma vez só, paro no contato da minha mãe, mas logo abaixo o nome "Sara" me chama atenção e quando dou por mim já apertei no botão para ligar.

   —Harry? - merda, porque eu liguei?

   —Há, oi Sara! - droga!

   —Oi! - solto o copo de café na mesa e levo minha mão aos meus cabelos, puxando e coçando minha nuca. Droga, estou nervoso. —Por que você me ligou?

   Sua voz é divertida e mesmo não sendo uma piada solto um riso anasalado, que só faz meu nervosismo mais aparente.

   —Eu não sei...- digo hesitante apertando minha nuca enquanto a palavra "Idiota" surge ao longe no meu inconsciente. Merda, mil vezes merda.

   —Você é tão engraçado! - ela me acha engraçado, ok...isso é bom? —Já que você não sabe porque me ligou, eu posso te dar um motivo...

   Mordo meus lábios para não soltar outro riso idiota de nervosismo. Murmuro um "Huhum" e me remexo desconfortável na cadeira quando um trovão faz um clarão no céu nublado.

   —Você pode me levar para aquele almoço que eu fiquei te devendo no outro dia. - arregalo meus olhos e fico sem palavras. Ela é tão sutil, quase tão sutil como Sn...Merda!

   —Claro, acho ótimo. - digo rapidamente, então pareço desesperado e Sara solta uma gargalhada.

   —Então combinado. A gente pode se encontrar na frente do restaurante, você só precisa me dizer qual será. - coço minha cabeça e vejo outro trovão fazer clarão, essa chuva caíra torrencial.

   —Acho que a chuva pode atrapalhar nossos planos. - digo fazendo careta, mesmo sabendo que ela não pode ver.

   —Então você vem me buscar. - pela primeira vez sinto a hesitação na sua voz, afasto o celular do meu ouvido para ver as horas, são nove e treze.

   —Me diz onde é e passo ai as onze e meia. - digo mordendo meus lábios, rezando para que não seja longe do restaurante que tenho em mente.

   —Não tem erro. É um prédio amarelo atrás do Westfield London.

   —As onze e meia estarei ai. - Sara murmurou um "sim" entre risos, em um ato de coragem encerrei a ligação sem dizer tchau, logo depois comecei a me sentir mal, quis mandar uma mensagem pedindo desculpas, mas não queria ver aquela mensagem.

   Então liguei para minha mãe, que atendeu no primeiro minuto. Enquanto ouvia ela me dar uma bronca por não ter ligado nos últimos dois dias terminei de tomar meu café e comecei a andar, depois de pedir desculpas e prometer ligar todos os dias depois da faculdade ou antes, pela manhã, enfim tivemos uma conversa produtiva.

   —Eu vi a Eleanor outro dia no Shopping com o Louis e a mãe. - dona Anne disse animada e não pude conter minha própria animação.  

   —Como eles estão? - perguntei entrando no Hall do prédio, revirando os olhos ao ver aquele idiota do porteiro com seu ridículo sorriso amarelo para cima de mim.

   —Nem parece que está grávida, tadinha sempre foi magrinha, mas o Louis há..aquele menino não muda, Harry! - mamãe riu, e fui incapaz de não rir junto, realmente Louis não pareceu amadurecer nada nesses últimos...Louis nunca amadureceu.

   —Eu sei como ele é. Mas então? - incentivei-a a falar enquanto passava sem dar moral para a cara de alegrinho do porteiro. Subi as escadas calmamente dessa vez.

   —A gente conversou e depois fomos até a praça de alimentação, pois a Eleanor estava com desejo de sorvete! Depois o Louis me disse que outro dia teve que ir as dez da noite atrás de abacaxi! Abacaxi só tem no verão. - até pude imaginar mamãe revirando os olhos para tudo isso e não pude me sentir mais feliz pelo meu amigo.

   —Isso é ótimo mãe! - disse quando entrei no corredor indo direto para a minha porta.

  —Onde você estava mesmo que não me disse? - mamãe perguntou já curiosa. Foi minha vez de revirar os olhos.

   —Comecei a correr e troquei o horário da faculdade. - disse hesitante esperando o surto que ela tomaria por não ter dito isso antes.

   —Hum...isso é...por?

   —Eu precisava de um rumo. - disse sem na verdade dizer nada, esperando que ela sacasse que eu não queria falar sobre isso, mas ela é minha mãe...e por mais que "saque" nunca deixaria por meras palavras.

   —Isso tem haver com aquela moça? - mordi meus lábios e fechei a porta atrás de mim, fiquei nervoso e quando vi já estava coçando meu couro cabeludo.

   —Se eu disser que sim vou ter que explicar? - passei a língua pelos lábios indo direto para a cozinha.

   —Harry Edward Styles sou sua mãe e claro que vai ter que explicar, da última vez que estive aí você ficou todo estranho, mal deu atenção para a sua família, estou começando achar que essa moça significa bem mais do que você quer dizer. - franzi meu cenho ouvindo cada palavra, me lembrando de quando mamãe ralhava porque fiz algo de errado, parece que certas coisas nunca mudam. Engoli em seco e sentei no banco da cozinha.

   —Certo, eu vou lhe contar, mas tem que jurar que depois disso não vai dizer mais nada a respeito desse assunto. Temos um trato? - perguntei rezando para que ela aceitasse. Eu tinha que contar, mas não queria que ela me questionasse, apenas aceitasse, é pedir muito?

   —Tudo bem. - não senti firmeza e no fundo eu sabia que o assunto não morreria ali.

   —Conheci Sn no primeiro dia da faculdade. A gente conversou e...ficamos...- ok, não é fácil falar. Mamãe murmurou um sim com um tom nada convincente. —Mas, não deu certo...

   —Por que não deu certo? - engoli em seco. Eu não poderia dizer que vi Sn com outro...bem com outros e sabe-se lá com quantos mais.

   —Digamos que a gente queria coisas...diferentes.

   —Certo. - quase pude ouvir o engolir da minha mãe. Acho que nessas meias palavras ela pôde entender. Mas então me lembrei de Sara.

  —Eu conheci outra pessoa. - mamãe soltou um som esganiçado, quase como descrença.

   —Eu pensei que você estivesse triste por essa moça, a Sn...- fiz uma careta. Não era isso, na verdade, era longe disso. Eu queria muito não sentir tudo isso que sinto, queria muito não me lembrar das mãos daquele homem tocando seu corpo ou dela dançando com aquele cara, queria que apenas nossos momentos fizessem parte das minhas lembranças, mas infelizmente não é assim. Eu estava todo errado sobre nós dois.

   —O que eu tenho com a Sara não é o mesmo que eu tinha com a Sn. - respondo depois de um tempo. E é verdade, com Sn as coisas eram tão intensas que até hoje sinto sua presença por cada maldita parte desse Loft, como se ela tivesse marcado tudo, para sempre. Já Sara, é tão divertida e por um momento penso que talvez eu esteja a usando e isso me faz sentir um pesar no fundo do peito.

   —Eu só quero seu melhor, filho. Quando você me disse sobre essa moça naquela ligação eu fiquei feliz, então te vi daquele jeito na sexta, talvez, possa ter a tratado mal quando estive aí.

   —A senhora não precisa se preocupar, pois agora está tudo certo. - digo coçando meu nariz.

   —Eu espero que você me diga se as coisas não estiverem bem. - balanço a cabeça assentindo, então digo um "claro" porque ela não pode me ver.

   Mamãe muda de assunto me surpreendendo para o meu completo alívio. Falamos sobre Gemma e o seu namorado e sobre sua dificuldade de assumir um compromisso, depois sobre Robin ter ficado muito feliz pelos meus planos de fazer o estágio durante as férias. Nossa conversa termina com eu tendo que prometer novamente que ligaria todos os dias. Quando encerro a ligação e vou até a geladeira beber água vejo no relógio pendurado na parede, são quinze para as onze, quase cuspo a água e vou correndo até meu quarto para tomar um banho.


***


   Me olho no espelho apenas para constatar que tenho que cortar meu cabelo, está grande e não para quieto. É irritante o fato de ter que ficar toda hora arrumando com os dedos. Como estou sem tempo, sou obrigado a usar a mesma calça preta apertada, mas o sobretudo azul que ganhei mês passado da minha mãe fica bem em mim e pelo menos paro de me preocupar com a calça.

   Meu tempo fica curto, minha conversa com dona Anne me tomou bastante tempo. Fico aliviado quando olho pela janela de vidro do meu quarto e vejo que o céu, apesar de nublado, ainda está livre de chuva. Saio o mais rápido possível de casa e pego logo minha bolsa para ir do restaurante direto para a faculdade. Quando entro em meu carro ligo o aquecedor numa potência agradável. Este inverno em Londres será rigoroso, logo a neve chega e o frio será insuportável. Fico triste ao constatar que logo mais não vou ter como correr com toda a neve.

   Ando pelas ruas na velocidade máxima permitida, odeio de verdade me atrasar para os meus compromissos, mas ultimamente isso tem se tornado frequente. Quando chego na rua atrás do Shopping vejo as horas no rádio do carro e dou graças a Deus por estar bem em cima da hora. Vasculho a rua e vejo o prédio em amarelo chamativo. Vou encostando o carro  aos poucos até ver Sara sair pela porta junto de uma outra mulher.

   Paro o carro e abaixo o vidro, sentindo o ar gelado entrar no carro com uma lufada, me fazendo arrepiar. Sara me vê, diz algo para a moça ao seu lado que sorri para ela e da um leve tapa em seu braço, Sara diz mais alguma coisa antes de dar a volta pela frente do carro e parar na porta do carona. Abro imediatamente.

   —Oi Harry. - ela se inclina na minha direção e me abraça, me pegando desprevenido, mas eu já deveria estar acostumado com esse seu jeito espontâneo. 

   —Como foi seu trabalho? - pergunto apertando o botão para a janela se fechar.

   —Tenho certeza que você não quer me ouvir falando sobre como eu gosto de separar vários papéis para meu chefe assinar ou o quanto eu amo ir buscar uma dúzia de cafés por dia para ele. - fiz uma careta e ela riu amargamente.

   —Ok, então cortando o assunto trabalho, você gosta de comida Italiana? - pergunto e vejo seu sorriso de diversão brotar.

   —Nunca provei, mas tenho certeza que vou amar. - piscou para mim, antes de dirigir sua atenção para a bolsa em seu colo. Dei partida no carro enquanto a neblina ia tomando conta da rua, dificultando minha direção.

   Trocamos meias palavras a viagem toda, que na verdade foi bem curta, porque as ruas estavam tomadas de cinza, cheguei a pedir para que a Sara pegasse meus óculos na minha bolsa. Na metade do caminho a chuva começou a cair e quando estacionei o carro no meio fio fui o primeiro a sair, retirei meu sobretudo sentindo o frio cortante ultrapassar minha camisa de lã, abri a porta do carro e Sara saiu gargalhando, tentei cobrir nós dois com o casaco mais não estava adiantando de nada o frio era cortante. Sara não parava de rir, eu nem sei qual era a graça, mas suas risadas são tão contagiantes que me peguei gargalhando junto com ela enquanto corríamos para entrar no restaurante.

   O calor do interior do restaurante foi bem-vindo, logo eu e Sara estávamos sentados na única mesa vaga. O garçom trouxe o menu e Sara me disse que confiava em mim para escolher a sua comida.

    —Eu nunca entrei em um restaurante Italiano antes na minha vida, você escolhe! - disse enquanto pegava o pano que estava sobre a mesa e começava a secar seu rosto molhado pela chuva.

   Olhei para os pratos dispostos no menu e tudo era muito típico da Itália, nenhuma comida dali era nova para mim.

   —O que você acha de Bruschetta para a entrada? - pergunto e Sara faz careta.

   —O que vem a ser isso?

   —É uma torrada com tomate e mais algumas coisas em cima.

   —Me parece comestível. - sorri para ela e voltei a olhar o menu.

   —Depois a gente pode comer Tortellini de Bolonha.

  —Esse eu conheço! - Sara quase gritou e depois tapou a boca com as mãos rindo enquanto as pessoas ao redor olhavam para nós dois.

   Fiz nossos pedidos para o garçom e esperamos no total de meia hora enrolando entre conversa sobre nada relevante e comendo torrada. Depois do prato principal Sara disse  que queria escolher a sobremesa e quando viu a figura de sorvete disse que era aquilo que queria. Dividimos uma taça de Gellato.

   Paguei a conta e saímos do restaurante. A chuva ainda caía, só que agora vez mais fraca. Olhei as horas em meu celular e vi que ainda faltava meia hora para minha estrada na faculdade, no entanto, não poderia deixar Sara na sua faculdade, era do outro lado da cidade e com certeza eu chegaria atrasado.

   —Não se preocupe eu pego um táxi. - Sara disse olhando para a rua.

   —Deixa que eu tento chamar um para você. - me aproximei da rua e avistei um táxi característico da marca Austin FX4. Acenei e o carro veio encostando no meio fio, olhei para Sara que já caminhava na minha direção com o mesmo sorriso de sempre.

   —Então agora você só me deve aquele jantar. - disse mordendo seus lábios, balancei a cabeça rindo do seu sempre bom humor.

   —Pode ser para esse sábado, você está livre? - perguntei hesitante e Sara sorriu abertamente.

   —Você sabe onde eu moro. - disse, piscou para mim e foi andando em direção ao carro. Demorou um mísero minuto para que eu tomasse coragem e puxasse Sara pelo pulso, fechei meus olhos, segurei seu rosto com minha mão trêmula e encostei meus lábios nos dela. Seu beijo era gelado e sua boca tremia em um sorriso, me afastei dela e saí andando em direção ao meu carro enquanto escutava sua gargalhada soar feliz.

   Entrei em meu carro e nem dei importância a chuva. Fui incapaz de não abrir um sorriso, isso era bom. Sara me fazia bem, era divertida e bonita. A gente podia dar certo, não é? Sua presença me deixava feliz e por breves segundos eu me esqueci dela.


***


   Quando cheguei em casa eu estava muito cansado. Me joguei no sofá  e fiquei alguns minutos apenas tentando relaxar meus músculos. A semana que perdi de aula me fez perder um trabalho de Sociologia, no qual eu tenho uma semana para entregar, mas não foi apenas esse trabalho, me sinto atolado em deveres de diversas matérias das quais não sei o assunto. Depois de me martirizar por lembrar do porquê eu fui suspenso, me levanto do sofá e vou direto para meu banheiro tomar um banho.

   Depois de vestir minha calça de moletom e uma das várias blusas de lã, me sento na minha cama com o meu MacBook pronto para virar a noite fazendo esse trabalho e deveres. Primeiro estudei o assunto em meu livros e comecei a digitar meu trabalho quando meus olhos começaram a pesar e as palavras que eu digitava saiam erradas. Pisquei diversas vezes tentando superar o sono, mas o dia de hoje foi terrivelmente longo. Me convenço de que poço fazer esse trabalho amanhã, então fecho meu MacBook e me cubro com as cobertas caindo no sono imediatamente.


   Me sento na cama e pisco diversas vezes tentando me acostumar com a escuridão que toma o quarto. Começo a tatear a mesinha ao lado da cama atrás do meu óculos, quando o ponho consigo ver que pela janela de vidro entra a luz da rua, deixando o quarto numa penumbra, ainda chove lá fora e os pingos de água batendo na janela são audíveis. Não me lembro de ter desligado a luz do abajur ou a luz do quarto.

   Me preparo para levantar, mas então olho para meu banheiro e vejo alguém lá dentro, meu coração dispara e acendo a luz do abajur o mais rápido que consigo, então meu coração dispara com o dobro da velocidade ao ver de quem se tratava.

   Sn me olha pelo vidro que rodeia o banheiro e sorri para mim. Ela desliga o chuveiro e sai pela porta toda molhada.

  —Você acordou! Me desculpe se fiz barulho. - Sn vem até a ponta da cama abrindo um sorriso, aquele seu sorriso carregado de segundas intenções.

   Engulo em seco quando ela sobe na cama e vem até mim rastejando de joelhos pelo colchão. Seus lábios estão vermelhos, como na sua foto, seus seios balançam à medida que ela se move, seus cabelos grudam por seus braços e ela não parece sentir frio. Quando para à minha frente seus lábios formam um sorriso enquanto sua cabeça tomba para o lado, soando terrivelmente sexy e adorável.

  —O que você está fazendo aqui? - pergunto tentando controlar minha súbita vontade de acariciar seu rosto.

   —Você me chamou, Harry. - meu nome na sua boca soa estranhamente íntimo e se torna algo que quero ouvir para o resto da minha vida.

   —Diz de novo. - sussurro e quando dou por mim meus dedos estão tocando seus lábios, tão vermelhos se tornando tão beijáveis.

   —Harry...- puxo seu queixo em minha direção e sinto seu beijo, imperdível, intenso. Ela é a melhor. Nossos lábios dançam no próprio ritmo sobre a luz da lua pálida. Estou queimando e sinto isso em todo lugar. Seus dedos encostam em meu rosto, são quentes, tão tocáveis. O ar falta em meus pulmões, me afasto e vejo o brilho do seus olhos tão irresistíveis.

  —Você é o melhor erro que já cometi. - digo enquanto meus olhos se perdem na imensidão das suas íris, seus lábios tremem sorrindo para mim, apenas para mim.

  Sn vai se afastando e meu corpo vai junto. Ela se deita na cama, estou sobre seu corpo, meu peso sobre sua pele, sincronizando-se à medida que as batidas do meu coração aumentam.

   —Me faça sentir como se fosse a primeira vez. - e seus olhos se fecham para mim, tudo soa como um paraíso sombrio. Seus cabelos se espalham pela cama, sua pele reluz como seda sobre os lençóis escuros. Sou atraído por seu brilho e beijo cada pedaço que vejo pela frente, venerando seu corpo. Tão lindo.

   Impulsiono meu quadril sobre suas pernas, Sn se move afundando sua cabeça no colchão, mordendo seus lábios, sua expressão me deixa no mais completo deleite. Beijo seus seios, mordo, chupo, vejo cada pelo do seu corpo se arrepiar. Quando sua voz preenche cada canto do quarto, soando meu nome por entre seus lábios, minha pele parece arder em brasas. É tão quente.

   Suas mãos puxão minha camisa, me despindo com rapidez enquanto seus olhos se abrem para mim me fazendo perder o controle. Avanço sobre seus lábios, beijando com força, enfiando minha língua em sua boca sentindo seu gosto, mordo seu lábio puxando entre meus dentes. Sn geme alto movendo seu quadril com força, fazendo meu membro se apertar em minha calça. Seus dedos tocam meu rosto de novo, ela tira meu óculos deixando-o sobre a cama.

   Passo minha mão por sua cintura, descendo pela lateral do seu corpo. Tocando seu quadril, agarro sua perna afundando a ponta dos meus dedos em sua coxa, passando por dentro, sentindo seu calor perto da virilha, tocando seu centro. Molhado.

   Sn segura o cós da minha calça de moletom e o puxa junto com a minha cueca. Então suas mãos me envolvem com firmeza. Afundo minha cabeça na curva do seu pescoço, inspirando seu cheiro gostoso. Suas mãos me guiam, sinto sua umidade na minha ponta e seu aperto a medida que a tomo para mim. Afundo meu quadril com leveza ouvindo seu engasgar no pé do meu ouvido. Tão única. Minha.

   Beijo a ponto atrás da sua orelha enquanto seu corpo se remexe sob o meu, sua pele roçando na minha enquanto nosso suor se mistura. Me apoio sobre minhas mãos, a cada lado da sua cabeça, meus dedos entre seus cabelos espalhados claros como o sol no meio da escuridão. Seu corpo reluz. Tudo para mim.

   Sinto ela ao meu redor. Isso e tão bom. Prendo minha respiração e me movo calmamente. Suas pernas me rodeiam e me puxam mais fundo, arfo junto ao seu gemido sufocado que reverbera pelo fundo da garganta. Seus seios se movem à medida que me mexo, seus lábios permanecem abertos deixando escapar cada soar. Esta noite ela é minha. Apenas minha.

   Sinto o formigamento, meu coração disparar e minha cabeça perder a razão. Estou quase lá. Sn me puxa, fazendo meu tronco colar ao seu, seus dedos enrolam meus cabelos e nossas testas de colam, ela solta um gemido e abre seus olhos me encarando com o fogo queimando nítido.

   —Me mostre o quão orgulhoso está de ser meu...goze para mim Harry. - e eu me perco por completo, enquanto seus lábios se movem para me beijar. Então... eu acordo.



  —Porra. - me levanto assustado me sentando na cama. As luzes estão acesas. O banheiro está vazio. Apenas a chuva faz barulho no quarto. Foi um sonho.

   Estou banhado de suor e nem preciso me descobrir com o lençol para constatar meu estado vergonhoso. Preciso urgente de um banho gelado. Pego meu celular na mesinha e vejo as horas, são quatro e quarenta da madrugada. O pior de tudo é que eu sei que depois disso será impossível conseguir pregar os olhos.   

   Me levanto da cama chateado com tudo isso. Por que? Por que justo quando as coisas parecem ir bem ela aparece? Agora na porra do meu sonho. Pego minha toalha e entro no banheiro tirando minha roupas molhadas pelo suor. Minha raiva não faz minha excitação ir embora. É como se esse sonho tivesse acontecido de verdade e quando fecho meus olhos ainda vejo sua pele...eu ainda posso sentir tudo.

   Entro em baixo do chuveiro sentindo a água quente molhar meu corpo. Fico uns minutos parado, esperando que a água acalme meus ânimos, relaxe meus músculos, mas nada acontece, ainda sinto a tensão como se estivesse enraizada em mim. Pego a esponja de banho e passo por meus braços, ombros, nuca, barriga...todo o canto onde suas mãos estiveram. Os vergões vermelhos aparecem imediatamente, a água quente faz arder, mas eu permaneço esfregando. Jogo a esponja com força no chão e desligo o chuveiro, saio do banheiro pisando fundo deixando o carpete ensopado, mas não estou nem aí. Entro no meu closet e arranco minha cueca, a deixando jogada no piso, pego outra cueca, uma calça de moletom, uma blusa e um casaco, me visto às presas e saio de casa, já correndo.

   Não faço ideia de que horas são, mas as ruas estão quase congelando e ainda está escuro. Dessa vez, quando chego em frente a cafeteria, que ainda está fechada, passo dela e vou além desse quarteirão, quando dou por mim já estou quase no fim da avenida e meu corpo parece ter energia para correr mais mil quilômetros, então vou em frente. Alguns pingos de chuva começam a cair, só então percebo que aquela chuva de antes havia cessado e pela escuridão que toma o céu outro temporal está por vir. Então faço o caminho de volta para meu prédio.

   Na metade do caminho a chuva já está caindo cortante, forte e grossa, quando entro em meu prédio nem o calor é capaz de me deixar confortável. E assim se segue pelo resto do dia.

   Vou para a faculdade às três da tarde esperando que as aulas me façam esquecer este maldito sonho, mas na verdade meus olhos não precisam nem estar fechados para que eu me lembre nitidamente de absolutamente tudo. Perco meu controle e me sinto praticamente humilhado quando no meio da aula fico excitado. As pessoas ao meu redor nem ao menos reparam em mim, mas tenho a sensação de que todos estão me julgando em suas mentes. Quando o sinal apita sou o último a me levantar da cadeira, tento cobrir meu quadril colocando a minha bolsa para a frente da calça  e vou caminhando até meu carro olhando para todos os lados. Dirijo com rapidez, no entanto, me refreio ao perceber que a chuva pode causar um acidente e vou conduzindo com uma calma disfarçada. Fico aliviado quando estaciono na minha vaga de sempre e claro deixo o carro todo torto. Subo as escadas com pressa e pela primeira vez rezo para não ver Sara no corredor, assim como nos "velhos" tempos.

   Tiro apenas meus sapatos e me jogo no meu sofá, porque não vou conseguir dormir na minha cama por um longo tempo. Então eu durmo, surpreendentemente eu apenas durmo.

   Acordo na quinta-feira mais do que aliviado ao constatar que não tive nenhum sonho, até mesmo meu corpo parece mais leve. Tomo meu banho e vou correr. Faço isso até no sábado, quando saio com Sara de noite. Nosso jantar é muito agradável, então percebo que senti a sua falta nesses dias. No fim da noite Sara me beija, e por um momento penso que sou capaz de me esquecer do sonho fazendo uma nova memória com ela, mas quando fecho meus olhos e nossos lábios se tocam a única coisa que consigo pensar é no beijo de Sn e sou obrigado a me afastar deixando uma Sara confusa e sem graça. Peço desculpas e ela parece entender, mas me sinto terrivelmente culpado.

   Passo o domingo com minha mãe no telefone, ela faz questão de passar para Gemma e Robin, depois ligo para Louis e ele me diz que Eleanor está deixando ele maluco. No fim da noite faço meu trabalho de Sociologia e adianto alguns deveres para entregar na segunda e na terça, não consigo dormir, algo me impede e uma tensão horrível cresce quase me sufocando, então eu sou dominado pelo cansaço. Acordo um pouco tarde na segunda e meu tempo de corrida diminui, decidi cozinhar algo e passei duas horas com minha mãe na webcam conversando sobre uma tal receita de Frango a passarinho. Vou para a faculdade mais cedo e me tranco na biblioteca para estudar, mas aquela tensão volta e fico terrivelmente frustrado quando não consigo ler uma página inteira sem me sentir incomodado. Saio mais tarde, coloco o capuz e quando estou entrando no carro meu telefone toca, é Sara. Ela me convida para correr e fico feliz por ela parecer a mesma Sara alegre de sempre, aceito seu convite e ficamos disputando corrida pela avenida que corta meu prédio, até tarde da noite, chego cansado em casa e percebo que me sinto relaxado, consigo dormir. Na terça feira Sara me convence a me escrever para fazer academia e na quarta estou comprando suplementos numa farmácia que o tal do instrutor me mandou tomar. Na quinta Sara jura que estou bem mais forte do que quando me conheceu, rio da sua cara e digo que ela é louca, ela diz uma frase super clichê antes de avançar sobre meus lábios. "Estou louca por você". Passo o resto da noite me questionando sobre essa frase. O quanto ela é verdade?

   Na sexta não vou a academia e prefiro ficar em casa conversando com Gemma pelo telefone, ela me fala sobre a sua loja mais quando toco no assunto do namorado ela diz que mamãe quer falar comigo e assim eu passo mais de quatro horas sentando no sofá rindo de tudo que minha mãe diz, aquela tensão me perturba pela noite inteira. No sábado sou surpreendido pela visita do meu pai, a gente sai para almoçar juntos e depois o levo para conhecer as instalações da faculdade, ficamos juntos até à noite quando ele vai embora e eu vou para a academia, fico preocupado quando não encontro Sara por lá e quando estou de volta a meu prédio bato na sua porta, ela me recebe com o rosto inchado dizendo que está gripada, fico o resto da noite tomando sorvete, sentado com ela no seu sofá. No domingo faço minha sopa para levantar seus ânimos e dessa vez sou eu quem fica para baixo quando me lembro daquele dia com Sn. Invento uma desculpa para ir embora mais cedo e passo meu domingo sentando em meu sofá me relembrando de tudo. Maldita gripe. Maldita sopa.

   Na segunda me mato correndo e dessa vez não paro na cafeteria, vou até o mercado fazer compras para uma receita que mamãe me passou pelo telefone enquanto estou no meio dos corredores. Emendo o café pelo almoço e chego tarde na faculdade. Vou para academia e volto andando com Sara rindo das coisas absurdas que ela diz sobre seu chefe "pé no saco". Na terça acordo tarde com uma sensação estranha e não vou correr, apenas faço um café, tomo calmamente sentindo pesar em meu estômago. Hoje terei que ir a faculdade, enfim entregar aquele trabalho de Sociologia, porque o professor Mason não estará na faculdade pela parte da tarde.

   Dirijo metodicamente até o campus, ainda com a sensação ruim, dessa vez, vem acompanhada daquela tensão, talvez, eu esteja ficando doente ou muito cansado. Vou até a secretaria perguntar em qual sala o Sr. Mason está e depois de receber a informação subo as escadas até a sala de número 39 no quarto andar. O corredor está sendo evacuado, alguns dessem as escadas e outros vão de elevador por causa do fim das aulas. Caminho hesitante até a sala 39 e quando chego na porta ouço sussurros firmes e meu corpo gela. Eu conheço essa voz.

   Demoro uns minutos para entender o que está acontecendo, até que escuto um gemido e não é de prazer. Então abro a porta e vejo Sn estática enquanto Sr. Mason está com suas mãos sobre a sua cintura.

    —Tire suas mãos imundas de cima dela. - quase não reconheci minha própria voz, soava como um rosnado. Os olhos de Sn brilhavam e suas lágrimas começaram a cair. O imundo do Mason se afastou dela, deixando-a livre para correr até mim.

   Sn me abraçou com força, enterrando sua cabeça em meu peito enquanto sussurrava meu nome baixinho. Nunca tinha visto ela assim, vulnerável. Suas mãos começaram a puxar meus braços e eu entendi. Ela estava implorando por um abraço.

   Rodeei-a com força, apertando-a contra meu corpo, querendo dizer que estava tudo bem. Mason me encara com os olhos arregalados, senti nojo dele, agora esse merda percebeu o que estava fazendo? Minha vontade é de partir para cima dele, meter a porrada nesse pedaço de bosta. Mas Sn tremia em meus braços e implorava baixinho para ser levada dali.

   Então, engoli a seco e saí daquela sala, esperando que a consciência de Mason o deixasse atormentado o suficiente para cagar nas calças. Segurei Sn pelos ombros e andei devagar pelo corredor, aos poucos seus soluços iam diminuindo, algumas pessoas olhavam nós dois e cochichavam entre si e minha vontade era de berrar para que não a olhassem assim.

   O caminho até meu carro foi longo, mas assim que chegamos sn pareceu aliviada, já não chorava mais, porém eu sabia, ela provavelmente nunca se esqueceria daquele imundo e isso fazia meu coração palpitar com força, só então eu pensei...e se eu não chegasse a tempo? Porra! Fechei meu olhos e não pude me controlar, bati com toda a minha força no volante, sn soltou um grito e virei meu rosto na sua direção, ela estava encolhida sobre o banco e seus olhos brilhavam assustados. Merda, engoli a seco e me aproximei dela, ergui minha palma e encostei na sua bochecha molhada, seu rosto se curvou fazendo pressão em minha palma, minhas lembranças daquele sonho vieram com força. Ela de quatro na cama, seus olhos brilhando em malícia, seus lábios sorrindo e sua cabeça tombada sobre o ombro soando adorável. Mas aquela sn, que me olhava agora, não tinha malícia, mas soava inocentemente adorável e implorava por algo com aquelas íris cintilantes. 

   —Você é linda Sn...- sussurrei esfregando meus dedos em suas bochechas. —Eu nunca vou deixar nenhum idiota tocar em você. - sn mordeu seus lábios e balançou a cabeça devagar.

   Me afastei dela, antes que seus lábios me fossem atrativos demais. Engoli a seco mais uma vez e dei partida no carro. Dirigi devagar pelas ruas, eu me lembrava bem do caminho para a sua casa e pensei que talvez andar de carro refrescasse sua mente ou pelo menos a minha. Quando parei o carro em frente a sua casa saí  e fui ate sua porta para abrir, sn saiu de lá segurando minhas mãos e vi que seus olhos já não estavam tão marejados quanto antes. Andei devagar com ela até sua porta. Sn procurou suas chaves no bolso da calça e abriu a porta. Era agora que eu ia embora e a deixava só.

   —Harry. - meu nome pareceu reverberar em sua garganta baixinho, então vi suas lágrimas cederem novamente. Não pensei duas vezes, abracei-a de novo, tão forte quanto quando a achei, suas mãos apertaram minha nuca, ficamos assim pelos próximos segundos, até ela se afastar de mim. Meus olhos capturaram seu lindo rosto todo molhado, levei minhas mãos a cada lado das suas bochechas e vi seus lábios. Vermelhos chamativos, minhas vontade era de beijá-la. E foi o que eu fiz.

   Seus lábios pareciam veludo, molhados e macios. Eu não me lembrava dela já ter me beijado assim. Era doce. Era sincero. Cada pequeno pedaço da sua boca tinha um gosto viciante e de repente eu não me lembrava de mais nada. A porra do mundo podia explodir naquele exato momento que eu não me importaria. Porque seus lábios eram tão beijáveis quanto seus olhos eram irresistíveis.

   Mordi seu lábio inferior e me afastei. Seu rosto estava neutro, enquanto sua boca parecia inchada e meio aberta. Demorou alguns minutos para que Sn abrisse seus olhos. Então aquele brilho tinha outro significado. Meu corpo tremeu, eu sabia o que viria a seguir e meu corpo foi incapaz de não reagir.

   —Me fode, Harry. Me fode para me fazer esquecer. - e no segundo seguinte eu empurrei-a para dentro da casa e fechei a porta com o pé, prensei seu corpo contra a parede e beijei-a com força enquanto ela arfava e rodeava minha cintura com suas pernas.

Continua...

Notas da autora.

Bem lindas, e isso Hahaha...o próximo capitulo está quente! Enfim Sn e Harry juntos de novo heim? era isso que vocês queriam? Era o que eu queria! Mas...e a Sara? Quem ai pensou nela quando o Harry beijo a Sn? Eu não! Hahaha
Amores, esse capitulo, para mim, ate agora e um dos meus favoritos. Sendo sincera com vocês, pouco gosto do que escrevo, mas esse capitulo e como se eu não tivesse escrito, e eu gostei muito dele quando li e ré li pelo menos umas quinze vezes. <3 espero que vocês também gostem tanto quanto eu! 
Se vocês não leram meu último post (com o desafio para esse capitulo) quero primeiramente agradecer de coração aos 35 comentários! Serio, vocês não imaginam o quanto isso e lindo para mim, segundo nós criamos um grupo no Whats e quem quiser participar ponha seu numero ai em baixo que colocaremos você no grupo! 

Xoxo (:
-Ananda.

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35 comentários:

  1. s/n e harry eu to pirando oooooo kkk

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  2. Primeira a comentar urulll
    ficando Crazy em 3 ,2 ,1 Ahhhh pirei gelei na hora ehh leleo leleo lelo urull Harry voltou com a SN vamos soltar fogos sociedade vamos festar ate de madrugada vamos pular festejar esse milagre da humanidade kkkk ta parey ...... bom eu lembrei da Sara kkkk coitada mais e dai o importante e que Harry e SN voltaram e advinhe?Eu ameiii (nem deu pra perceber ne ?) Bom amei tudo so acho que Harry tem que dar uma surra no Prof tarado haha e claro depois muitoooo Hot pra compensar os capitulos sem Hot kkkkk

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  3. Harry herói da Sn!!!! Achei que ele ia bater no Sr.Mason, agora que ele ta fazendo academia né. Huuuuuum Harry quer ficar saradoo(ui delícia...ta parei). Quando ele tava sonhando com a Sn eu tava só esperando ele acordar no "estado vergonhoso", ele morre de vergonha, até quando ele ta sozinho na própria casa!! O Harry ta mudando, menos discussão mais ação, agora só falta ele perder o medo de elevador. Me surpreendeu agarrando a Sara!!! Esse foi o meu momento QUERIA ESTAR MORTA!! Principalmente quando ele ficou feliz, eu fiquei triste e com raiva, porque ele tem que ficar com a Sn, o destino quer assim (e eu também), mas também achei fofo e fiquei feliz, quando ele começou a elogiar ela e quando "foi incapaz de não abrir um sorriso", ooooow!!! Acho que não sei o que senti. Outra coisa que me deixou de cara no chão (mas nem tanto assim) foi quando a Sn disse "Me fode Harry", nesse momento pensei que ele ia começar a falar e dar o maior sermão, mas não, a reação dele foi...ceder, simplesmente ceder. O que me deixou feliz, porque shippo eles até o fim da vida e depois da morte, mas também fiquei xingando ele mentalmente, tipo " seu idiota, menino deixa de ser trouxa, ela só quer uma noite depois vai fingir que nada aconteceu!!", mas ai eu lembro da cena da Sn na calçada chorando na rua depois de ter se vendido por uma nota do trabalho de sociologia e mudo minha opinião. Eu to MORRENDO DE DÓ DA SARA, só de pensar que ela ama mesmo o Harry (se é que ama né, porque sempre me surpreendo com o que acontece) e ele só ta "usando" ela, ta iludindo a mina e pior de tudo, ele também ta SE ILUDINDO!! Porque ele e todas nós sabemos que ele não vai esquecer a Sn tão cedo (se é que ele vai esquecer né). Adorei o cap. de hoje , igual eu sempre adoro todos <3 A É!!! Desde o começo da fic e só parei pra pensar nisso agora, a Sn sabe que ela é ninfomaníaca?!
    BJSS
    PS: É muito importante e eu quase esqueci, o que vocês acharam de PERFECT, sei que ela é muito perfect mesmo mas e aqueles BOATOS (quase uma confirmação do povo) que foi dedicada a Taylor, o que vcs acham disso?
    -Aline

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  4. ele tem que terminar de vez com a sara, é melhor do q ficar fazendo isso com a coitada kkkk S/N E HARRY Sem SARA: ) KKKK MDS

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  5. estao cada vez mais melhorando o capitulo ❤ parabéns as autoras

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  6. AHHH o herói salvou a mocinha (mais de mocinha a Sn não tem nada) ta perfeito meninas estão de parabéns
    poxa cara não quero que a sara fique sozinha eu gosto dela pelo menos ela deixou o Harry feliz e por algumas horas ela fez ele esquecer a Sn. Mais não tem casal que substitua o amor...ops...o sexo do Harry e da Sn.
    E por algum momento eu pensei que não fosse um sonho (tinha que ser realidade) mais fazer o que neeh esse sonho só foi pra deixar o Harry mais apaixonado por Sn e confuso também. AAAWWWTTT que lindo o Harry teve um pressentimento relacionado a Sn. Acho que esse casal já ta tendo uma química novamente e eu achei que o Harry ia recusar o pedido da Sn mais ele não pensou nem duas vezes (aproveitador...kk).
    So acho que o Harry tinha que dar uma lição naquele professor abusado e por favor arruma alguém pra sara por que o coração do Harry so tem uma dona eu !!! (kk'brinks) a Sn.


    Bjs da DUDINHA=mulher do hazaaaaa <3

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    1. Dudinha ( ou mulher do haza kkk) e se a Sara ficasse com o Niall, eles já se encontraram na festa da faculdade lembra? Oooow ia ser uma casal muito cutelaria
      -Aline

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    2. O cutelaria era pra ser CUTE mais o corretor resolveu dar sinal de vida pra variar
      -Aline

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    3. AAH aline acharia ótimo nial e sara eu shippo esse casal. <3

      Bjs da DUDINHA=mulher do hazaaaaa <3

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  7. AH DEUS É MAIS
    QUE CAPÍTULO MARAVILHOSO ♥♥♥
    Tuty.

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  8. Por favor, continua e posta os pedidos! xxx

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  9. MANO MEU CAPÍTULO PREFERIDO SERIO 💙💙💙💙💙
    eu quero entra no grupo
    24 988665527

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  10. Por favor continua logo!

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  11. Caraaalhoooo cm assim? Eu fico assustada cm o jeito q vc escreve! Eu juro a vc q se eu tivesse algum contato ou algo do tipo é sério eu imploraria p sua fic virar livro... Ela é muito perfeita *-* e eu to apaixonada, e n guento mais esperar!

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  12. CONTINUUUUUAAA ...

    Menina céu que cap foi esse , perfeitooo!

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  13. Apaixonada por essa fanfic,continua

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  14. Eu to ansiosa para o próximo capítulo pq shippo muito eles
    Continua *-*

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  15. Pelo amor de Deus, eu imploro por um cap deles juntos logo

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  16. Puta que pariu.. ta cada vez melhor continuaaaaaaaaa..


    Não vou comenta o comentario pq tou sem falavras soh pesço que continuaaaa

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  17. CONTINUA MULHER EU SIMPLESMENTE AMO SUA FIC RESPIRO FEAT VIVO

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  18. continuaaaaaaaaaaaa , eu amo esse casal

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  19. Eu virei escrava dessa fic a algumas horas *--* PRECISO DE MAAAAAAAAAAIS

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  20. Ue... Ele nao era o bbk hipócrita?�������� mais serio? Eu ameeei achei tao lindo ���� continua? PF pf pf
    Jey

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  21. continua continua continua continua continua

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  22. meu deeeeeeeeeeeus que perfeição eu preciso urgentemente urgente do próximo capitulo eu não posso esperar mais eu já tive que esperar até hoje pra ver esse capitulo (por que o meu note deu problema e eu só consigui ler hoje), mas no final das contas valeu esperar por esse capitulo, que saiu muito muito muito perfeito, mas eu não sei se vou poder ler mais três capitulos se todos sairem como esse, que deooodos foi tipo (pra mim) o mais perfeito

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  23. Harry e Sn ❤️❤️❤️❤️❤️❤️ Melhor casal
    Eles são perfeitos.
    Muito bom esse capítulo
    Continua please!!!!!!!!!!!!!����

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  24. Continua por favorrrrrrrr

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  25. Continua
    #HaSn super apoio esse casal

    Por mais que eu sinta pena da Sara, não quero #HaSa

    kkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Beijos pra vcs ( no cotovelo né Mavi kkk)
    ta muito boa a fic
    Não perco um capítulo
    amoooooooo d +

    #HaSn
    #HaSn
    #HaSn

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