Nymphomaniac || Décimo Sétimo Capítulo

15:59 Unknown 3 Comments



-- PUTA QUE PARIU – eu saí da casa batendo a porta com força.
     Mas que porra! Quando eu penso que as coisas não podem piorar, o universo conspira novamente.
      Apertei furiosamente o botão que chamava o elevador, mas simplesmente não funcionava, na minha crise raivosa não percebi o papel colado na porta de ferro.
      “ Elevador em manutenção. Atenciosamente. “
       Soquei a porta prateada com força e abafei o grito, os ossos na minha mão ardiam e meus olhos insistiam em lacrimejar, puta que pariu isso doeu. Apertei uma mão na outra e corri para a escada, desci com dificuldade, afinal eu acabei de acordar, por mais que tenha sido um susto do caralho eu ainda estava grogue. Por que a porra do elevador tinha que quebrar logo agora?
        Cheguei na recepção, coloquei as mãos sobre os joelhos inspirei profundamente. Eu definitivamente não nasci para os esportes.
         Não tinha ninguém na portaria eu passei direto mas parei na porta de vidro depois de abri-la, olhei para trás e me amaldiçoei por isso, no fundo eu esperava e queria que ele tivesse vindo atrás de mim.
          As ruas estavam com um movimento razoável de carros, mas não passei por nenhuma pessoa até virar a esquina, uma mulher típica daquele bairro de ricos fodidos, passou por mim em cima do seu salto e torceu o nariz. Passei por ela de cabeça erguida, mas logo depois abaixei a cabeça.
         Merda. Merda. MERDA. E ainda estou vestindo as roupas de Harry, uma camisa e uma cueca. Eu quis socar outra coisa, mas os nós dos meus dedos ainda latejavam, mudei de ideia.
         Preciso ir para casa.
         Acenei para quatro taxis, nenhum deles parou, talvez pelas minhas roupas, ou melhor, com certeza pelas minhas roupas. Idiota, mesmo se o taxi parasse com que dinheiro eu o pagaria? Não estava com minha bolsa, o que não faria diferença. Pensei até mesmo em vencer meu orgulho e ligar para o Harry, mas com que merda de celular eu faria isso?
         Deixei meus ombros pesarem e me sentei no meio fio, alguns carros passavam e me provocavam, uma velhinha até me ofereceu dinheiro, eu recusei claro.
         O que eu estou fazendo da minha vida? Eu estou em um bairro de alta classe, vestindo uma blusa e uma cueca, sentada no meio fio, descabelada e sem um puto no bolso, ainda tenho um beijo na testa, um eu te amo, e uma mãe superprotetora que acabei de “conhecer”. Tudo isso por que não consigo tirar esse nerd babaca da minha cabeça, isso se tornou mais que um desafio, agora é uma necessidade, eu penso nele e apenas nele me tocando. Isso não é normal, eu não preciso disso, eu sou uma mulher independente, eu tenho meu dinheiro, mas que porra eu to falando? Eu só preciso de outro pau, apenas isso. E felizmente isso não é difícil de encontrar.
         Passei a mão pelo cabelo tentando deixa-lo mais apresentável, levantei num impulso e tomei o caminho do flat do Harry, pela segunda vez, fugi desse lugar e agora estou voltando. Foda-se! Eu preciso da minha bolsa, do meu celular e do Harry, do carro dele. Eu quero e vou para casa.
         Atravessei a portaria do apartamento pela segunda vez hoje, e continuava sem um porteiro, corri pelas escadas e cheguei lá em cima com a cueca de Harry quase nos joelhos. Me recompus e bati com força três vezes em sua porta, impaciente abri a porta com força e dei de cara com a mãe dele.
-- Você... – A mãe dele me encarou de cima a baixo, não de modo ofensivo, ela apenas me analisava.
-- Eu. – Eu passei por ela e entrei no apartamento, examinando a sala em busca das minhas coisas. – O Harry, cadê ele?
-- Ele foi a padaria, já está voltando. – ela transmitia conforto, mas também mostrava que viraria uma leoa assim que alguém ameaçasse suas crias. – Pode esperar se quiser. -- Achei minha bolsa, mas não encontrava meu celular e nem meu vestido. – Você e Harry... ãn... – ela escolhia as palavras, eu não.
-- Quer saber se estamos juntos? – pela sua careta eu sabia que era isso – não, pode ficar tranquila.
-- Mas você está aqui, com as roupas intimas dele e dormiram juntos na mesma cama.
-- Nós transamos – ela engasgou – mas foi só isso.
-- Como pode dizer algo assim? – ela me encarava apavorada
-- Dona... Desculpa não sei seu nome.
-- Anne.
-- Dona Anne, me desculpe se te ofendi, o que eu e o Harry tivemos, acabou. – meu tom transbordou decisão.
-- E se ele gostar de você? – minha vez de engasgar
-- Nos conhecemos por um curto período de tempo.
-- Se conheceram na faculdade certo? – ela ergueu a sobrancelha
-- Sim – essa conversa já está longa demais.
-- Ele me disse que foi suspenso... – ela me encarou, seus olhos me julgavam – E que foi um problema “técnico” – ela fez aspas com os dedos e puta que pariu que desculpa mais idiota essa que o Harry inventou. – Mas eu sei que ele está mentindo, e talvez seja por sua causa... – não a deixei terminar.
-- Não forcei Harry a fazer nada – eu já estava estressada e meu tom de voz aumentou – ele já é bem grandinho e manda no próprio nariz.
       Ela me encarou abismada
-- Não foi... – a interrompi novamente
-- Pra mim chega.
        Peguei minha bolsa, a única coisa que tinha achado, e sai do flat como um raio, bati a porta com força. Corri as escadas, batendo os pés com força no chão.
        Quem ela pensa que é para me acusar desse jeito? Talvez a culpa tenha sido um pouco minha, mas quem mentiu para ela foi ele, eu não o obriguei a nada.
-- Hey mocinha! O que pensa que está fazendo aqui? – o porteiro estava finalmente na portaria. – Como conseguiu entrar?
-- Se você fizesse seu trabalho corretamente saberia...
-- Como a senhorita ousa...
-- Vai a merda, eu só quero ir embora.
-- A senhorita está pensando que pode circular por esse edifício vestida assim, como uma mendiga, isso se não for uma. – filho da puta.
-- Qual é o problema com a droga da minha roupa? – ouvi passos na entrada do prédio.
-- Esse é o problema senhorita, as roupas não são suas... – o tom sarcástico era tão visível quanto óleo em água.
-- O que está acontecendo aqui? – a irmã de Harry disse, quando os dois entraram na recepção e eu me virei para eles com um pulo.
-- Oh senhorita me desculpe! – o porteiro se apressou e saiu de trás do balcão, vindo na minha direção. – É só um mal-entendido. – Com rapidez ele tomou meu braço...
-- Eu vou enfiar o seu... – senti braços fortes me tomarem pra si, me puxando do aperto do porteiro.
-- Não toque nela! – Era Harry, com um olhar mortal que eu nunca pensei que veria em seu rosto tão pacifico.
-- Você a conhece, Senhor Styles? – o porteiro parecia em choque
-- É claro que sim! Está comigo! – Sua voz era rouca e ríspida, o porteiro se apressou em voltar para o seu posto e abaixar a cabeça.
-- Desculpe senhor, eu não sabia. – ele gaguejou tentando se explicar.
      Harry sustentava aquele olhar mortal e passou a mão nos cabelos tão bagunçados quanto os meus. Aproveitei sua distração com o porteiro e me apressei a sair dali, já não bastava a mãe de Harry me acusando, agora estava sendo humilhada.
      Ouvi Harry dizer algo que não entendi ao porteiro e a sua irmã, mas já me encontrava na porta, a puxei.
-- HEY! – eu parei e deixei os ombros caírem. – Onde você vai? – minha cabeça caiu junto com os meus ombros.
-- Eu não sei! Esqueci minha bolsa na sua casa e não tenho um puto no bolso! – Me encolhi como uma criança e deixei as palavras saírem rápidas e abafadas.
      Percebi Harry se aproximar e me tomar em seus braços, eu estava envergonhada e ameaçada. Aceitei o abraço de bom grado e me aconcheguei dentro de seus braços fortes, me sentia agora protegida, como se nada pudesse me atingir. Foi um sentimento totalmente novo para mim. Harry me ajeitou em seu abraço e me encaminhou em direção as escadas.
-- Venha, vamos subir. – sua voz antes ríspida, agora era suave e acariciava meu ouvido.
-- Não! – eu me afastei brusca e me arrependi logo depois.
-- Ok – ele suspirou – Quer que eu te leve para casa?
      Eu assenti e voltei a abaixar a cabeça, o que está acontecendo comigo?
-- Diga para mamãe que eu fui resolver uns problemas. – Problemas, exatamente isso que éramos quando estávamos juntos.
-- Pode deixar. Tenha um bom dia (Sn)! – eu não respondi, eu sequer olhei para irmã dele, e se ela me julgasse como a mãe fez?
      Harry colocou o braço envolta do meu ombro e me guiou até o lado de fora do prédio onde o seu carro estava estacionado de qualquer jeito. Ele abriu a porta do carro para mim e dessa vez o ato nem me surpreendeu. Harry deu a volta no carro e entrou. Coloquei o cinto, sabia que se não o fizesse Harry não sairia com o carro.
       O silencio se instalou no carro e apenas nossas respirações faziam-se ouvir. Eu sabia que Harry estava tenso e queria conversar, suas mãos apertavam tão fortemente o volante que seus dedos estavam brancos.
-- Você quer falar sobre isso? – ele disse baixo, e eu quase fingi não ouvir.
-- Não. – fui breve.      
       Harry entendeu o recado, por que ficou quieto o resto do caminho, mas suas mãos não relaxaram, ele não passava de 50 km/h, e eu quase que gostei disso, eu precisava pensar, e nada melhor para isso do que uma janela.
       Isso tem que parar, eu não posso viver dependente de Harry Styles, estou tão ligada a ele que tenho medo do que pode acontecer se eu colocar um fim nisso. Ele poderia ser uma das minhas transas frequentes como Niall, mas isso é impossível, por que uma vez transando com o Harry, nenhum outro homem vem na minha cabeça. Já quando estou transando com outros homens, o Harry é a primeira coisa quem vem na minha cabeça.
       Mal percebi quando o carro parou rente a calçada da minha casa. Senti o seu olhar mas não desviei o meu. Estava decidida a por um fim nisso, mas antes preciso de uma despedida, uma última vez.
-- O que voc... – antes que ele falasse mais alguma coisa eu virei rápida como um raio e tomei seus lábios com os meus.
       Harry permaneceu duro e sem reação, mas eu sabia que era questão de tempo, movi meus lábios sobre os dele lentamente abrindo-os, ele retribuiu e foi meu sinal verde, suguei sua língua com rapidez e força, minhas mãos seguiram para o seu cabelo, como eu gosto dele é tão macio, chega. Eu quero transar com ele e não me lembrar das coisas que sentirei falta.
        Empurrei seu corpo contra o banco e com facilidade comecei a montar em seu colo, senti as mãos do Harry na minha cintura e pensei que ele fosse me ajudar a sentar, mas tudo que ele fez foi me empurrar com delicadeza de volta para o meu banco. Nossos lábios já não estavam mais unidos. Eu permaneci com olhos fechados, meu corpo queimava em desejo, eu precisa dele por uma ultima vez.
-- Por favor Harry, me coma! – eu choraminguei
-- (Sn)! – eu acordei do meu transe, mas meu corpo ainda o desejava. – O que você tem? – Mas que merda.
-- Tenho desejo! – eu exclamei – Droga! Tira essa roupa! – eu voei pra cima dele, dessa vez decida a ter o que queria.
         Subi sua camisa e afundei minhas mãos em sua barriga tentando chegar a barra da sua calça e puxa para baixo, Harry continuou rígido, imune a qualquer investida minha. Espera até eu começar a chupar el...
-- Pare com isso! – suas palavras me atingiram como um tiro a queima roupa, e depois ele segurou o meus pulsos com firmeza, ele estava me rejeitando, eu não aguentaria mais isso.
         Encarei Harry e olhei dentro do seus olhos, na esperança de transmitir para ele tudo que eu estava sentindo. Então tão rápido quanto eu me aproximei dele eu me afastei e sai do carro enfurecida bati a porta e corri para a porta, que eu estava orando para que estivesse aberta. Não estava. Catei a chave correndo, mas percebi que Harry não tinha saído do carro, talvez ele nem quisesse mesmo. Encontrei e abri a porta, antes de fecha-la vi um vulto do Harry correndo até ela. Bati a porta.
          Um instante depois um baque, dois, três. Era Harry batendo na porta. Eu encostei a cabeça na porta e pela terceira vez no dia, deixei meus ombros pesarem.
-- Você de novo por aqui? – a voz era familiar. Rex.
-- Olha... – Rex o interrompeu, merda, se Rex resolvesse fazer algo com o Harry ele o mataria.
-- Acho que que a (Sn) não quer falar com você. Por que não vai embora? – esperei que Harry o rebatesse, mas não ouvi nada, então abri a porta.
       Apenas Rex estava ali, Harry estava entrando no carro. Então meu cérebro se acendeu como uma lâmpada. Sorri sedutora-mente para Rex e o puxei pela camisa, batendo a porta em seguida. Sei que Harry viu, e estava satisfeita com isso, afinal, ele tem que saber que sempre que ele me rejeitar vai ter outro cara para me consolar. Porém não adiantaria muito, não pretendo ver o Harry tão cedo.
-- Hey! Quem é esse otário? – queria dizer para ele não tratar Harry daquela maneira, e me repreendi por isso depois
-- É só um cara.
-- Não parece o seu tipo. – ele sorriu, puta que pariu, ele é gato, e vai me servir incrivelmente bem.
-- Meu tipo, é ter pênis.
      Ele gargalhou alto.
-- (Sn), você não existe! – ele continuava rindo. – mas o que quer de mim hoje?
-- Você sabe o que eu quero. – o clima da sal mudou instantaneamente. E ele sorriu malicioso.
-- Adoro quando precisa de mim... – ele mordeu os lábios.
-- Vamos subir, não quero sujar o sofá.
     Ele riu de novo e nós subimos as escadas correndo.

...

     Já estávamos jogados na cama, nus e Rex lambia meu pescoço e apertava meus seios, senti falta de um homem experiente, por isso abusaria.
     Agarrei seu cabelo e o fiz olhar para mim.
-- Eu quero você, lá em baixo, preciso de um trato especial hoje. – ele entendeu perfeitamente, e foi descendo sua língua descia toda a extensão da minha barriga, e meu corpo inteiro respondeu quando ele se colocou entre as minhas pernas e sua boca alcançou o ponto que eu tanto queria.
      Agarrei o lençol e gemi alto, a língua de Rex fazia milagres e estavam fazendo nesse momento, ele circulava e lambia minha intimidade que gritava por mais.
-- Puta que pariu Rex! – eu gritei – me come agora!
      Puxei seu cabelo novamente, mas dessa vez o trazendo para cima.
-- Você é sempre tão rápida (Sn). – ele pegou a camisinha se posicionou e me penetrou.
      Eu gritei, o meu Deus como isso é bom.
-- Como força! – ele estocou e meu corpo foi empurrado contra a cama, uma, duas, três...
      Me virei e fiquei sobre ele, comecei a subir lentamente e descer com força.
-- Caralho! (Sn) você é a melhor! – meu ego inflou e meus movimentos continuaram.
      Eu precisava daquilo, aquela transa era toda para mim, eu precisava tirar Harry da cabeça, merda, já estou eu aqui pensando nele de novo.
      Sai de Rex e me coloquei de quatro na cama.
-- Me fode o mais fundo que conseguir. – eu ofeguei e ergui o traseiro.
      Rex sorriu e mordeu os lábios se levantando, antes de me penetrar novamente ele deu um tapa estalado na minha bunda. E logo meteu com força e evitou que meu corpo caísse na cama segurando meus cabelos.
      O filho da puta sabia o que estava fazendo, meus olhos já lacrimejavam e minha barriga tremia, eu estava quase lá, e pelos urros de Rex ele também.
-- Caralho, você é muito gostosa. – ele apertava minha bunda e continuava a meter. – Aposto que aquele otário não consegue, te botar de quatro desse jeito.
       PORRA! Esse idiota tinha que estragar tudo, como se uma bomba tivesse explodido no quarto, o meu corpo enfraqueceu e eu cai na cama.
-- Mas que merda...
-- Cala boca Rex! – ele saiu de mim e me olhou indignado.
-- Eu não terminei ainda. – ele começou a se masturbar.
-- Puta que pariu, vai embora. – eu estava com raiva dele.
      A transa tinha tudo para acabar com orgasmos múltiplos, mas esse filho da puta tinha que meter o Harry no meio. Eu consegui desviar ele do meu pensamento e esse babaca o tras de volta.
-- Eu preciso disso (Sn), você ta aqui toda gostosa, eu preciso chegar. – ele gritou e gozou em cima de mim.
     Meus lábios se separaram em um “O” perfeito.
-- Rex-vai-embora-AGORA! – eu dei um pulo e sai da cama, correndo para o banheiro.
      Bati a porta, tenho batido muitas portas hoje, me escorei e deixei meu corpo nu e fraco escorregar até o chão.
      O que ele fez comigo? Eu não consigo mais transar se não for com ele, ele destruiu o meu orgasmo, ele acabou com a única coisa que eu tinha de bom. O que eu vou fazer agora, eu preciso me livrar disso.
      E o Rex, eu só saio com esses filhos da puta insensíveis? Claro que sim, se eu sou uma filha da puta insensível.
      Meu corpo tremeu e meus olhos arderam, ótimo, e agora eu estou chorando. O que mais ele pode mudar na minha vida? O que mais ele vai fazer para me destruir?
      Acho que nada mais, afinal eu estou jogada, chorando no meu banheiro.
      Ele já me destruiu.

Autora Mavi Souza

Notas da autora.

    Hey hey mais um para vocês espero que gostem e que comentem o que estão achando. A (Sn) bateu muitas portas hoje, e ainda baterá um numero incrível hahaha, o que estão achando do rumo que a história está tomando? 
    E vocês estão preparadas para as semanas mágicas de férias? Essa primeira semana é do Harry, e já tenho alguns imagines prontos para postar.
    É só isso! Fui!
Beijos no cotovelo!

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3 comentários:

  1. (S/n) ficou viciada no Eduardo Estilos hahahaaha

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  2. Amore quando vc vai posta o próximo cap?
    -Ana beatriz

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