Nymphomaniac || Quadragésimo Sexto Capítulo

12:57 Unknown 13 Comments

Notas Iniciais. 

Esse capitulo tem uma PlayList especial, abaixo colocarei o Link do Youtube e em breve adicionarei as musicas a PlayList no Spotify. E muito importante que leiam o capitulo acompanhado das musicas, e depois leiam a tradução das musicas. Beijo e vamos lá...<3

Musicas (Links com a tradução).

Taylor Swift - Out Of The Woods.

Seafret - Atlantis.

Amber Run - I Found.

PlayLinst no YouTube.


   Olhando para minha vida a alguns meses atrás, tudo parecia tão simples. E como se eu estivesse esse tempo todo dentro de uma redoma de vidro, e nada pudesse me atingir. A partir do momento que eu decidi me aventura o vidro se partiu e do lado de fora eu tinha Sn me olhando. Eu não tinha como voltar atrás, nem ser como eu era antes dela. 

   O resto do mundo era perto e banco, enquanto Sn era todas as cores ao mesmo tempo, era o que me atraia. Eu apenas não pensava que fôssemos feitos de papel, que fôssemos desmoronar tão rápido. Uma equação feita de números errados, Incompatíveis.  

   Dirigindo pela avenida movimentada de Londres, enquanto as pessoas circulavam pelas calçadas passando por mim feito vultos, eu não consegui sentir nada além de um vazio, o ar parecia não existir, e cada vez que eu forçava respirar meu peito doía. 

   Não havia silencio, eu podia ouvir em alto e bom som meu coração, as batidas rápidas e incontroláveis quase ensurdecedoras. Quando fechei meus olhos por breves segundos  a escuridão me acolheu como um remédio, e me dei conta de que sempre seria assim, sem ela. Barulhento e escuro. Preto e Branco. 

  Passei o resto de dia escorado contra a porta do Loft. Olhando para um ponto no chão, repassando cada palavra, me arrependendo de não ter dito umas e ate mesmo de ter dito outras. Puxar meus cabelos não funcionava, não fazia parar os meus pensamentos. Então comecei a contar quantas vezes já estivesse assim por ela.

   Quando me rendi a escuridão sonhei novamente com o campo de Holmes Chapel. La eu encontrei as cores e meu coração pareciam em paz, meu peito não doía, eu me sentia ansioso, e quando me virei para o som da voz que me chamava eu a vi. Seu sorriso brilhava com seus olhos, seus braços estendidos me chamavam para onde era meu lugar, e quando fui de bom agrado avistei a diante o lago e quanto mais me aproximava de Sn o outro lado da margem onde os pinheiros apareciam a figura de um pequeno menino parado olhando para nós dois ia se formando. 

   Abracei Sn e fechei meus olhos respirando seu cheiro,quando tornei a olhar a figura do menino se formou, seus cabelos eram castanhos, suas roupas brancas, seu sorriso inocente, ele se virou e andou para longe, sumindo por entre os pinheiros. Abri minha boca para dizer "olhe isto", mas minha voz não saia.

  Então eu acordei, e tive medo de abrir os olhos. Eu sabia que não estava em casa, e por trás das minha pálpebras não havia o verde dos campos, nem mesmo o lago. Quando tomei coragem, tudo que vi a minha volta foram as lembranças, e comecei a sufocar.

   Não pensei direito no que estava fazendo, apenas me levantei e saí pela porta. Liguei o carro e dirigi, a verdade e que eu não tinha muitos lugares para ir e quando me dei conta eu estava no campus.

   Soltei o volante e sai do carro marchando em direção ao prédio, passando pela grama com pisadas fortes, eu ate mesmo podia sentir a pulsação das minhas veias. Quando parei em frente a porta branca  no segundo andar, não pensei duas vezes, apenas abri com um empurrão.

   Dentro da sala sentado em sua mesa o professor franziu e cenho e levantou-se da cadeira, assim que seus olhos me identificaram eu pude ver o sua hesitação.

   -O que você...quer? - perguntou, e tive nojo da sua postura.

   -O que você fez com ela? - rosnei, fechando minhas mãos em punhos.

   -Não sei do que você está falando. - mal precisei de dois passos e eu estava cara a cara com ele. Erguei minhas mãos e puxei o seu suéter trazendo seu corpo para perto do meu.

   -Sim, você sabe.

   -Olha..- sua voz estava franca, e suas mãos seguraram meu pulso querendo me afastar. Seus olhos me fitaram com um brilho diferente, maldoso ate, seus lábios tremeram em um sorriso. - Eu não tenho culpa se a sua vadia quis dar pra mim.

  Empurrei seu corpo com força contra a parede e ele soltou um gemido se encolhendo todo, pus minhas mãos em seu pescoço e apertei ate seu rosto inteiro ficar vermelho como fogo.

   -Nunca. Mais. Insulte. Minha. Namorada. - mexi minhas mãos batendo sua cabeça na parede, a batida ecoou e por reflexo ele gritou e tentou me empurrar de novo, me afastei e depois de respirar fundo me voltei para ele novamente. - Se eu souber que você, seu porco imundo, tocou nela de novo eu não penso duas vezes e te denuncio pro conselho e nunca mais na merda da sua vida você vai exercer esse seu trabalho de merda.

   Minha verdadeira vontade era de voltar e bater nele, mas uma pequena parte em minha cabeça, aquela que se mantinha racional, aquela que se lembrava que isso não envolvia apenas a mim e sim a Sn, me fez olhar para aquele homem desprezível e lamentar pelo ser humano ridículo que ele era e ir embora.

   Quando sai do prédio algo em mim mudou, eu me sentia corajoso. Entrei no carro e dei partida dessa vez totalmente sem rumo, apesar de eu saber bem para onde eu queria ir, apenas dirigi para o mais longe possível, e quando já não tinha mais ideia de para onde ir apenas parei o carro e desci.

   Depois de meses em um completo nevoeiro, enfim hoje Londres estava com um tempo bom. O sol dava as caras, mesmo que timidamente. Andei sobre a calçada de concreto e me sentei no banco branco. A minha frente o Rio Tâmisa transcorria calmamente, o brisa era leve, e quando fechei meus olhos a escuridão não me incomodou. E me dei conta que não poderia viver sem Sn, porque em minha cabeça e em meu coração pertencíamos um ao outro, e não havia coisa mais certa, essa era apenas uma das minhas partes que a amava com todos os defeitos.

   A cima de mim, nos galhos das arvores o pássaros voaram para longe quando os primeiros pingos de chuva caíram no chão. Demorei alguns segundo ainda sentado sobre o banco enquanto as pessoas ao meu redor corriam para de esconder da chuva. Então eu fechei meus olhos novamente e respirei fundo sentindo os pingos engrossarem e quando abri os olhos o sol começou a se esconder novamente.

   Quando entrei em meu carro molhado apenas dirigi o mais rápido que pude. Meu coração acelera a cada quarteirão que diminuíam nossa distancia. Pelo para-brisa enxerguei as casas iguais, mas aquela com a grama alta e pintura gasta se destacava. Parei o carro de qualquer jeito, e desci num pulo, corri pela grama e quando cheguei aporta apenas bati três vezes.

   Então a porta se abriu e Sn apareceu com o rosto inchado e os olhos vermelhos, sua roupa era uma blusa grande e calças largas, seu cabelo estava amarrado no alto da cabeça e alguns fios caiam. E nunca na minha vida vi alguém mais linda do que ela naquele momento. Ela não disse nada, e precisei respirar fundo e engolir a seco para começar a falar.

   -E-eu te amo. E sabe eu...eu não tinha nada, e eu não sabia disso, ate...você aparecer. Eu passei a estacionar meu carro errado, e ainda a pouco entrei nele todo molhado, eu parei de me importar com tudo, eu me vi apaixonado pela pessoa mais errada do mundo, o problema é que meu coração nunca esteve mais certo...o que eu quero dizer é que o resto, não importa se você, Sn, estiver do meu lado, até mesmo o fundo do poço seria perfeito com você. -  seus olhos brilharam e as primeiras lágrimas começaram a cair. - Faça isso fazer sentido.

Continua...

Notas Da Autora.

E ai? Harry Deprimido para mim e tão choroso...amei esse capitulo e espero que você também. Hoje o capitulo saiu na quinta, porque a Season do Liam ainda não começou, Mavi e eu estávamos com alguns problemas em relação a escola, e infelizmente acabou interferindo, mas prometo para você que postaremos imagines com o Liam, apenas não sei se terá imagines todos os dias, porque como sabem as aulas começaram...bem que a vida poderia ser mais facil né? hahaha.
Ate a proxima, amo você, beijões!

-Ananda.