Conto com LT.
Musica:
Cheap Thrills Sia
Eu queria encher a
cara ate cair. Literalmente.
Hoje foi um dia de
merda completo. Desde manhã, quando eu sai da cama e fui tomar meu banho e a
água acabou bem na hora que eu estava com o xampu na cabeça, eu soube que esse
dia não tinha como melhorar em nenhum aspecto. Então aqui estou eu, depois de
um dia cansativo, no bar mais próximo do trabalho pronto para me entupir de
bebida barata e ter uma resaca mostro no dia seguinte.
Quando me sento no
banco do bar peço um uísque e mando o cara encher ate a borda, porque esse e
meu nível de putisse no momento. O primeiro gole sempre e o pior; desce rápido
e forte, parece que vai rasar a garganta, o gosto e puro álcool com algo que
parece madeira podre. E horrível, e eu gosto pra cacete.
Depois de terminar
com o copo, sinto que ganhei uma cirrose mais mesmo assim peço outro. O cara
que serve pede um minuto para ir ao banheiro, minha vontade e de mandar cotoco,
mas nesse bar tenho certeza que vão chutar minha bunda se fizer isso, eu quero
cair de porre e não ter um olho roxo, por isso apenas mexo a mão em sua direção
e o vejo sumir por uma porta do canto.
Enquanto o cara
urinar ou faz sei lá o que no banheiro, me viro na cadeira giratória para ver
as pessoas do bar. Tem uns caras barbudos bebendo cerveja, em geral está cheio
de gente com o mesmo objetivo que o meu. Ninguém interessante.
Ouço a porta do
banheiro, porque faz um barulho enorme e estridente, estou pronto para fazer
meu pedido, e no exato momento a porta de entrada de abre e um grupo de
mulheres entra.
São idênticas a
qualquer grupo de mulheres em um bar. Estão em cinco, são irritantes de tão
aleres, bebem margaritas, uma em especial e o centro das atenções das demais,
as outras fazem pedidos e são barulhentas. Estão comemorando algo, talvez uma
delas esteja noiva ou tenha passado na faculdade. Sei lá, mulheres são sempre
tão repetitivas.
-Vai querer outra?
-Oi? – Me viro e o
cara do xixi estreita os olhos para mim. –Há sim, ate a borda.
Ele enche meu copo
e eu bebo tentando não fazer careta, mas porra e difícil, que troço ruim para
diabo. Bato o copo da bancada e mecho e balanço a cabeça, o cara do bar ri de
mim enquanto vai se afastando de volta para o banheiro.
-Porra. – Murmuro
para mim mesmo, se eu quero uma bebedeira eu podia ao menos fazer isso sem me
matar.
-Olá?
-Caralho! – Me
assusto, quando olho pro lado lá, aquela que e o centro das atenções, a que
provavelmente esta comemorando.
-Merda, eu assustei
você.
-Imagina. – Dio irônico,
pondo a mão no peito sentindo as batidas apressadas do meu coração semi bêbado.
-Desculpa de
verdade, droga... eu nem sei por que vim aqui. – Ela revira os olhos e passa a
mão pela testa.
-Então porque veio?
– Ela me olha e arqueia as sobrancelhas perfeitas.
-Como? – Seu tom e
de aborrecimento, ela ate chega a por suas mãos na cintura e me olhar daquele
jeito que toda mulher faz. De cima a baixo.
-Olha porque você
não volta lá com as suas amigas e me deixa aqui?
-Meu Deus, você e
sempre arrogante assim? – Agora ela parece genuinamente chateada, como se
eu tivesse estragado toda a sua noite
perfeita.
-Não, só com quem
me assusta sem mais nem manos. – Ela estreitou os olhos e parou para me avaliar
mais uma vez.
-Eu não te assustei
porque quis, já pedi desculpas. – Minha resposta rápida seria um “e eu já ouvi”,mas
eu não sou esse cuzão completo.
-Tudo bem, está desculpada.
– Dei de ombros e voltei minha atenção para o copo sobre a bancada pela metade.
-Acho que começamos
errado. Meu nome e Olivia. – Arrastei meus olhos ate encontrar a palma da sua
mão estendida para mim. E serio isso? Ela deve ser aquele tipo de mulher que
gosta de levar palmadas.
-E eu sou Louis. – “E quem liga?” Pensei, pegando sua mão macia
e apertando de mal agrado.
-E o seguinte
Louis, minhas amigas acham que eu não consigo fazer um cara pagar uma bebida
para mim. Como você e o único do Bar com a barba que não vai ate o peito,
pensei que você pudesse ser esse cara. – Ela está me encarando com um sorriso
confiante nós lábios carnudos, enquanto ainda aperta a ponta dos meus dedos.
-Ta de sacanagem. –
Murmuro puxando minha mão. Estou ofendido por ela ter me escolhido pelo simples
fato de não ter uma barba grande.
-Não e sacanagem,
está rolando um dinheiro grande no meio e eu mal fui promovida, nem falei com
meu ex chefe sobre aumentos...- Ela fala depressa sem deixar o sorriso morrer,
acho que para passar para suas amiguinhas que está tendo outro tipo de conversa
comigo e não ponto o jogo sobre a mesa.
Francamente Deus,
tem como a porra do meu dia ficar mais bosta?
-Eu desacerto a sua
desculpa e te deu um convite para ir embora e me deixar beber em paz. – Aos níveis
de dar meia volta ela se senta no banco ao meu lado e da uma sutil olhada para trás.
-Vou ficar mais uns
minutos aqui digerindo o dinheiro que vou perder e então de deixo em paz. –
Olho para ela e então e minha vez de observa-lá.
Ela usa um vestido
preto colado que vai ate abaixo do joelho e um sapato preto de salto alto. Ela
está vestida como se estivesse acabado de sair do trabalho. Os cabelos presos
em um coque firme e está sem maquiagem, apequenas com aquele troço que passa
nos olhos para deixar sei lá o que.
-De que quantia
estamos falando ? – Pergunto no exato momento que o servente sai do bainheiro e
vai direto para a garrafa da minha bebida e encher meu copo, balanço a cabeça
em agradecimento e ele pergunta o que ela quer, Olivia recusa e ele vai para o
outro lado do bar.
-Muito mais do que
uma bebida custa. Minhas amigas acham que ia ser engraçado comemorar minha
promoção com uma noite das mulheres que envolve jogos adolescentes como verdade
e desafio.
-E elas te
trouxeram para esse bar xexelento ?
-Essa e a piada,
fazer um desses motoqueiros gordos e barbudos me pagarem uma bebida. Por sorte
tinha você, que não parece amedrontador como eles. – Ela sorri para mim e
depois desvia os olhos.
-Para a sua sorte minha barba ainda não
cresceu como a deles, mas esse e meu sonho. – Ela me olha de volta e caí na
gargalhada. –Que bebida você vai querer?
-Serio? Vai mesmo
me salva da falência por um mês? Obrigada! – E ela se joga sobre meu ombro me
abraçando rapidamente. – Vou querer isso que você tá bebendo.
-Tem certeza? – Pergunto
fazendo careta.
-Não tem cara de
ser tão ruim e também deve ser barato, então sim, quero um desses barmen! – Ela
grita e o cara vem servi lá.
Ele enche o copo
como ela manda, Olivia parece corajosa quando pega o copo com calma para não derrubar
uma gota. Ela olha por cima do ombro para as amigas que soltam um muxoxo alto e
como uma verdadeira dama ela bebe o primeiro grande gole fazendo uma careta
logo em seguida.
-Puta merda! –
Exclama, balançando a cabeça de um lado para o outro.
-Eu disse. – Debocho
terminando meu terceiro copo. Já estou me sentindo um pouco tonto e com isso
meu nível de chateação e quase que esquecido. Sei que tive um dia um ruim, mas
no momento isso pouco está me importando.
-Jesus, sinto que
meu fígado foi corroído, como você consegue beber isso e veneno! – Solto uma
risada e olho para o copo vazio.
-E legal, nunca
tomou um porre quando adolescente? Você nunca tem dinheiro suficiente para
comprar bebida boa, mas mesmo assim quer ficar porre. Quando você fica adulto e
começa a ver a merda que a sua vida de transformou e legal fingir ter 16 de
novo. – Dou de ombros acenando pro cara encher meu copo de novo.
-Você parece um
cara amargurado.
-Não e amargura, eu
só que eu tomei um pé na bunda da minha namorada.
-Há entendi. – Olivia
se remeche na cadeira um pouco desconfortável pela conversa.
-Foi melhor assim,
mas não quero falar disso.
-Ela deve ter sido
importante para você estar aqui de terno bebendo, aposto que saiu do trabalho e
veio direto para cá.
-Não e que ela seja
importante, e só que...eu passei uns anos com ela meio que conformado com a
vida que eu ia levar e agora me sinto um pouco perdido. – O barman enche meu
copo e eu bebo quase que imediatamente metade, dessa vez sem sentir tanta dificuldade.
Talvez eu já esteja mais que semi bêbado.
-Entendo. Eu nunca
namorei serio. Digo, só na faculdade, seis messes de namoro não e grande coisa.
Eu meio que estou focada na minha carreira.
E foi assim, no
quarto copo de bebida que a conversa foi se aprofundado. Não sei muito bem em
que momento da noite as amigas dela se aproximaram e disseram com cara de taxo
que iam embora, Olivia disse que estava bem onde estava e elas se foram deixando-nos
juntos para terminar nossa conversa interminável.
Me lembrou pouco do
que aconteceu a seguir, só sei que foi prazeroso deixar ela dirigir meu carro
ate meu apartamento e mais prazeroso ainda convidar lá para entrar e depois dar
uns pegas ainda na porta e transar no sofá.
*
Como previsto
acordo com uma puta ressaca de latejar a cabeça. Tenho que percorrer apressado
ate o banheiro cambaleando um pouco bêbado ainda. Saio do casa um tanto quanto
atrasado para a reunião da manha com os acionistas e contadores.
Tenho umas
lembranças vagas da noite passada no meu apartamento. Olivia deixando seu
numero no meu celular e indo em borá logo em seguida. A noite foi ótima, mesmo
que minha mente bêbada não me permita lembrar de tudo, sei que foi boa, porem
nessa manhã eu me sinto um tanto quanto desconfiado. Como se algo fosse
acontecer.
No estacionamento
do prédio onde trabalho está lotado, só há algumas vagas para deficientes, sei
que vou ser multado e é uma tremenda falta de respeito, mas estou atrasado para
cacete então estaciono na vaga e vou correndo para o Hall.
Pego o elevador
seco, porque a essa hora todos da empresa já estão em suas funções, apenas eu acionista
majoritário estou atrasado. Que lindo.
Quanto chego à recepção
da sala de reunião, Melodi minha assistente já está lá me esperando, ela pega
minha maleta e me passa as instruções rapidamente e eu peço para que ela vá
estacionar meu carro em outra vaga que não seja a dos deficientes.
E então eu entro na
sala com uma cara de desculpas homéricas e vou para o meu lugar no fim da mesa.
-Me desculpem pela
demora aconteceram imprevistos noite passada que não vem ao caso...- Passo meus
olhos por cada canto ate bater em uma pessoa que me faz calar a boca
imediatamente. –O que você está fazendo aqui?
-Há, desculpe esqueci-me
de me apresentar. Sou Olivia a nova contadora contratada. – Puta merda.
Autora Ananda Leite.
Notas Finais:
Quem e vivo sempre aparece! E aqui estou eu.
E ai o que acharam, deve ter continuação? Deixem nos comentários que eu juro pensar com carinho <3
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSim!!!!
ResponderExcluirPvf adorei!!♡♡♡♡♡
Ananda continuaaaaa!! Tuty
ResponderExcluirMeu Deus, Ananda, como você ainda tem coragem de perguntar? Eu ADOREI!! Quero uma continuação para ontem, senhorita!
ResponderExcluirEu to morrida,to morrida*-* algm min ajuda a voltar pra terra pq essa agr foi foodaa\\asdoroon❤������
ResponderExcluirBy:dezah horan