Nymphomaniac || Vigésimo Primeiro Capítulo
Eu
estou destruída e é tudo culpa dele. Eu nunca tinha visto Harry daquele jeito,
com tanta raiva e tanta decepção. Mas de verdade, o que ele esperava de mim? O
que ele queria comigo além de sexo? O que eu estava pensando quando achei que
transar com um nerd inútil seria uma boa ideia? Porque eu acabei de me sentir
mal por tê-lo chamado de nerd inútil? Não posso estar virando manteiga
derretida, posso? Ah merda, eu sabia que deveria ter corrido depois daquele
beijo na testa.
Meu corpo inteiro gritou quando eu me
sentei na cama, minha cabeça dói com tantas perguntas sem respostas e meus
olhos estão embaçados. Depois que Aidan e Harry foram embora e eu fiquei
sozinha com a minha cruel consciência, nada mais pareceu certo, aquela tarde
passou como um borrão, eu mal me lembro de ter levantado do sofá. Peguei a
minha bolsa, aquela maldita bolsa, joguei tudo de seu interior no sofá, peguei
o celular que estava sem bateria, coloquei para carregar e subi para o banho
gelado mais longo da minha vida.
Fui ao banheiro lavei o rosto, como se
isso ajudasse, e escovei os dentes. Meu cabelo estava um inferno então nem
tentei arruma-lo, enrolei ele e o prendi, parecia um verdadeiro ninho de rato,
mas foda-se.
O dia estava frio e eu só pensava em
ficar em casa, me entupir de comida e talvez de uma garrafa de tequila.
Coloquei uma calça de moletom e uma blusa de mangas longas, que ao passar pela
minha cabeça, destruiu mais ainda meu cabelo, o que eu achei antes que seria
impossível, como sempre o universo me surpreendendo.
Desci com desleixo e quase rolei
escada abaixo, respirei fundo no curto caminho para a cozinha e liguei a
cafeteira, botei muito mais pó do que o necessário, mas eu precisava de cafeína
e em grande quantidade. Quando o café ficou pronto, eu virei o primeiro gole.
--
Puta que pariu! – eu quase cuspi, mas me controlei. Deixei a cabeça cair e bati
com a testa na mesa.
O café além de ter queimado minha
língua, estava sem açúcar. Praguejei
contra a mesa. Que porra esse imbecil fez comigo? Ele me virou do avesso.
Coloquei açúcar e assoprei antes de tomar o café dessa vez, suspirei de prazer
quando a cafeína começou a correr, era tudo que eu precisava. Não. Tudo que eu
precisava era que o Harry entrasse por aquela porta e me fodesse no sofá. O
que? A pouco tempo eu queria distância e agora eu quero que ele me coma? Mas
que porra está acontecendo na minha cabeça de merda?
...
Coloquei
a xícara na pia e fui atrás do meu celular, eu precisava falar com Niall, ficar
sozinha só ia piorar minha situação, minha mente me prega peças e me deixa
confusa. Sim, mais do que já estou.
--
Niall?
--
(Sn)! Pensei que nunca mais me ligaria. – não nos falávamos desde de o dia que
ele me largou pelada e com um pré-orgasmo.
--
Foi você que vacilou.
--
O que? – ele riu – Você gemeu o nome de outro cara quando eu estava te
chupando. Como foi mesmo? – ele pigarreou – Oh Harry! – tentou imitar meu gemido
e gargalhou. Eu não entendi nada, no dia ele ficou com tanta raiva.
--
Niall cala boca, eu estou indo para ai, ok?
--
Ok, aconteceu alguma coisa ou quer só se distrair? – a malícia transbordou na
sua voz – Mas só se você não gemer o nome de outro, quem sabe eu te
amordace.
Tentei ignorar o comentário, mas a
ideia de ser amordaçada me fez apertar as coxas. Sacudi a cabeça expulsando os
pensamentos sórdidos. Pensei em pedir para ele me buscar, mas a ideia de ficar
mais uma vez presa sem poder ir embora me mata.
--
Niall... – desisti – Já estou indo, prepara alguma coisa, to morrendo de fome.
– desliguei.
Subi as escadas, peguei uma mochila
pequena e coloquei duas blusas e uma calça jeans, coloquei também minha escova
de dentes e calcinhas, eu tenho quase certeza que irei dormir lá,
principalmente se Niall tiver alguma coisa para beber lá.
Mas uma vez corri a casa atrás das
minhas chaves, assim que as encontrei, joguei a mochila sobre o ombro e me
lancei porta a fora. Um vento frio adentrou cada poro meu, inclusive os que
estavam cobertos com o grosso moletom, imediatamente me arrepiei exatamente
como me arrepiava com Harry quando ele passava suas mãos tímidas em mim e sua
língua se juntava com a minh... Puta que pariu.
Grunhi e subi na moto com raiva, coloquei o
capacete e saí. O vento estava mais frio ainda com a velocidade da moto que
estava muito acima da permitida.
A casa do Niall não era longe, era
no mesmo bairro dos meus avós, foi lá que nos conhecemos, somos amigos de longa
data. Niall mora na garagem dos pais, ele tem juntado dinheiro para um
investimento próprio e de vez em quando fazia uns bicos para conseguir o caixa.
Parei a moto, tirei o capacete e
guardei sob o banco, atravessei o jardim, a casa dele era parecida com a da
minha avó, naquele bairro todas tinham o mesmo estilo.
Bati na porta da garagem, ouvi os
passos e pouco depois o portão pequeno da garagem abriu. Niall estava com os
cabelos descoloridos despenteados e vestia apenas um moletom que pendia na
cintura, sem camisa. Agora imagina como foi difícil ser amiga desse ser na
minha fase de hormônios pulando sob a pele. Até o dia que eu estava bêbada e o
ataquei, nós transamos e foi louco transar com meu melhor amigo, e o melhor de
tudo, ele não exigiu um relacionamento depois, tudo que ele disse foi: “ Que
porra acabou de acontecer? ” e eu cheia de álcool comecei a rir e disse: “ Dã,
você acabou de me foder.” Depois disso Niall virou uma das minhas transas
frequentes, quando estamos entediados ligamos um para o outro e bom... nos
desentediamos.
--
Você parece uma merda. – ele disse assim que me olhou de cima a baixo.
...
Eu
não podia reclamar, eu realmente me sentia uma merda.
--
Obrigada, eu realmente me sinto melhor agora. – eu o empurrei e passei pelo
portão, entrando direto em seu quarto, era espaçoso e bagunçado. – O que você
fez para eu comer?
--
Liguei para o restaurante e pedi umas quentinhas. – meu estômago revirou.
--
Não foi naquela espelunca nojenta, foi? – eu apertei os olhos e o encarei.
--
Não, foi em um no centro, por isso não chegou ainda. – suspirei aliviada.
Uma vez saímos juntos para almoçar, e
entramos no primeiro restaurante que achamos, péssima ideia, o lugar era
grotesco e tinha cheiro de chulé, de verdade, não sou nem um pouco exigente com
essas coisas, mas o lugar era realmente deplorável e eu não consegui comer nada
de lá.
--
Cadê seus pais? – perguntei me jogando no sofá de dois lugares com a espuma
rasgada, eu realmente gostava da mãe de Niall, que sempre insistia que eu e ele
namorássemos, ah se ela soubesse o que acontece nessa garagem de vez em
quando...
--
Estão viajando. – ele sorriu malicioso.
--
Você tem a casa toda para você e está enfiado nesse inferno?
--
Hey! – ele me repreendeu – Não fale assim, esse lugar é bem legal.
--
Sabe o que é legal também? – ele revirou os olhos – Fazer alguma coisa da vida.
E nem vem me dizer que não juntou dinheiro suficiente ainda.
--
Eu tenho qua...
--
Fez algum desenho novo? – me estiquei até a escrivaninha e puxei o caderno de
desenho que estava ali.
O tal investimento seria seu estúdio
de tatuagens, Niall é muito talentoso e faz uns desenhos incríveis, eu sei que
ele já tem dinheiro suficiente, mas está com medo de investir e não dar certo.
Faz tempo que quero fazer uma tatuagem, mas prometi a Niall que ele faria minha
primeira, então só farei quando ele abrir esse maldito estúdio.
--
Fiz alguns esboços, nada sério... – ele desviou o olhar, era incrível como ele
se fechava em relação a seus desenhos.
--
E a minha tatuagem, eu já disse que tem que ser algo especial, totalmente
única...
Ele sorriu e chegou mais perto
tirando o caderno das minhas mãos e devolvendo a escrivaninha. Niall abriu a
gaveta e tirou um papel um pouco maior e mais resistente, antes de vê-lo
completamente já pude ver as cores fortes que clareavam o papel, ele virou o
papel para si.
--
É só um esboço, estou trabalhando nela ainda. – ele me esticou o papel.
--
Niall... – eu mal conseguia falar.
Sobre o papel as cores gritaram no
formato de uma pena de pavão, era tão detalhada e colorida cada parte da pena
era tão viva e real. A parte superior, a parte que parecia um olho era tão
perfeita que parecia que a qualquer momento bateria um vento e a pena se
descolaria do papel. Ele havia se superado e eu estava com vontade de chorar.
Nunca tinha visto nada nem parecido, era única, era linda.
--
Se você não tiver gostado... – ele coçou a nuca.
--
O que? – eu intercalava meu olhar entre ele o papel. – É o desenho mais lindo
que eu já na vida. Niall... eu nem tenho palavras para descrever.
--
Gostou mesmo?
...
--
Sim! Não posso esperar para fazê-la. – eu examinei a tatuagem, era grande,
ocupava quase toda a folha. – Você pensou em algum lugar?
--
Levanta. – ele pediu e se aproximou mais de mim. Eu fiz o que ele pediu. Niall
pegou a barra da minha blusa e a levantou pela lateral até a minha costela
ficar inteiramente a mostra. Ele traçou com as pontas do dedo do início da
minha costela, passou pela minha cintura até a lateral da minha barriga. Minha
pele sensível se arrepiou e ele pareceu não notar. -- Aqui.
Depois de ele traçar o desenho com os
dedos na minha pele, pude perceber que a tatuagem se encaixaria perfeitamente
naquele local, a anatomia era perfeita.
--
Niall você precisa abrir esse maldito estúdio! – eu o empurrei, já estava
afetada o suficiente.
--
Assim que eu tiver dinheiro suficiente. – ele riu do meu desespero. A campainha
tocou – A comida!
Ele correu para porta.
--
É impossível você ainda não ter dinheiro, está juntando a séculos. – me joguei
no sofá de novo.
...
Estava com a barriga cheia de comida
italiana e cerveja. Niall tinha capotado e estava dormindo todo torto e chegava
a roncar. Ficar sozinha naquela bagunça e empanzinada não foi nada legal.
Enquanto eu e Niall almoçávamos
tudo que falávamos era sobre a minha tatuagem e sobre como seria seu estúdio.
Harry nem havia passado pela minha cabeça. Mas agora tudo que eu conseguia
pensar era se ele estava pensando em mim assim como eu estava pensando nele, eu
estava me amaldiçoando por isso, estava parecendo uma adolescente idiota e
apaixonada e isso é impossível, não sou adolescente e muito menos estou
apaixonada. Parecer com uma adolescente idiota eu podia lidar, mas estar
apaixonada, isso nem em um milhão de anos.
Peguei meu celular e o número estava
na discagem rápida.
--
Mãe? – por que eu sempre esperava a resposta que não vinha e nunca viria? – Não
vou perguntar como você está, já fiz papel de idiota o suficiente para um ano
inteiro, mas eu precisava falar com você... – apoiei os cotovelos nos joelhos –
Não sei o que está acontecendo comigo. Lembra do Nerd de quem eu te falei? –
merda. – óbvio que você não lembra. Bom, ele destruiu a minha vida, mamãe, não
sei mais o que fazer, ele não sai da minha cabeça. Ele está me transformando em
algo... eu... não sei o que é. – senti meu rosto esquentar – Eu nem sei mais
quem eu sou... estou com uma dor, é como sentir falta de algo que nunca tive,
algo que nunca foi meu. – meus olhos marejaram – Eu não quero sentir isso
mamãe... eu não posso. – meu coração palpitava mas o silêncio do outro lado da
linha machucava, ardia. – Mãe... eu só queria que você estivesse aqui, você de
alguma forma iria me fazer achar graça de toda essa situação... só você seria
capaz...
--
Mãe? – eu pulei do sofá e meu celular caiu no chão com a chamada ainda em
aberto, o nome “mãe” brilhava na tela, Niall encarou o celular. – O que você
estava fazendo (Sn)? – ele estava apavorado.
Eu levantei desengonçada do sofá e
peguei o celular desligando a chamada.
--
Nada, estava no celular. – eu disse rápido e minha garganta deu um nó.
--
Com a sua mãe? – ele levantou também e me encarou com a sobrancelha erguida e
as mãos na cintura – Com a sua mãe morta? – meus lábios se separaram, eu sabia
que a minha mãe estava morta, mas a realidade fechada em um punho e atingindo
sua cara ainda é um golpe muito forte.
Uma das coisas que eu mais amava em
Niall é que ele não mede suas palavras antes de dizê-las. Pois era uma das
coisas que eu mais odiava também.
--
Niall... – eu respirei fundo – Esquece isso, ok?
Não sou uma pessoa muito religiosa,
mas acredito em Deus, sei que ele existe e no momento estou achando que ele
realmente me odeia.
...
--
Como assim esquece isso, (Sn)? – suas mãos estavam na cabeça e ele andava de um
lado para o outro.
--
É só esquecer, porra! – eu gritei e senti meu corpo tremer como se eu estivesse
exposta a um frio de 10º.
--
Como? Você estava falando com a sua mãe. – ele gritou de volta
--
Eu estava falando com ela. – eu me deixei cair no chão me sentando ali com os ombros
caídos – Isso não quer dizer que ela me responda. – e sem que eu permitisse,
tudo que estava dentro de mim nesse borrão de semana saltou para fora numa
torrente de lágrimas quentes e salgadas.
Senti os braços de Niall me envolverem
assim como suas pernas, eu fiquei entre elas encostada em seu peito enquanto
Niall se apoiava no armário embutido da parede. Meu corpo tomou aquele gesto
como uma chave abrindo a fechadura de todos os meus sentimentos.
Meu corpo tremeu em meio aos espasmos e
soluço, eu me derramei em seus braços, lágrimas molhavam seu peito nu e seus
braços me apertavam.
--
Hey... – ele sussurrou – Está tudo bem... Eu sei que sente falta dela.
Nunca tinha me exposto a alguém daquela
forma, eu estava envergonhada e aliviada, Niall achava que tudo aquilo envolvia
apenas minha mãe, então ele não ouviu a conversa inteira, eu estava com menos
um peso nas costas, mas em relação ao meu ataque sentimental, eu realmente não
sabia quem era o maior culpado por tudo aquilo, minha mãe ou Harry.
...
--
Já sei do que você precisa... – Niall me ajudou a levantar do chão e enxugou
minha lágrimas com os polegares. – Tequila.
Eu sorri afetada.
--
Whisky, eu preciso de Whisky.
--
E você ainda quer que eu abra um estúdio com você me fazendo bancar Whisky? –
ele perguntou fingindo indignação.
--
Ok ok, tequila ‘ta bom.
--
Mas antes você vai tomar um banho e se trocar. – ele sacudiu os braços para mim
– tenho uma reputação a zelar e ser visto com você desse jeito vai acabar com
ela.
Eu dei um soco fraco em seu braço e
nós rimos, depois daquela atmosfera triste que estávamos era bom rir um pouco.
Peguei a calça jeans, uma calcinha e uma das blusas na mochila e fui para o
banheiro. Niall me emprestou uma toalha.
...
--
Acho que você acabou com a água aqui de casa, ou melhor, do planeta. – Niall
reclamou.
Agora ele vestia um jeans claro com
uma blusa vermelha, ele ficava muito bem de vermelho e se não me engano eu dei
aquela blusa para ele.
--
Nem demorei tanto assim... – mentira. Usei o banho para pensar, sim, pensar em
Harry.
Decidi que esse merda não vai ter
controle sobre a minha vida, eu não preciso dele eu só transei com ele, foi
bom? Pra caralho, mas outros caras são bons também. Espero encontrar um desses
hoje, mas não conte ao Niall.
--
É melhor a gente ir. – ele pegou a chave na mesa de cabeceira.
--
Vamos no seu carro?
--
Você não esperava que eu subisse naquela coisa com você, né? – ele franziu o
cenho.
Eu realmente não entendia por que ninguém
gostava da minha moto, ela era tão charmosinha. Sem muita demora entramos na
Pajero de Niall e seguimos para um bar qualquer, não estava em posição de
escolher o local. A viagem foi curta, uns 20 minutos no máximo.
O barzinho era simples e aconchegante,
nada de bêbados caindo pelos cantos e sim um local com pouca luz, mesas
espaçadas para dar mais privacidade e parecia tudo bem limpinho. Entramos e nos
sentamos nos banquinhos do balcão, eu preferia assim como Niall, do que sentar
em mesas.
--
Boa Tarde. – a voz era grave e atraiu meu olhar. Olhos cinzentos me encararam,
o maxilar largo e o nariz afilado, sobrancelhas grossas e cabelos na altura dos
ombros largos. – Vão querer alguma coisa? – eu quero você.
Eu sorri para ele e pisquei os olhos
excessivamente.
--
Duas doses de tequila. – Niall apontou para a garrafa, mas eu não olhei para a
garrafa, aqueles olhos cinzas me prenderam de forma que tudo que eu queria era
aquele homem me prensando contra uma parede.
--
Só um minuto. – ele se virou e foi pegar a bebida e que bundinha linda.
Eu quero um garçom e vou ter, Harry está
a quilômetros de distância, não vai conseguir me impedir de eu ter o que quero
dessa vez. Mas lá vem ele na minha cabeça, o modo como os olhos cinzas nunca
chegarão aos pés daqueles olhos esmeraldas e que aquele cabelo liso nos ombros
nunca chegaria perto dos cachos de Harry. Soquei a mesa e Niall me encarou
confuso.
--
O que foi?
--
Nada. – soou mais seco do que eu queria.
O garçom colocou as duas doses na
nossa frente e eu agradeci com um sorriso contido. Eu e Niall viramos os copos
ao mesmo tempo e a sensação familiar do álcool pela garganta era tão
reconfortante que eu gemi. Niall riu e pediu mais duas.
--
Você faz isso a muito tempo? – sabia exatamente ao que ele estava se referindo.
--
Comecei um tempo depois que ela... – cadê esse garçom com a outra dose?
--
Entendo... como você faz isso?
--
Eu continuo pagando as contas dela de telefone.
Ele balançou a cabeça e sorriu.
--
Isso ajuda? – ele perguntou
--
De certa forma sim... – o garçom se aproximou e colocou os copos de volta na
mesa, no ato sua mão encostou na minha e pelo seu olhar, aquilo não foi nada
sem intenção. Acabei de receber um passe livre, só precisava da oportunidade.
Encarei o copinho, Niall já tinha
virado o dele, girei o mesmo sobre a mesa e pensei no quanto tenho bebido
ultimamente, muito mais do que costumava beber. Ele realmente está me virando
do avesso, está trazendo o pior de mim a tona, isso não pode ser bom, não pode
ser saudável.
O garçom passou por mim saindo de trás
do balcão e indo em direção aos banheiros, a oportunidade. Virei o copinho e
disse ao Niall que iria ao banheiro.
Me encostei no corredor e esperei que
ele saísse. Pouco tempo se passou até que ele saiu, eu o empurrei contra a
parede e ele sorriu malicioso para mim.
--
Seu namorado não vai ficar chateado? – ele me segurou na cintura e me puxou
para mais perto.
Por um momento a imagem de Harry quando
me pegou com o Aidan surgiu na minha cabeça, mas eu a mandei para a puta que
pariu.
--
Quem? – então percebi que ele falava do Niall – Ah, Niall. Não, ele não é meu
namorado. – eu ri.
--
Então ele não vai se importar se eu fizer isso? – ele desceu uma das mãos pela
minha cintura até a minha bunda e a apertou com força, eu mordi os lábios.
--
Nem um pouco. – eu o puxei pela camisa e colei nossos lábios com força, sem
nenhum pudor a língua dele se encontrou com a minha, o beijo era gostoso mas
não tinha nada mais que isso, não era como a corrente elétrica que corria pelo
meu corpo apenas pelo toque do Harry. Merda.
Agarrei os longos cabelos daquele
cara que eu nem sabia o nome e aprofundei o beijo determinada a tirar Harry da
minha cabeça.
--
Não podemos transar no corredor. – eu puxei ele para o banheiro feminino, nos
fechando em uma das cabines que eram espaçosas para a minha surpresa. – Ai
merda, não temos camisinha. – eu me joguei contra a parede da cabine.
--
Quem disse? – ele puxou o pacote prateado do bolso.
--
Você anda sempre com camisinhas no bolso? – eu ri e abri os botões de sua calça
e a abaixei com a cueca até os joelhos, ele sorriu malicioso e abriu o pacote
para se vestir. Eu abri a minha calça e a tirei junto com a calcinha. – Niall é
só meu amigo, mas não posso demorar. – ele entendeu e me agarrou beijando meu
pescoço e erguendo meu corpo contra a parede.
Sem dificuldade ele me penetrou, eu
enlacei minhas pernas a sua volta e finquei minhas unhas em seus braços fortes
enquanto ele saia e entrava em mim.
--
Oh... – ele começou a acelerar os movimentos e a minha bunda batia contra a
parede enquanto meu corpo era lançado para cima, ele era bom e sabia o que
estava fazendo.
Eu puxei seus cabelos e ele gemeu
satisfeito, uma estocada mais forte fez meu estomago repuxar e eu apertei os
lábios com força para não gritar. Ele apertou minha bunda e diminuiu a
velocidade, seu membro entrava com força e saia lentamente, para voltar com
força novamente, em pouco tempo meu corpo amoleceu, eu tinha chegado, não foi o
melhor orgasmo da minha vida, mas foi bom e eu estava satisfeita, para quem
veio só para beber, eu tinha ganhado a noite transando com esse gostoso.
Ele gozou logo depois de mim, sem
perder tempo saiu, jogou a camisinha fora e começou a recolocar a calça. Eu
estava suada e colocar o jeans apertado não foi uma tarefa agradável. Depois de
vestidos, saímos da cabine, não tinha ninguém e se alguém entrou no banheiro
enquanto estávamos lá eu não fazia ideia. Ajeitamos nossos cabelos e eu lavei o
rosto suado.
--
Podemos fazer isso mais vezes... – ele piscou para mim.
--
Acho que não. – eu sorri e sai do banheiro deixando ele lá dentro.
Fiz o caminho de volta para o bar
em poucos segundos. Niall me olhou com tédio assim que eu sentei no banco. Uma
dose de tequila me esperava.
--
Você transou com o garçom, não foi? – ele me conhecia tão bem e adorava a forma
com que ele não se importava.
--
Quem sabe. – e virei a dose que me esperava.
Continua...
Autora Mavi Souza
Notas da Autora
Hey Angels! O que acharam desse capitulo? Espero que tenham gostado, como já sabem se leram meu post, estou muito atolada e não sei quando vou poder por em dia as outras fics e o imagine, mas estou me desdobrando e cada dia consigo escrever um pouquinho.
Pelo menos consegui adiantar Nympho, então comentem bastante e divulguem o blog, precisamos da sua ajuda. Vou contar com vocês!!
Beijos no Cotovelo
Xx :)
Hey Angels! O que acharam desse capitulo? Espero que tenham gostado, como já sabem se leram meu post, estou muito atolada e não sei quando vou poder por em dia as outras fics e o imagine, mas estou me desdobrando e cada dia consigo escrever um pouquinho.
Pelo menos consegui adiantar Nympho, então comentem bastante e divulguem o blog, precisamos da sua ajuda. Vou contar com vocês!!
Beijos no Cotovelo
Xx :)
PERFEITOOO
ResponderExcluirContinua *-*
ResponderExcluiromg eu to amando!
ResponderExcluirFaz a S/n e o Harry voltarem pfvrrr ♡ Sami
ResponderExcluirNYMPHO É MINHA VIDA♥♥♥♥
ResponderExcluirEssa fic eh mto boa! #Lari
ResponderExcluirContinua!!! ~Vick
ResponderExcluiraaaaa continuaaaa
ResponderExcluirPor mim essa fic viraria filme! Meus singelos parabéns meninas! Grande futuro as aguarda! Beijos, Nathan Almeida
ResponderExcluirObrigada! Que bom que gostou, espero que continue acompanhando e comentando!! É muito bom ouvir isso, e imagina que louco se Nympho virasse filme hahaha ia ser muito +18.
ExcluirBeijos no Cotovelo!
Xx :)
-Mavi
Até q enfim mais um cap hahah ñ para ♡ sara
ResponderExcluirCONTINUA CONTINUA CONTINUA PLEASE PLEASE PLEEEEASE
ResponderExcluiro próximo sai quando??
ResponderExcluirNYMPHOOOOOO♡
ResponderExcluirmds garota você e ótima com isso
ResponderExcluircontinua e não para plmds <3
to amando
~bjs:duda
CONTINUA ESSE TRECO PLS
ResponderExcluir100 orrrr to ficando loka com essa ficccc
ResponderExcluirMeu Deus, continua logo, faz Harry e S/n voltarem, com capitulo bem engraçado e hot como sempre.. Simplesmente a melhor fic, amoooo <3 . Sucesso para vocês meninas , grande beijo <3 - jeh
ResponderExcluir*0*
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