Nymphomaniac || Vigésimo Primeiro Capítulo

14:03 Unknown 19 Comments





      

        Eu estou destruída e é tudo culpa dele. Eu nunca tinha visto Harry daquele jeito, com tanta raiva e tanta decepção. Mas de verdade, o que ele esperava de mim? O que ele queria comigo além de sexo? O que eu estava pensando quando achei que transar com um nerd inútil seria uma boa ideia? Porque eu acabei de me sentir mal por tê-lo chamado de nerd inútil? Não posso estar virando manteiga derretida, posso? Ah merda, eu sabia que deveria ter corrido depois daquele beijo na testa.


       Meu corpo inteiro gritou quando eu me sentei na cama, minha cabeça dói com tantas perguntas sem respostas e meus olhos estão embaçados. Depois que Aidan e Harry foram embora e eu fiquei sozinha com a minha cruel consciência, nada mais pareceu certo, aquela tarde passou como um borrão, eu mal me lembro de ter levantado do sofá. Peguei a minha bolsa, aquela maldita bolsa, joguei tudo de seu interior no sofá, peguei o celular que estava sem bateria, coloquei para carregar e subi para o banho gelado mais longo da minha vida.

        Fui ao banheiro lavei o rosto, como se isso ajudasse, e escovei os dentes. Meu cabelo estava um inferno então nem tentei arruma-lo, enrolei ele e o prendi, parecia um verdadeiro ninho de rato, mas foda-se.

        O dia estava frio e eu só pensava em ficar em casa, me entupir de comida e talvez de uma garrafa de tequila. Coloquei uma calça de moletom e uma blusa de mangas longas, que ao passar pela minha cabeça, destruiu mais ainda meu cabelo, o que eu achei antes que seria impossível, como sempre o universo me surpreendendo.

          Desci com desleixo e quase rolei escada abaixo, respirei fundo no curto caminho para a cozinha e liguei a cafeteira, botei muito mais pó do que o necessário, mas eu precisava de cafeína e em grande quantidade. Quando o café ficou pronto, eu virei o primeiro gole.

-- Puta que pariu! – eu quase cuspi, mas me controlei. Deixei a cabeça cair e bati com a testa na mesa.

          O café além de ter queimado minha língua, estava sem açúcar.  Praguejei contra a mesa. Que porra esse imbecil fez comigo? Ele me virou do avesso. Coloquei açúcar e assoprei antes de tomar o café dessa vez, suspirei de prazer quando a cafeína começou a correr, era tudo que eu precisava. Não. Tudo que eu precisava era que o Harry entrasse por aquela porta e me fodesse no sofá. O que? A pouco tempo eu queria distância e agora eu quero que ele me coma? Mas que porra está acontecendo na minha cabeça de merda?



...



Coloquei a xícara na pia e fui atrás do meu celular, eu precisava falar com Niall, ficar sozinha só ia piorar minha situação, minha mente me prega peças e me deixa confusa. Sim, mais do que já estou.

-- Niall?

-- (Sn)! Pensei que nunca mais me ligaria. – não nos falávamos desde de o dia que ele me largou pelada e com um pré-orgasmo.

-- Foi você que vacilou.

-- O que? – ele riu – Você gemeu o nome de outro cara quando eu estava te chupando. Como foi mesmo? – ele pigarreou – Oh Harry! – tentou imitar meu gemido e gargalhou. Eu não entendi nada, no dia ele ficou com tanta raiva.

-- Niall cala boca, eu estou indo para ai, ok?

-- Ok, aconteceu alguma coisa ou quer só se distrair? – a malícia transbordou na sua voz – Mas só se você não gemer o nome de outro, quem sabe eu te amordace. 

        Tentei ignorar o comentário, mas a ideia de ser amordaçada me fez apertar as coxas. Sacudi a cabeça expulsando os pensamentos sórdidos. Pensei em pedir para ele me buscar, mas a ideia de ficar mais uma vez presa sem poder ir embora me mata.

-- Niall... – desisti – Já estou indo, prepara alguma coisa, to morrendo de fome. –  desliguei.

         Subi as escadas, peguei uma mochila pequena e coloquei duas blusas e uma calça jeans, coloquei também minha escova de dentes e calcinhas, eu tenho quase certeza que irei dormir lá, principalmente se Niall tiver alguma coisa para beber lá.

          Mas uma vez corri a casa atrás das minhas chaves, assim que as encontrei, joguei a mochila sobre o ombro e me lancei porta a fora. Um vento frio adentrou cada poro meu, inclusive os que estavam cobertos com o grosso moletom, imediatamente me arrepiei exatamente como me arrepiava com Harry quando ele passava suas mãos tímidas em mim e sua língua se juntava com a minh... Puta que pariu.

           Grunhi e subi na moto com raiva, coloquei o capacete e saí. O vento estava mais frio ainda com a velocidade da moto que estava muito acima da permitida.

           A casa do Niall não era longe, era no mesmo bairro dos meus avós, foi lá que nos conhecemos, somos amigos de longa data. Niall mora na garagem dos pais, ele tem juntado dinheiro para um investimento próprio e de vez em quando fazia uns bicos para conseguir o caixa.

          Parei a moto, tirei o capacete e guardei sob o banco, atravessei o jardim, a casa dele era parecida com a da minha avó, naquele bairro todas tinham o mesmo estilo.

          Bati na porta da garagem, ouvi os passos e pouco depois o portão pequeno da garagem abriu. Niall estava com os cabelos descoloridos despenteados e vestia apenas um moletom que pendia na cintura, sem camisa. Agora imagina como foi difícil ser amiga desse ser na minha fase de hormônios pulando sob a pele. Até o dia que eu estava bêbada e o ataquei, nós transamos e foi louco transar com meu melhor amigo, e o melhor de tudo, ele não exigiu um relacionamento depois, tudo que ele disse foi: “ Que porra acabou de acontecer? ” e eu cheia de álcool comecei a rir e disse: “ Dã, você acabou de me foder.” Depois disso Niall virou uma das minhas transas frequentes, quando estamos entediados ligamos um para o outro e bom... nos desentediamos.

-- Você parece uma merda. – ele disse assim que me olhou de cima a baixo.



...



Eu não podia reclamar, eu realmente me sentia uma merda.

-- Obrigada, eu realmente me sinto melhor agora. – eu o empurrei e passei pelo portão, entrando direto em seu quarto, era espaçoso e bagunçado. – O que você fez para eu comer?

-- Liguei para o restaurante e pedi umas quentinhas. – meu estômago revirou.

-- Não foi naquela espelunca nojenta, foi? – eu apertei os olhos e o encarei.

-- Não, foi em um no centro, por isso não chegou ainda. – suspirei aliviada.

           Uma vez saímos juntos para almoçar, e entramos no primeiro restaurante que achamos, péssima ideia, o lugar era grotesco e tinha cheiro de chulé, de verdade, não sou nem um pouco exigente com essas coisas, mas o lugar era realmente deplorável e eu não consegui comer nada de lá.

-- Cadê seus pais? – perguntei me jogando no sofá de dois lugares com a espuma rasgada, eu realmente gostava da mãe de Niall, que sempre insistia que eu e ele namorássemos, ah se ela soubesse o que acontece nessa garagem de vez em quando...

-- Estão viajando. – ele sorriu malicioso.

-- Você tem a casa toda para você e está enfiado nesse inferno?

-- Hey! – ele me repreendeu – Não fale assim, esse lugar é bem legal.

-- Sabe o que é legal também? – ele revirou os olhos – Fazer alguma coisa da vida. E nem vem me dizer que não juntou dinheiro suficiente ainda.

-- Eu tenho qua...

-- Fez algum desenho novo? – me estiquei até a escrivaninha e puxei o caderno de desenho que estava ali.

           O tal investimento seria seu estúdio de tatuagens, Niall é muito talentoso e faz uns desenhos incríveis, eu sei que ele já tem dinheiro suficiente, mas está com medo de investir e não dar certo. Faz tempo que quero fazer uma tatuagem, mas prometi a Niall que ele faria minha primeira, então só farei quando ele abrir esse maldito estúdio.

-- Fiz alguns esboços, nada sério... – ele desviou o olhar, era incrível como ele se fechava em relação a seus desenhos.

-- E a minha tatuagem, eu já disse que tem que ser algo especial, totalmente única...

           Ele sorriu e chegou mais perto tirando o caderno das minhas mãos e devolvendo a escrivaninha. Niall abriu a gaveta e tirou um papel um pouco maior e mais resistente, antes de vê-lo completamente já pude ver as cores fortes que clareavam o papel, ele virou o papel para si.

-- É só um esboço, estou trabalhando nela ainda. – ele me esticou o papel.

-- Niall... – eu mal conseguia falar.

            Sobre o papel as cores gritaram no formato de uma pena de pavão, era tão detalhada e colorida cada parte da pena era tão viva e real. A parte superior, a parte que parecia um olho era tão perfeita que parecia que a qualquer momento bateria um vento e a pena se descolaria do papel. Ele havia se superado e eu estava com vontade de chorar. Nunca tinha visto nada nem parecido, era única, era linda.

-- Se você não tiver gostado... – ele coçou a nuca.

-- O que? – eu intercalava meu olhar entre ele o papel. – É o desenho mais lindo que eu já na vida. Niall... eu nem tenho palavras para descrever.

-- Gostou mesmo?



...



-- Sim! Não posso esperar para fazê-la. – eu examinei a tatuagem, era grande, ocupava quase toda a folha. – Você pensou em algum lugar?

-- Levanta. – ele pediu e se aproximou mais de mim. Eu fiz o que ele pediu. Niall pegou a barra da minha blusa e a levantou pela lateral até a minha costela ficar inteiramente a mostra. Ele traçou com as pontas do dedo do início da minha costela, passou pela minha cintura até a lateral da minha barriga. Minha pele sensível se arrepiou e ele pareceu não notar. -- Aqui.

          Depois de ele traçar o desenho com os dedos na minha pele, pude perceber que a tatuagem se encaixaria perfeitamente naquele local, a anatomia era perfeita.

-- Niall você precisa abrir esse maldito estúdio! – eu o empurrei, já estava afetada o suficiente.

-- Assim que eu tiver dinheiro suficiente. – ele riu do meu desespero. A campainha tocou – A comida!

            Ele correu para porta.

-- É impossível você ainda não ter dinheiro, está juntando a séculos. – me joguei no sofá de novo.



...



           Estava com a barriga cheia de comida italiana e cerveja. Niall tinha capotado e estava dormindo todo torto e chegava a roncar. Ficar sozinha naquela bagunça e empanzinada não foi nada legal.

            Enquanto eu e Niall almoçávamos tudo que falávamos era sobre a minha tatuagem e sobre como seria seu estúdio. Harry nem havia passado pela minha cabeça. Mas agora tudo que eu conseguia pensar era se ele estava pensando em mim assim como eu estava pensando nele, eu estava me amaldiçoando por isso, estava parecendo uma adolescente idiota e apaixonada e isso é impossível, não sou adolescente e muito menos estou apaixonada. Parecer com uma adolescente idiota eu podia lidar, mas estar apaixonada, isso nem em um milhão de anos.

           Peguei meu celular e o número estava na discagem rápida.

-- Mãe? – por que eu sempre esperava a resposta que não vinha e nunca viria? – Não vou perguntar como você está, já fiz papel de idiota o suficiente para um ano inteiro, mas eu precisava falar com você... – apoiei os cotovelos nos joelhos – Não sei o que está acontecendo comigo. Lembra do Nerd de quem eu te falei? – merda. – óbvio que você não lembra. Bom, ele destruiu a minha vida, mamãe, não sei mais o que fazer, ele não sai da minha cabeça. Ele está me transformando em algo... eu... não sei o que é. – senti meu rosto esquentar – Eu nem sei mais quem eu sou... estou com uma dor, é como sentir falta de algo que nunca tive, algo que nunca foi meu. – meus olhos marejaram – Eu não quero sentir isso mamãe... eu não posso. – meu coração palpitava mas o silêncio do outro lado da linha machucava, ardia. – Mãe... eu só queria que você estivesse aqui, você de alguma forma iria me fazer achar graça de toda essa situação... só você seria capaz...

-- Mãe? – eu pulei do sofá e meu celular caiu no chão com a chamada ainda em aberto, o nome “mãe” brilhava na tela, Niall encarou o celular. – O que você estava fazendo (Sn)? – ele estava apavorado.

           Eu levantei desengonçada do sofá e peguei o celular desligando a chamada.

-- Nada, estava no celular. – eu disse rápido e minha garganta deu um nó.

-- Com a sua mãe? – ele levantou também e me encarou com a sobrancelha erguida e as mãos na cintura – Com a sua mãe morta? – meus lábios se separaram, eu sabia que a minha mãe estava morta, mas a realidade fechada em um punho e atingindo sua cara ainda é um golpe muito forte.

           Uma das coisas que eu mais amava em Niall é que ele não mede suas palavras antes de dizê-las. Pois era uma das coisas que eu mais odiava também.

-- Niall... – eu respirei fundo – Esquece isso, ok?

            Não sou uma pessoa muito religiosa, mas acredito em Deus, sei que ele existe e no momento estou achando que ele realmente me odeia.



...



-- Como assim esquece isso, (Sn)? – suas mãos estavam na cabeça e ele andava de um lado para o outro.

-- É só esquecer, porra! – eu gritei e senti meu corpo tremer como se eu estivesse exposta a um frio de 10º.

-- Como? Você estava falando com a sua mãe. – ele gritou de volta

-- Eu estava falando com ela. – eu me deixei cair no chão me sentando ali com os ombros caídos – Isso não quer dizer que ela me responda. – e sem que eu permitisse, tudo que estava dentro de mim nesse borrão de semana saltou para fora numa torrente de lágrimas quentes e salgadas.

        Senti os braços de Niall me envolverem assim como suas pernas, eu fiquei entre elas encostada em seu peito enquanto Niall se apoiava no armário embutido da parede. Meu corpo tomou aquele gesto como uma chave abrindo a fechadura de todos os meus sentimentos.

        Meu corpo tremeu em meio aos espasmos e soluço, eu me derramei em seus braços, lágrimas molhavam seu peito nu e seus braços me apertavam.

-- Hey... – ele sussurrou – Está tudo bem... Eu sei que sente falta dela.

        Nunca tinha me exposto a alguém daquela forma, eu estava envergonhada e aliviada, Niall achava que tudo aquilo envolvia apenas minha mãe, então ele não ouviu a conversa inteira, eu estava com menos um peso nas costas, mas em relação ao meu ataque sentimental, eu realmente não sabia quem era o maior culpado por tudo aquilo, minha mãe ou Harry.



...



-- Já sei do que você precisa... – Niall me ajudou a levantar do chão e enxugou minha lágrimas com os polegares. – Tequila.

          Eu sorri afetada.

-- Whisky, eu preciso de Whisky.

-- E você ainda quer que eu abra um estúdio com você me fazendo bancar Whisky? – ele perguntou fingindo indignação.

-- Ok ok, tequila ‘ta bom.

-- Mas antes você vai tomar um banho e se trocar. – ele sacudiu os braços para mim – tenho uma reputação a zelar e ser visto com você desse jeito vai acabar com ela.

         Eu dei um soco fraco em seu braço e nós rimos, depois daquela atmosfera triste que estávamos era bom rir um pouco. Peguei a calça jeans, uma calcinha e uma das blusas na mochila e fui para o banheiro. Niall me emprestou uma toalha.



...



-- Acho que você acabou com a água aqui de casa, ou melhor, do planeta. – Niall reclamou.

         Agora ele vestia um jeans claro com uma blusa vermelha, ele ficava muito bem de vermelho e se não me engano eu dei aquela blusa para ele.

-- Nem demorei tanto assim... – mentira. Usei o banho para pensar, sim, pensar em Harry.

          Decidi que esse merda não vai ter controle sobre a minha vida, eu não preciso dele eu só transei com ele, foi bom? Pra caralho, mas outros caras são bons também. Espero encontrar um desses hoje, mas não conte ao Niall.

-- É melhor a gente ir. – ele pegou a chave na mesa de cabeceira.

-- Vamos no seu carro?

-- Você não esperava que eu subisse naquela coisa com você, né? – ele franziu o cenho.

     Eu realmente não entendia por que ninguém gostava da minha moto, ela era tão charmosinha. Sem muita demora entramos na Pajero de Niall e seguimos para um bar qualquer, não estava em posição de escolher o local. A viagem foi curta, uns 20 minutos no máximo.

     O barzinho era simples e aconchegante, nada de bêbados caindo pelos cantos e sim um local com pouca luz, mesas espaçadas para dar mais privacidade e parecia tudo bem limpinho. Entramos e nos sentamos nos banquinhos do balcão, eu preferia assim como Niall, do que sentar em mesas.

-- Boa Tarde. – a voz era grave e atraiu meu olhar. Olhos cinzentos me encararam, o maxilar largo e o nariz afilado, sobrancelhas grossas e cabelos na altura dos ombros largos. – Vão querer alguma coisa? – eu quero você.

       Eu sorri para ele e pisquei os olhos excessivamente.

-- Duas doses de tequila. – Niall apontou para a garrafa, mas eu não olhei para a garrafa, aqueles olhos cinzas me prenderam de forma que tudo que eu queria era aquele homem me prensando contra uma parede.

-- Só um minuto. – ele se virou e foi pegar a bebida e que bundinha linda.

       Eu quero um garçom e vou ter, Harry está a quilômetros de distância, não vai conseguir me impedir de eu ter o que quero dessa vez. Mas lá vem ele na minha cabeça, o modo como os olhos cinzas nunca chegarão aos pés daqueles olhos esmeraldas e que aquele cabelo liso nos ombros nunca chegaria perto dos cachos de Harry. Soquei a mesa e Niall me encarou confuso.

-- O que foi?

-- Nada. – soou mais seco do que eu queria.

         O garçom colocou as duas doses na nossa frente e eu agradeci com um sorriso contido. Eu e Niall viramos os copos ao mesmo tempo e a sensação familiar do álcool pela garganta era tão reconfortante que eu gemi. Niall riu e pediu mais duas.

-- Você faz isso a muito tempo? – sabia exatamente ao que ele estava se referindo.

-- Comecei um tempo depois que ela... – cadê esse garçom com a outra dose?

-- Entendo... como você faz isso?

-- Eu continuo pagando as contas dela de telefone.

        Ele balançou a cabeça e sorriu.

-- Isso ajuda? – ele perguntou

-- De certa forma sim... – o garçom se aproximou e colocou os copos de volta na mesa, no ato sua mão encostou na minha e pelo seu olhar, aquilo não foi nada sem intenção. Acabei de receber um passe livre, só precisava da oportunidade.

         Encarei o copinho, Niall já tinha virado o dele, girei o mesmo sobre a mesa e pensei no quanto tenho bebido ultimamente, muito mais do que costumava beber. Ele realmente está me virando do avesso, está trazendo o pior de mim a tona, isso não pode ser bom, não pode ser saudável.

         O garçom passou por mim saindo de trás do balcão e indo em direção aos banheiros, a oportunidade. Virei o copinho e disse ao Niall que iria ao banheiro.

         Me encostei no corredor e esperei que ele saísse. Pouco tempo se passou até que ele saiu, eu o empurrei contra a parede e ele sorriu malicioso para mim.

-- Seu namorado não vai ficar chateado? – ele me segurou na cintura e me puxou para mais perto.

        Por um momento a imagem de Harry quando me pegou com o Aidan surgiu na minha cabeça, mas eu a mandei para a puta que pariu.

-- Quem? – então percebi que ele falava do Niall – Ah, Niall. Não, ele não é meu namorado. – eu ri.

-- Então ele não vai se importar se eu fizer isso? – ele desceu uma das mãos pela minha cintura até a minha bunda e a apertou com força, eu mordi os lábios.

-- Nem um pouco. – eu o puxei pela camisa e colei nossos lábios com força, sem nenhum pudor a língua dele se encontrou com a minha, o beijo era gostoso mas não tinha nada mais que isso, não era como a corrente elétrica que corria pelo meu corpo apenas pelo toque do Harry. Merda.

          Agarrei os longos cabelos daquele cara que eu nem sabia o nome e aprofundei o beijo determinada a tirar Harry da minha cabeça.

-- Não podemos transar no corredor. – eu puxei ele para o banheiro feminino, nos fechando em uma das cabines que eram espaçosas para a minha surpresa. – Ai merda, não temos camisinha. – eu me joguei contra a parede da cabine.

-- Quem disse? – ele puxou o pacote prateado do bolso.

-- Você anda sempre com camisinhas no bolso? – eu ri e abri os botões de sua calça e a abaixei com a cueca até os joelhos, ele sorriu malicioso e abriu o pacote para se vestir. Eu abri a minha calça e a tirei junto com a calcinha. – Niall é só meu amigo, mas não posso demorar. – ele entendeu e me agarrou beijando meu pescoço e erguendo meu corpo contra a parede.

            Sem dificuldade ele me penetrou, eu enlacei minhas pernas a sua volta e finquei minhas unhas em seus braços fortes enquanto ele saia e entrava em mim.

-- Oh... – ele começou a acelerar os movimentos e a minha bunda batia contra a parede enquanto meu corpo era lançado para cima, ele era bom e sabia o que estava fazendo.

            Eu puxei seus cabelos e ele gemeu satisfeito, uma estocada mais forte fez meu estomago repuxar e eu apertei os lábios com força para não gritar. Ele apertou minha bunda e diminuiu a velocidade, seu membro entrava com força e saia lentamente, para voltar com força novamente, em pouco tempo meu corpo amoleceu, eu tinha chegado, não foi o melhor orgasmo da minha vida, mas foi bom e eu estava satisfeita, para quem veio só para beber, eu tinha ganhado a noite transando com esse gostoso.

           Ele gozou logo depois de mim, sem perder tempo saiu, jogou a camisinha fora e começou a recolocar a calça. Eu estava suada e colocar o jeans apertado não foi uma tarefa agradável. Depois de vestidos, saímos da cabine, não tinha ninguém e se alguém entrou no banheiro enquanto estávamos lá eu não fazia ideia. Ajeitamos nossos cabelos e eu lavei o rosto suado.

-- Podemos fazer isso mais vezes... – ele piscou para mim.

-- Acho que não. – eu sorri e sai do banheiro deixando ele lá dentro.

             Fiz o caminho de volta para o bar em poucos segundos. Niall me olhou com tédio assim que eu sentei no banco. Uma dose de tequila me esperava.

-- Você transou com o garçom, não foi? – ele me conhecia tão bem e adorava a forma com que ele não se importava.

-- Quem sabe. – e virei a dose que me esperava.

 Continua...

Autora Mavi Souza

Notas da Autora

      Hey Angels! O que acharam desse capitulo? Espero que tenham gostado, como já sabem se leram meu post, estou muito atolada e não sei quando vou poder por em dia as outras fics e o imagine, mas estou me desdobrando e cada dia consigo escrever um pouquinho.
      Pelo menos consegui adiantar Nympho, então comentem bastante e divulguem o blog, precisamos da sua ajuda. Vou contar com vocês!!

Beijos no Cotovelo
Xx :)

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19 comentários:

  1. Faz a S/n e o Harry voltarem pfvrrr ♡ Sami

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  2. NYMPHO É MINHA VIDA♥♥♥♥

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  3. Essa fic eh mto boa! #Lari

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  4. Por mim essa fic viraria filme! Meus singelos parabéns meninas! Grande futuro as aguarda! Beijos, Nathan Almeida

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    1. Obrigada! Que bom que gostou, espero que continue acompanhando e comentando!! É muito bom ouvir isso, e imagina que louco se Nympho virasse filme hahaha ia ser muito +18.

      Beijos no Cotovelo!
      Xx :)

      -Mavi

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  5. Até q enfim mais um cap hahah ñ para ♡ sara

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  6. CONTINUA CONTINUA CONTINUA PLEASE PLEASE PLEEEEASE

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  7. o próximo sai quando??

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  8. mds garota você e ótima com isso
    continua e não para plmds <3
    to amando

    ~bjs:duda

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  9. CONTINUA ESSE TRECO PLS

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  10. 100 orrrr to ficando loka com essa ficccc

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  11. Meu Deus, continua logo, faz Harry e S/n voltarem, com capitulo bem engraçado e hot como sempre.. Simplesmente a melhor fic, amoooo <3 . Sucesso para vocês meninas , grande beijo <3 - jeh

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