Nymphomaniac || Quadragésimo Quinto Capítulo

14:07 Unknown 19 Comments



       A água estava gelada demais e pensei por um segundo desistir e voltar para Harry, mas algo me dizia que tanto eu quanto ele precisávamos de um banho gelado. Encolhi os ombros e continuei a adentrar o lago, a água já estava na altura dos meus seios e todos os pelos do meu corpo estavam arrepiados.

-- Vamos, Harry! – gritei para ele que me olhava boquiaberto da margem.

        Ele hesitou por um instante e logo começou a tirar suas roupas também, eu afundei meu corpo até o pescoço e dei um nó alto no cabelo. Então parei para apreciar o espetáculo.

       Harry tirou os tênis meio desajeitado e sem equilíbrio, meias e então a blusa, juro que a cena passou em câmera lenta, sua blusa subido lentamente seu abdômen ficando visível, seu peitoral e então a blusa sai por completo bagunçando seus cachos. Meus lábios estão entreabertos o ar mal passando por eles e minhas coxas estão fortemente apertadas, isso tudo e ele nem tirou a calça ainda. A calça pende em sua cintura deixando a barrada da cueca boxer a mostra, seus dedos prendem os lados e ele a puxa para baixo, eu devia estar pagando para ver tudo isso.

       Harry me lança um sorriso tímido quando percebe que eu o estou comendo com os olhos e começa a entrar na água, seus dentes trincam e seu maxilar salta quando ele sente a temperatura, ele se sacode eu gargalho da sua reação. Em pouco tempo Harry está na minha frente, seu corpo alto e largo cobrindo a minha visão do que está atrás dele, como se eu estivesse interessada em algo além dele naquele momento.

        Como uma cobra dando o bote, pulo e me agarro a Harry com braços e pernas, ele ri surpreso, mas seu corpo mal se move. Ele se afunda na água e ficamos apenas com os pescoços e as cabeças fora da água, as pontas do cabelo de Harry chegam a água e se encharcam, ele não parece se importar, seu olhos estão em mim, e parecem me incendiar.

-- Nunca me imaginei entrando nesse lago com uma mulher... – seu dedos deslizam pelo meu rosto numa caricia delicada e bem vinda. – Nunca imaginei nada nem parecido com o que você faz comigo, meu anjo. – o apelido carinhoso me faz estremecer, mas antes que ele perceba eu o puxo pelas bochechas e o beijo com força.

         Minha língua é faminta e adentra sua boca a procura da dele, as mãos de Harry agora estão em todos os lugares, o beijo é rápido, voraz e selvagem. Parece que essa é a única maneira que tenho de responder seu jeito carinhoso de me tratar. Puxo seus cabelos meio molhados meio secos e aprofundo ainda mais o beijo, minhas pernas ainda estão em volta dele e remexo o meu quadril sentindo suas ereção crescente, desço a mão pelo seu peito afastando brevemente meu corpo do dele para que minha mão alcancem o ponto esperado.

          Seu membro está agora na minha mão, eu o aperto e Harry puxa o ar por entre nossos lábios colados, puxo o elástico da cueca e escorrego minha mão para dentro acariciando seu pau fazendo Harry gemer na minha boca, sorrio satisfeita, e deixo seus lábios beijando seu queixo, fazendo uma trilha de beijos molhados até sua orelha onde puxo seu lóbulo com os dentes ao mesmo tempo que aperto seu membro com força, Harry estremece e eu continuo o que comecei, meus lábios agora se fecham na carne macia do seu pescoço, eu sugo as bochechas puxando a pele, Harry grunhi e eu subo e desço a mão pela sua extensão frustrada.

          Afastando a boca de seu pescoço vejo um pequeno circulo rosado se estender, satisfeita com a marca volto para os seus lábios. Me remexendo abaixo sua cueca liberando sua ereção.

-- O que você... – Harry começa a olhar ao redor.

-- Shh.. – eu seguro seu pau com uma mão e me sustentando pelas mãos de Harry na minha cintura, afasto minha calcinha para o lado e posiciono seu membro na minha entrada, Harry geme contrariado. – Quero que você me coma aqui. – e deslizo sobre sua ereção e gemo com o contato. – Puta merda... – o fato de estarmos ao ar livre só faz com que aquilo seja ainda mais excitante.

          Harry aperta minha cintura com força e busca meus lábios, eu o beijo e me movimento, a água tremula a nossa volta e Harry me faz subir e descer lentamente, nossas bocas não são suficientes para calar nossos gemidos, eu afundo a cabeça no pescoço de Harry e mordo seu ombro com força e ele grita.
 
          Os movimentos na água me deixam cansada cedo demais, Harry percebe e começa a mover seu quadril contra o meu, dessa forma ele consegue ir mais fundo ainda do que antes, atingindo aquele ponto que pertence apenas a ele, um grito abafado me escapa e eu agarro os bíceps de Harry com as unhas.

           Sinto todo o meu corpo responder a seus movimentos, minhas pernas mal se prendem a ele sem força e tudo em mim treme, Harry me agarra e mete com força erguendo o meu corpo, gritos primitivos escapam nossas gargantas e gozamos juntos. Eu saio de Harry ficando em pé na agua com as pernas tremulas, Harry ainda segura minha cintura e isso parece ser a única coisa que me impede de afundar. Nossas respirações estão altas e ofegantes, com dificuldade ajeito minha calcinha e subo a cueca de Harry para o lugar.

-- Acho que agora gosto tanto desse lago quanto você... – eu digo baixinho, Harry fecha os olhos e joga a cabeça para trás com um sorriso relaxado no rosto. Com esse movimentos posso ver claramente a marca agora roxa em seu pescoço, passo a ponta da unha ali e a cabeça de Harry volta para o lugar.

-- Acho melhor voltarmos, está frio e não quero que você fique resfriada... – ele não diz, mas fica implícito que é melhor sairmos para não fazermos tudo de novo.

-- Vamos então, Harry. – Puxo ele pela mão, e caminhamos para a margem.

...

        Assim que chegamos na casa de Harry, sua mãe estava colocando a mesa e nos recebeu com um sorriso triste, mas logo sua expressão mudou ao ver que tanto eu quanto Harry estávamos com os cabelos molhados, e algumas partes da roupa estavam ensopadas, pois não conseguimos nos enxugar. Ela balançou a cabeça e fez a escolha certa de não fazer perguntas.

       Avisamos que tomaríamos um banho e depois desceríamos para o jantar, Harry me convenceu de que era melhor tomar banho em banheiros separados, afinal, o jantar já vai ser servido e não podemos demorar, ele me deixou em seu quarto com um beijo na testa e pegando uma toalha e roupas limpas disse que tomaria banho no banheiro do corredor.

       O banheiro de Harry aqui é bem diferente do banheiro do Flat. Aqui é pequeno, tem uma pia baixa e uma privada, tudo em branco, a não ser pelos ladrilhos e pelo blindex do box que eram azuis. Peguei a toalha que Harry me deu e entrei no chuveiro, a água quente foi muito bem vinda no meu corpo gelado e úmido. Usei o shampoo de Harry e seu condicionador, não demorei para me lavar e logo estava colocando roupas limpas e quentes.

       Harry bateu na porta e entrou vestindo um moletom e os cabelos molhados penteados e domados para trás.

-- Não precisa bater, é o seu quarto. – eu disse com uma cara óbvia.

-- Você podia estar trocando de roupa... – suas bochechas queimam me fazendo rir.

-- Qual é, Harry? Acabamos de transar no lago... não é como se você nunca tivesse me visto nua. – Eu me aproximo dele, e estalo um beijo no seu queixo e ele sorri para mim.

-- Mamãe deve estar esperando. – ele pega minha mão e descemos juntos.

         Gemma e Anne estão sentadas a mesa apenas nos esperando, assim que entramos na cozinha os olhos de Anne se arregalam e ela pula da cadeira como uma gata assustada e agarra a cabeça de Harry virando-a quase 180º direto.

-- Meu filho, o que aconteceu? Como você se machucou? – ela choraminga, mas assim que ela vê a marca de perto seu rosto é tomado pelo entendimento e ela arregala os olhos ainda mais.

            Anne está surtada pela marca do chupão que deixei em Harry mais cedo no lago, eu mordo meus lábios tentando segurar o riso, mas Gemma não tenta ser nem um pouco sutil e gargalha me fazendo não conseguir segurar mais. Harry está com uma expressão mortificada e sua mãe ainda segura sua cabeça chocada. Mas que merda, ela nunca teve um chupão?

-- Mamãe, por favor... – Anne larga a cabeça dele e seu pescoço estala, nos fazendo rir ainda mais.

-- Éh... eu pensei... – ela bagunça seus cabelos e se senta em seu lugar – Vamos comer? – ela ri nervosa.

              Harry me olha nervoso e eu tento inutilmente não ri, Gemma esta tentando recuperar o folego e toma um gole do seu suco, só para encarar Harry novamente e quase cuspir tudo na mesa.

-- Machucado legal, Harry. – ela não se segurou, eu ri.

-- Gemma! – a mãe a repreende.

          Harry parece no ponto máximo de ebulição, se não fosse por sua feição desesperada diria que ele está tendo um orgasmo. Ainda mordendo os lábios, respiro fundo e passo a mão no cabelo de Harry, pegando algumas mechas e as jogando sobre seu ombro, cobrindo parcial a marca. Ele me lança um olhar agradecido, e sentamos a mesa para jantar.


...


-- Sabe o que eu estava pensando? – Harry divaga.

           Estamos prontos para dormir, eu estou com a cabeça em seu peito e seus braços me apertam, pelo edredom mal da para discernir nossas pernas no emaranhado.

-- Hmm? – meio que falo meio que gemo, pois o sono me atinge com força.

-- Em tudo... desde de o começo, sabe? – apoio o queixo em seu peito para poder olhar em seus olhos. – Você entrando na minha vida que nem um furacão... tirando tudo do lugar. – ele está nostálgico e falante, gosto dele assim, seus olhos encontram os meus e brilham me fazendo sorrir.

-- Foi uma coisa boa? – mordo os lábios surpresa com a minha vontade de saber a resposta.

-- No início eu pensei que você fosse passar por cima de mim como um rolo compressor...

-- Nossa, furacão, rolo compressor, sou isso tudo? – pergunto brincalhona e ele ri.

-- Furacão, rolo compressor, bola de demolição, avalanche... – ele enumera com os dedos – Quer que eu continue.

-- Que pervertido! – dou um soco no seu peito – Você fica me fantasiando como a mulher do tempo e pedreira? – nós rimos juntos e o som da risada de Harry é uma das coisas mais confortáveis que já ouvi, é como estar em casa. – Imagina que sexy eu ficaria com um macacão e coberta de cimento e brita. Ou melhor, imagina um mapa atrás de mim e eu anunciando uma tempestade... na sua calça. – Ergo a sobrancelha numa tentativa brincalhona de ser sexy, Harry leva a mão ao queixo fingindo imaginar aqui e despois assente.

-- Acho que posso lidar com isso... – Não conseguimos mais segurar e gargalhamos alto. – Mas voltando ao assunto, no inicio pensei que você me carregaria como uma enchente... – ele abaixa e levanta as sobrancelhas, indicando que usou mais um fenômeno da natureza para me descrever, me fazendo rir de novo. – Mas agora... é como se fosse a melhor coisa que já aconteceu na minha vida... meu anjo.

        As risadas cessam completamente e seu olhar sustenta o meu, tudo some. Apenas eu e ele flutuando por ai, sabe-se lá Deus onde, agarro seu rosto e o beijo com força, mas a suavidade com que sua língua toca a minha me desarma. Fico completamente exposta, e me derreto em seus braços.

        Não sei se consigo olhar em seus olhos novamente, tenho medo de chorar e me expor ainda mais. Deixo seus lábios e me viro na cama puxando seu braço pela minha cintura, estamos de coxinha agora, o nariz de Harry está na minha nuca e ele puxa o ar como se fosse sua ultima oportunidade de respirar. O movimento fez minha blusa subir, revelando uma pequena parte da minha tatuagem, Harry ergue a blusa e traça toda ela com as pontas dos dedos.

        Se meu corpo não fosse tão sensível a ele, aposto que mal sentiria o toque, os dedos longos de Harry misturados a explosão de cores que salta da minha cintura, a tatuagem parecer pertencer a exatamente onde ela está, parte de mim, assim como Harry.

-- Boa noite, Harry. – sussurro e sinto uma única lágrima cruzar meu nariz e pingar no travesseiro.

-- Boa noite, meu anjo.


...


-- Tchau mãe, vou sentir sua falta. – Harry toma Anne nos braços e a abraça com força.

-- Não vai sentir tanta falta se aparecer mais... você também, Sn, pode vir quando quiser. – Ela sorri para mim e me abraça também.

-- Obrigada por tudo... – digo sem jeito.

-- Seja lá o que você esteja fazendo com meu irmão... continue. – Gemma me abraça com muito mais força que a mãe e eu retribuo confortavelmente. – Ele ta bem mais legal. – ela se afasta e pisca para mim.

-- Hey! – Harry fingi chateação e depois ri puxando a irmã para um abraço. – Vem me ver, sinto sua falta.

-- E eu vou dormir onde? No sofá ouvindo a Sn... -- Harry aperta os braços fazendo ela engasgar. -- Que pervertido, quer que eu fique na cama com você? -- Dessa vez baixo o suficiente para apenas eu e Harry ouvirmos. Seguro o riso e vejo Harry fazer o mesmo

            Eles se separam, coloca minha mochila no banco de trás do carro e me sento no banco do passageiro. Harry da a volta e senta atrás do volante, Anne e Gemma se apoiam na janela.

-- Mantenha contato. – sua mãe exige.

-- Ah, não esquece de cuidar do machucado no pescoço... – Gemma, não perde a oportunidade e se afasta do carro rindo, até Harry tem dificuldade de segurar o riso enquanto sua mãe cora.

-- Mamãe, qualquer noticia, sobre Louis ou Eleanor me liga, por favor.

-- Pode deixar.

            Harry se afasta do meio fio e estamos saindo do Holmes Chapel. Fazemos a viagem mais relaxados, primeiramente por que por mais que tenham acontecido coisas ruins, agora Harry sabe que seu amigo está... hm... “Bem”.

            Com mais ou menos uma hora e meia de viagem, tudo que falamos foi sobre os lugares que passamos, comentamos sobre pessoas e a paisagem, porém, Harry não se contentou com isso.

-- Sn? – ele chama receoso, eu me viro para ele.

-- Sim.

-- O que aconteceu entre você e o Sr... – Harry retorce os lábios com repulsa e aperta o volante. – e aquele homem na escola?

         Eu suspiro me virando para frente, sabia que esse dia ia chegar, uma hora ele iria querer saber o porquê daquilo tudo... pensei em mentir, mas não sei se sou capaz de fazer isso com ele agora. Retorço meus dedos no colo e meus lábios tremem, não quero falar sobre isso.

-- Harry, eu preciso ir no banheiro. – digo evasivamente, ele assente entendendo que estou fugindo do assunto.

        Meia hora depois paramos em um posto de gasolina, pulo do carro e me dirijo para os banheiros. Não quero usar o banheiro e nem nada parecido, apenas preciso pensar, e fazer isso com Harry por perto é quase impossível. Apoio na pia e molho o rosto, o banheiro nem está tão sujo.

        Inevitavelmente saio do banheiro, não posso inventar uma diarreia, não ia adiantar de nada, Harry ainda insistiria no assunto. Ele me espera junto do carro, percebo que ele comprou algumas bobagens na lojinha de conveniência, ele comprou os biscoitos que comprei na ida. Ele lembrou. Sorrio para ele e pego o saco da sua mão, ele me beija castamente e volta a entrar no carro.

        O pequeno gesto de afeto, me faz perceber que eu tenho que contar para ele, me faz querer contar para ele. Respiro fundo e abro o pacote de salgadinhos, enfiando um punhado na boca, preciso contar, mas preciso ensaiar primeiro.

        Repito as palavras na minha cabeça, tudo soa como, eu fui uma puta e dei para o professor em troca de nota. Balanço a cabeça e Harry me lança um rápido olhar confuso, talvez ele esteja vendo minha batalha interna. Chegamos a Londres, e eu decido falar logo de uma vez.

-- Harry, você quer saber o que aconteceu? – pergunto baixo e ele se remexe inquieto no banco.

-- Só se você quiser me contar... – assim não dá, porra. Ele tinha que dizer, conta tudo merda. Mas sei que ele nunca diria isso.

-- Bom... tinha esse trabalho, ele disse que valia 50% da nota e que eu não poderia faze-lo de maneira alguma. Eu praticamente já estaria reprovada nessa matéria. – as palavras começam a sair e eu nem tento controla-las. – Eu precisava dar um jeito nisso... eu entendi o que ele queria e estava disposta a dar pela minha nota. Merda, eu não sabia o que fazer. Me desculpa, Harry, foi burrice, eu me senti um lixo, eu me odiei por muito tempo pelo o que eu fiz... – abaixo minha cabeça olhando para o fundo no carro.

-- O que? Eu... eu não entendi. Eu pude fazer o trabalho... – vejo as engrenagens trabalhando na sua cabeça e quase vejo fumaça pelas suas orelhas. – O que você fez de tão ruim? – Por Deus, ele ainda não entendeu?

-- Eu dei para ele, Harry. – digo com a cabeça ainda baixa – E não me orgulho disso, ele me machucou. E depois quis... de novo, foi quando você chegou.

         As mãos de Harry apertaram o volante e ele ficou em silencio pelo o que pareceu uma eternidade.

-- Fala alguma coisa... -- minha voz é um fio trêmulo.

-- O que você quer que eu fale? -- ele explode -- Você consegue entender isso, Sn? Por que eu não. Eu to tentando, mas as coisas não se encaixam.

-- Eu precisa recuperar...

-- Isso não é desculpa, Sn! Se ele fez isso, ele sabia que você era fácil de... de.... -- ele cospe e as palavras atingem forte no meu peito. -- Por que eu podia entregar o meu trabalho e você não? Ele se aproveitou de você! E você deixou... merda. -- Ele soca o volante e cerra os dentes com força, ao parar no sinal seu rosto vira para o meu. Tudo que eu vejo é uma máscara de dor e decepção, meu coração se aperta ainda mais. Ele cerra os dentes e as palavras vazam por eles -- Consegue entender isso, Sn?

      Eu respiro fundo e me viro para frente segurando tudo dentro de mim, minhas paredes estão lá novamente, não posso desabar, não agora, não na frente dele. Estou ferida e estou quebrada, ele pensa que eu não sei de tudo que ele falou? Ele nem sequer pensou que essas palavras vindo dele me destruiriam? Meus olhos ardem, mas me recuso a chorar.

       Quando chegamos a bifurcação, que leva para minha casa ou a dele, eu reúno forças para uma frase.

-- Me leva pra casa. -- minha voz sai firme, e eu respiro aliviada.

-- Sn... -- seus dedos apertam forte o volante até os nós estarem brancos.

-- Só... me leva pra casa. -- falho miseravelmente ao tentar manter a firmeza, minha voz falha.

      Harry faz o caminho para minha casa e não demora muito estamos parados no meio fio.

-- Você acha que eu não sei exatamente o que eu fiz? Você acha que eu não sei que agi como um puta? -- jogo as palavras para cima dele e o vejo encolher. -- Eu já disse que não me orgulho disso e já paguei pelo que eu fiz, você estava lá para ver. Você tem a coragem de dizer isso tudo para mim, depois que minhas paredes estão no chão, elas caíram por você Harry... -- eu digo sustentando meu olhar no dele. -- Eu passei dois dias com sua família, eu acolhi seu amigo... eu disse que te amo. -- minha voz e fria e cortante, Harry se encolhe ainda mais. -- As paredes que estavam lá desde de que minha mãe morreu, ela era meu porto seguro, e quando ela se foi eu tive que construir meu próprio forte. Sozinha. -- minhas mãos e meus lábios tremem, mas nenhuma lágrima desce, e a frieza ainda está ali. -- E você chega, eu deixo elas caírem por você, eu tento mudar por você, para um dia você chegar e jogar tudo que eu fiz na minha cara. -- minhas narinas estão dilatadas e o ar me falta. -- Vai ser sempre assim, Harry. É como uma equação, um número errado destrói todo um resultado perfeito, baseado em lógica e cálculos. -- eu respiro fundo e me preparo para encerrar de uma vez por todas. -- Eu sou o número errado na nossa equação, Harry. Nosso resultado é impossível. Consegue entender isso, Harry?

       Pego minha mochila no banco de trás e saio do carro, não bato a porta, apenas a fecho e caminho lentamente para a porta de casa catando a chave na bolsa.

        Parte de mim quer que ele saia do carro gritando meu nome e dizendo que se arrepende do que disse. Mas a outra parte de mim, a parte errada que destrói a equação... ela quer apenas ficar sozinha, chorar e superar.


       Preciso elevar minhas barreiras, levantar as paredes, reconstruir meu forte.

Continua

Autora Mavi Souza

Notas:

Pensaram que eu não ia aparecer? Aqui estou eu. hahaha Eu gostei desse capitulo, mas creio que nem todo mundo gostou do final... hehe 

       Não apareci durante a semana para a Season do Liam, por que estou passando por uns problemas com a escola, tive que mudar em cima da hora, to com um medo do caramba, 3º ano, nem sei o que fazer da minha vida... e a Ananda está passando por algo parecido, assim que conseguir resolver as coisas, tento adiantar... 

     Espero que gostem do capítulo e que comentem bastante!! 

Beijos no cotovelo,
Xx :)

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19 comentários:

  1. msm com o final, tah perfeito mavi

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  2. HARRY LEVANTA ESSA BUNDA INEXISTENTE DO BANCO E CONVERSE COM A SN COMO UM HOMEM (NÃO, VOC NÃO E MARICA) Lívia

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  3. Quem esta chocada com a reaçao do Harry levanta a mao? \0/
    Amiga to rosa choque com esse capitulo quase chorei com a Sn Harry seu sem coraçao mais mesmo assim eu te amo (bjs me liga ) ,mais eu acho assim se vc ama a Sn corre atras e esquece o passado dela pq e cabeludo o negocio ai hein kkk pensa assim que o que importa e o que vcs passaram nao o que ela fez enquanto nao estava com vc !!



    Mavi sei o que esta passando tbm vou fazer 3° ano agora e ja da ate um frio na barriga so de pensar que tem que fazer vestibular enem ultimo ano tem formatura ai ja to ate com medinho :/
    Bom bijinhos de luz meu amore e so mais uma coisinha super apoio Nympho virar livro filme serie eu iria me amarrar !!! kkk agora good bye

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  4. CARAAAAAAAAA...Que saudade <3 tanto tempo viajando que perdi varias coisas aqui <3 to ansiosa para o próximo cap... cada dia amando mais Nympho

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  5. ����per-fect����

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  6. Mds que perfeito. Tava pensando se vcs por um acaso podem fazer um imagine lolita com o liam em que ele tem uma namorada e uma lolita mais a lolita fica escondida dentro de um quarto na casa dele e pra ser hot kkk
    . ass:Bruna

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  7. Nããããããoooo mds!!!! NÃO ACREDITO! Eles tavam indo tão bem! Mds!!! vou chorar aqui!

    Por favor continua, se não eu juro que me mato!
    ❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤

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  8. Amei esse capítulo , continuaaaaaaaa !!
    E mais uma coisa , quando iram postar * A CASOS * DO HARRY ? EU NECESSITO GENTI !!

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  9. Para Mavi </3
    Meu heart ñ aguenta

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  10. pfvr faz hot do liam pfvr eu amo esse blog

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  11. continua linda, pelo amor de Deus! :* :*

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  12. Eu amei, ta que eu quase chorei no final mas quem não né.? Enfim, Harry para de ser bocó ( com todo respeito ta) e para de julgar ela cara.
    To meio atrasada pra comentar mas é que: 1 eu leio pelo celular. 2 Minha internet nao presta. 3 A minha operadora nao vale nada. 4 nao tenho Wi-Fi. Mas, isso nao me impede de ler certo.? Certo. Quando vai ter o próximo nao demora. Nympho é minha paixao. Acompanho desde o começo e os imagines também. Então é isso.... Tchau

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