Fix Me || Décimo capitulo.
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.Fix Me.
.Niall.
.I'm already in it, baby.
"Ooh baby, você não sabe que eu sofro?
Ooh baby, você não pode me ouvir lamentar?
Você me prendeu com falsos pretextos
Quando você me deixará partir?
Buraco Negro Supermassivo"
(Muse - Supermassive Black Hole)
Pergunto-me até
quando esse fascínio por ela vai durar, eu simplesmente não consigo tirar os
olhos dela e ela está fodidamente noiva, de um cara que considero amigo, no
entanto, enquanto ela eleva os braços acima da cabeça e solta o quadril de
acordo com a música eu me perco em suas curvas e penso que não me sentiria
nenhum pouco culpado se ela o deixasse e corresse para mim.
Todos os
pensamentos me fogem quando ela cola seu corpo no meu e dança para mim,
encostada em mim como se fosse minha, mas ela não é. Prefiro acreditar que
Éseêne não faz a mínima ideia dos meus sentimentos por ela, caso contrário ela
nunca faria nada nem parecido, ela nunca me torturaria dessa forma, estou duro
e com bolas azuis permanentes.
A música acaba e
Éseêne bate palmas sorrindo para mim, devolvo o meu melhor sorriso e corro os
olhos pelo recinto.
Harry está
sozinho no bar, e acena para nós, de repente me lembro de que não vim sozinho.
Puta merda, Kaya!
Corro pra o bar
já erguendo meu braço e me comunicando com o Barman, Whiskey, é tudo que posso
pensar nesse momento.
—Bem forte, por
favor. – o cara baixinho me entrega a dose e eu viro o conteúdo do copo e peço
outro, Harry franze as sobrancelhas para o meu copo vazio. – Cadê a Kaya? – que
ela esteja no banheiro.
—Ela foi embora.
– levanto minhas sobrancelhas surpreso, não apenas por Kaya ter ido embora, mas
pelo tom diferente da voz de Harry. – Ela não está acostumada com vocês.
—Oi? – Éseêne
expressa meus pensamentos. -- Por que ela foi embora?
—Algo me diz que
foi porque o Niall a deixou aqui sem nem dizer nada e foi dançar com você – ele
diz olhando para Éseêne.
— Mas eu não
tenho nada com ela. – Estou quase acabando o segundo copo.
— Você a trouxe
para a festa, Niall.- ele diz como se isso explicasse tudo.
—Não sou obrigado
a ficar colado nela! – bato o copo com força no balcão dando de ombros.
—Então porque
você a trouxe? Desculpe Niall, mas se você acha que ela e igual a todas as
outras esta errado, porque ela acabou de ir embora.
—Harry! – Éseêne
o repreende.
—Ele tem que
ouvir de alguém, Éseêne. – Harry chega mais perto de mim. —O que você achou? Me
diga Niall. Que ela fosse ficar aqui sentada? Esperando você?
Cerro meus
dentes, e aperto os punhos com força, quem ele pensa que é para me dar lição de
como tratar as mulheres?
—Eu não tenho
porra nenhuma com a Kaya, ela veio comigo por que quis, não prometi nada a ela.
– Cheguei bem perto para não ter que gritar –Se o que te deixou esquentadinho
foi a Éseêne ter vindo dançar comigo, é
por que você não está sendo suficiente para a tua mulher!
O álcool queima
em minhas veias e vejo os olhos de Harry queimarem tanto quanto elas enquanto
ele se levanta e fica alguns centímetros mais alto que eu.
—Mas que porra! –
Éseêne se exaspera e se coloca entre nós dois – Dois filhos da puta cheios de
pentelho no saco. Dá pra crescer? – Ela
esmurra nossos peitos. – Niall, você vai ligar para a Kaya agora e pedir
desculpas, por mim também por ter te arrastado para a pista. – Ela virou pro
Harry – E você, nós vamos ter uma conversa séria sobre cuidar da porra da sua
própria vida, o Niall é bem grandinho.
Percebi quando
Harry trincou o maxilar e dilatou as narinas, ele tirou delicadamente a mão de
Éseêne de seu peito e passou por ela pra chegar em mim.
—Nunca mais abre
essa boca para dizer que eu não sou suficiente. – nossos narizes quase se
encostam e confesso que nunca vi Harry desse jeito. – Ela pode ter dançado com
você, mas como você bem disse, ela e minha mulher.
Mantenho os olhos
nos de Harry sem dar o braço a torcer, mas admito que a porra do meu sangue
ferveu e tudo que eu queria era virar um soco na cara dele, porém sei que isso
arruinaria mais do que nossa amizade, pego meu copo recém completo e saio do
bar. Me afasto, mas não resisto a olhar para trás, Harry e ela estão caminhando
para o corredor e minutos depois se beijando.
Essa briga toda,
só serviu para deixa-la excitada. Corro os dedos pelo cabelo e uma risada escapa
pelos meus lábios. Mas que porra eu to fazendo da minha vida? Tiro o celular do
bolso e procuro pelo número de Kaya, nem chama e já cai direto na caixa postal,
obviamente ela desligou. Reviro meus olhos e me distraio com minha bebida e
algumas bundas.
...
Ainda não sei
como vim parar aqui, no meio da pista com duas mulheres, uma a minha frente e
outra nas minhas costas elas se esfregam em mim numa dança estranha. O teto
gira e o suor escorre por meu corpo, talvez eu tenha bebido demais, talvez eu
não esteja respondendo por mim, talvez eu esteja levemente alterado. As minhas
mãos se encaixam como conchas na bunda da mulher a minha frente e ela ri
animada, minha noite está feita.
Meu corpo é
puxado com força do meio das mulheres e eu quase caio com a falta de
equilíbrio.
—Mais que
merda... – Éseêne me interrompe.
—Corta essa. – foi ela que me puxou e ela parece
contrariada. – É melhor você ir pra casa, você ta mal.
— Desde quando
você é dessas, Éseêne? – eu coloco uma mecha de cabelo atrás da sua orelha. –
Ficar noiva te deixou careta, é?
—Vá á merda,
Niall! – Ela ergue o dedo do meio, na verdade ficar noiva não mudou nada além
do buraco no meu peito.
—Já estou nela,
baby. – Mando um beijo para ela e me viro cambaleante com intenção de voltar
para a pista, mas Éseêne agarra minha manga.
—Niall, é sério
vai pra casa, pega um taxi e dorme um pouco. – Quase como uma câmera, meus
olhos focam Harry atrás dela sentado no bar com uma garrafa de água, ele nos
observa.
—Foi ele que mandou você vir aqui bancar a
mãezona? – eu aceno para Harry.
—Ele se preocupa
com você, e eu também.
—Porra nenhuma,
-- eu solto uma risada alta e Éseêne dá um passo para trás. – Vocês estão
dentro dessa vidinha perfeita, vocês não dão a mínima para nada e ninguém em
volta de vocês. Estão cegos. – sacudo as mãos na frente dos olhos
—Niall, -- ela
olha o celular – O taxi está lá fora te esperando, só vai.
—Você já até
chamou o taxi? – Bato as palmas ironicamente e ela trinca os dentes. – Qual o
destino, senhor? – imito o taxista – Para o mais longe possível dos pombinhos
felizes.
Passo por ela e
lanço um olhar irritado para Harry antes de sair do inferno e entrar no taxi.
—Qual o destino,
senhor? – dou risada e penso em dizer o mesmo que disse para Éseêne, apenas
para ver a reação do pobre senhor.
O velhinho ainda
me encara e o taxímetro já roda, a minha intenção era dizer o meu endereço
quando abri minha boca, mas as coordenadas que saem são para o lado oposto da
minha casa.
...
Subir as escadas foi um trabalho de mestre fodasticamente
difícil, quando chego ao topo me sinto o maior guerreiro. Juro que não me
lembrava de tantos lances de escada. Esse maldito prédio tem quantos andares?
Sei que estou na
porta certa porque minha mente bêbada ainda lembra que ela mora no ultimo
andar. Aproximo-me da porta cambaleando e esmurro a madeira com os punhos
fechados, meio que me desequilibro e tenho que me segurar na parede com uma das
mãos, então a tarefa de bater na porta e ao mesmo tempo e me manter em pé e
quase como ter que por a linha na agulha com as luzes apagadas. Que porra de
bebida eu tomei hoje?
Parecem que se
passam horas ate que eu ouça passos vindos de lá de dentro, uma Kaya de pijama
abre a porta com direito a cenho franzido e tudo. Será que eu to fodido nas
mãos dela?
—Oi. – digo dando
meu melhor sorriso.
—O que você está
fazendo aqui? – ela parece completamente confusa, e para ser sincero nem eu
mesmo sei por que estou aqui.
—Você pode me deixar entrar? – peço já me
esgueirando para dentro.
Kaya meio que
hesita, mas então me deixa entrar e fico surpreso, porque realmente pensei que
isso fosse ser mais complicado.
Ela fecha a porta
e vai direto para a cozinha enquanto eu atravesso o enorme espaço para chegar
ao sofá. Estou suado e sentindo meu corpo pesado pelo sono. Assim que me sento
começo a tirar minha camisa, a dificuldade vem quando tento desabotoar minha
calça e logo Kaya aparece na minha frente com o rosto vermelho.
—O que você esta
fazendo?
Pensei que fosse
bem óbvio que estou retirando minhas roupas.
—Eu não vou
dormir com todas essas roupas. – digo e termino de retirar a minha calça.
—M-mas...- ela
começa e eu paro para ouvir o que ela vai dizer, mas então Kaya move a cabeça
negativamente e respira profundamente.
—Que seja. – ela
diz me olhando mais uma vez e então sai da sala com uma rapidez enorme que ate
mesmo me faz sentir tontura ao tentar segui-la com os olhos, ela desaparecendo
pela única porta que tem ali.
Penso em ir atrás
dela, mas meu corpo me trai e me pego deitando no sofá. Recolho minhas roupas
para por embaixo da minha cabeça e durmo quase que instantaneamente.
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