Nymphomaniac || Décimo Sexto Capítulo || Parte II

11:28 Unknown 7 Comments






 Saio da padaria com duas sacolas no braço. Gemma parece uma criança, pegou vários doces e salgados, quando na verdade só vai comer um ou dois com a desculpa de que não quer engordar e de repente novamente me pego pensando nela. (Sn) não tem problema em comer o que quer, (sn) é diferente.
   Não sei qual foi o momento exato em que deixei (sn) se aproximar tanto de mim, a ponto de todos meus pensamentos darem um jeito de se desvirem direto para ela. É algo tão inevitável que faço sem nem sentir.
   --Vamos Harry! Demorarmos mais mamãe manda a polícia atrás de nós dois. --  Gemma reclama enquanto demoro para entrar no carro. Não repondo nada, por que ela que quis comprar tantas coisas e agora quem carrega as malditas sacolas sou eu.
   --Quantos dias vocês pretendem ficar? – pergunto enquanto me sento no banco e passo as sacolas para ela.
   --Não sei. Mamãe queria ver você e fazer compras, talvez fiquemos só até sábado. – balanço a cabeça concordando silenciosamente. Não sei porquê, mas o fato de mamãe e Gemma ficarem em casa de repente me incomoda. Senti muita saudade de casa, mas algo me impede de ficar feliz porquê ambas estão aqui.
   Graças aos céus Gemma fica entretida o caminho inteiro com um dos mil doces que ela me fez comprar na padaria, me deixando pôr meus pensamentos em ordem. (sn) me deixa confuso, pensei que ela não voltaria quando eu disse aquilo, mas voltou e voltou bêbada quase me obrigando a transar com ela, no dia seguinte cuidei e dei o que ela queria e hoje quando pôde conhecer minha mãe simplesmente saiu correndo desesperada. Ela me tem nas suas mãos, mas não sei o que pretende fazer comigo. O que quer de nós dois.
   O que eu sei dela? Eu a conheço o suficiente para querer que ela conheça a minha mãe? Sim! Nunca quis nenhum mulher ao meu lado e nunca quis que minha mãe conhecesse nenhuma mulher, mas com (sn) esses sentimentos me põem de joelhos, pois os desejo tanto.
   --HARRY! – balanço minha cabeça pelo grito da minha irmã.
   --O que foi? – pergunto atordoado, começo a olhar ao redor tentando ver se fiz algo de errado enquanto dirigia tão disperso, mas tudo está em ordem.
   --Passamos do seu prédio! – quando olho para a frente, vejo que já passei duas quadras, novamente pego o retorno e acelero um pouco. Desse jeito que estou sou capaz de cometer um erro maior e acabar ferindo alguém ou a minha irmã e a mim mesmo.
   --Você não vai pôr o carro na garagem? – Gemma me perguntou.
   --Não, vou só me trocar para ir atrás dela. – respondi descendo do carro e dando a volta para abrir a porta para a minha irmã.
   --Que cavalheiro! Deve ser por isso que a menina gamou em você. – disse risonha. Há se Gemma soubesse que não é bem por esse lado. Dou apenas um sorriso em troca e ligo o alarme do meu querido carro, pretendo ser rápido e deixá-lo aqui fora por muito tempo.
   Quando chegamos a portaria do prédio, que por sinal faz um bom tempo que não vejo, abri a porta de vidro para Gemma, já que as três sacolas tomam conta dos seus braços.
   --Obrigada, meu querido irmão.
   --Pois não, querida. – assim que entrei no Hall reconheci aquela voz. Tão doce e decidida. Era (sn).
   --Qual é o problema com a droga da minha roupa? – de imediato estranhei, passei por Gemma e caminhei até as vozes.
   --Esse é o problema senhorita, as roupas não são suas. – quando enfim me aproximei o suficiente a primeira coisa que vi foi as pernas de (sn) descobertas quase que completamente. Meu Deus, porque não me lembrava que ela estava com as minhas roupas?
   --O que está acontecendo aqui? – Gemma disse atrás de mim, só então (sn) se deu conta da nossa presença.
   --Oh senhorita, me desculpe! – disse o porteiro saindo detrás do balcão. – É só um mal entendido. – então ele chegou perto da (sn) e pegou-a pelo braço. Na mesma hora (sn) protestou e meu instinto foi rápido, praticamente voei até eles, puxando-a para o meu lado.
   -- Não toque nela! – disse ríspido. Quem ele pensa que é?
   --Você a conhece, senhor Styles? – perguntou com os olhos arregalados.
   --É claro que sim! Está comigo! –repeti no mesmo tom de voz. O homem voltou para trás do balcão com uma expressão de vergonha. Acho bom! Onde já se viu? Ele ia jogá-la na calçada! Isso não se faz com nenhuma mulher.
   --Desculpe senhor, eu não sabia. – tentou explicar-se, mas já era, meu humor estava à beira do caos desde o momento em que acordei, só estava esperando uma situação como esta para me descontrolar.
   --Que não volte a se repetir! – me virei pronto para perguntar como (sn) estava, mas apenas Gemma me encarava com espanto . – Cadê ela? – não esperei a resposta da minha irmã, passei por ela e vi (sn) puxando a porta de vidro. – HEY! – gritei e ela parou, corri até ela.
   --Onde você vai? – perguntei. (Sn) baixou a cabeça pela primeira vez me parecendo envergonhada. Ela estava sem nada, apenas com a minha blusa e uma cueca. Jesus, porque eu não fui atrás dela antes?
   --Eu não sei! Esqueci minha bolsa na sua casa e não tenho um puto no bolso! – começou a falar rápido, seus sentimentos estavam abalados e eu me culpava por isso. Aproximei-me dela com cautela e a puxei para perto, fiquei grato e aliviado quando ela apenas retribuiu meu abraço. Foi ai que eu vi outro de seus mil lados, ela não era totalmente durona.
   --Venha, vamos subir. – comecei a andar com ela, no entanto (sn) me empurrou.
   --Não! – exclamou. E eu soube que ela não queria voltar porquê minha mãe e irmã estariam lá. Droga!
   --Ok, quer que eu te leve para casa? – perguntei e ela assentiu.     Virei-me para Gemma que apenas moveu a cabeça concordado. – Diga para mamãe que eu fui resolver uns problemas.
   --Pode deixar. Tenha um bom dia (sn)! – sabia que (sn) não responderia, pois tinha medo da minha família, então nem esperei nada. Apenas saí junto dela até o meio fio, onde meu carro estava estacionado.
   Abri a porta do carro para ela e entrei em seguida. Esperei que colocasse o cinto e dei a partida. Queria fazer mil perguntas, onde ela estava quando saiu correndo de casa? Porque demorou para voltar? O que ela queria para nós dois? No entanto não queria deixá-la assustada e optei por fazer a pergunta mais clara.
   --Você quer falar sobre isso? – minha voz saiu baixa e hesitante. Sua resposta veio com clareza.
   --Não.
   Respeitei sua decisão e não voltei a falar nada enquanto dirigia com calma, em baixa velocidade, acho que queria prolongar o tempo e esperava que de algum modo ela mudasse de ideia e quisesse ficar comigo. No entanto ela não voltou a abrir a boca e quando estacionei rente a calçada olhei para ela, que nem que virou o rosto do para-brisas.
   --O que voc...—foi interrompido, pois de repente (sn) virou-se para mim e me beijou. De início não tive reação, com o tempo seus lábios foram se abrindo e comecei a retribuir seu beijo. Era rapidez e força que ela exigia sobre meus lábios. Suas mãos agarraram meus cabelos e a única coisa que fui capaz de fazer foi retribuir.
   Aos poucos ela foi me empurrando, achei que fosse partir o beijo, mas apenas quando meu corpo encostou por completo no banco foi que senti seu peso vindo sobre mim. Ela estava quase sentada sobre meu colo quando me dei por mim. Não podemos fazer isso em meu carro! No meio da rua! Não quando não estamos resolvidos.
   Com clama comecei a empurrá-la até nossos lábios estarem longe um do outro.
   --Por favor Harry, me coma! – seus olhos estavam fechados enquanto seus lábios entreabertos me chamavam. Não posso fazer isso, não enquanto estivermos aqui e enquanto não souber o que ela quer.
   --(sn)! – chamei-a até que ela abriu os olhos e me encarou perdida, suas íris mergulhadas em fogo, em excitação. – O que você tem?
   --Tenho desejo! Droga tira essa roupa! – novamente ela partiu para cima de mim, puxando minha blusa e enfiando seus dedos por minha barriga enquanto a outra mão puxava minha calça para baixo. Mas eu não estava afim, eu não estava nem perto de estar excitado.
   --Pare com isso! – segurei com força em seus pulsos, com cuidado para não machucá-la, mas com firmeza. (sn) me olhou e então arregalou os olhos, se afastou de mim com rapidez e abriu a porta do carro, quando entendi que ela estava saindo dali me desesperei, ela não entendeu! Desci do carro com pressa mais já era tarde, ela tinha acabado de bater a porta da casa, bati na porta, mas como esperava nem sinal dela, insisti mais três vezes até que senti tocarem em meu ombro.
   --Você de novo por aqui? – reconheci a voz, era aquele bombado. Porra!
   --Olha...—comecei a falar, mas ele não deixou.
   --Acho que a (sn) não quer falar com você. Porque não vai embora? – pensei em fazer algo, falar algo, mas talvez aquele não fosse o momento para ela e nem para mim. Então eu apenas concordei, dando as costas para o bombado e entrando no meu carro. Quando dei a partida olhei para a porta dela e a vi ali sorrindo para o cara antes de puxá-lo pela camisa e trancar a porta.


Autora Ananda Alves.
Editora Carol Becker.



Notas da Autora:

Hey pessoal, olha eu aqui! Hahaha consegui, cumpri o meu prometido.
Amores não tenho muito a falar, avaliem o capitulo comentem e saibam que dai para frente começa a segunda parte dessa fic! Chegamos ao climax. 

Xoxo :)
-Ananda 

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7 comentários:

  1. ai sinhô Anandaaaaa PQP CADÊ O PROXIMO CAPÍTULO MULHER

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  2. Ai eu to muito ansiosa pra ler o próximo capitulo

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  3. Como todos estou anciosa para o proximo capítulo e ver oq a (s/n) vai aprontar.
    Já indiquei essa fic para várias amigas minhas❤❤❤❤-Karen

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    1. Que bom que gostou, e obrigada por indicar. É muito importante para nós! *0*

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    2. Que bom que gostou, e obrigada por indicar. É muito importante para nós! *0*

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  4. Ain eu To muito ansiosa pra ler o próximo quando é que vc vai posta o próximo cap -Ana Beatriz

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  5. To super ansiosa para ler o próximo capítulo...ta muito legal essa fic

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