Louis' Season || Mini Imagine || Anjo.

21:55 Unknown 9 Comments



    (Sn) andava por uma rua deserta após sair da casa de uma amiga, ela estava com medo, enfiou as mãos nos bolsos e apertou o passo. Mas como ela temia isso não foi o suficiente, um corpo alto e forte saltou na frente dela e a prendeu puxando para um beco escuro.
-- Socor... – sua boca foi tampada com força, ela mordeu a mão do homem que soltou a mão por segundos suficientes para ela gritar. – Socorro, alguém me ajuda... – ele a prensou contra parede e tirou um canivete do bolso.
-- Escuta aqui docinho – ele apertou a ponta do objeto afiado contra a garganta de (Sn) – Se você der mais um pio, eu vou ter que tomar uma providencia.
      Ela engoliu seco, o rapaz era feio e tinha o rosto coberto por cicatrizes horrendas que a deixaram mais assustada ainda.
-- Por favor, me deixa ir embora! Pode ficar com a minha mochila.
-- Cala a boca! – Ele apertou o braço dela com força e a empurrou, ela gemeu de dor ao atingir o chão. – Eu quero mais de você do que uma mochilinha com livros.
       Ele começou a tentar desabotoar a calça da menina, que fechou os olhos e fingiu não estar ali. Ela ouviu um baque oco, algo se quebrando. Quando abriu os olhos o homem que a agredira, estava agora no chão curvado em dor com as mãos no nariz que sagrava.
       (Sn) percebeu o outro homem, alto e imponente, que se abaixou sobre o corpo do agressor e lhe deferiu socos que faziam sons horríveis, logo ele estava de pé e chutava frequentemente as costelas do homem no chão que gritava de dor, o segundo homem, pisou sobre o joelho do covarde e um som perturbador de osso sendo quebrado fez (Sn) acordar de seu estado e gritar se encolhendo contra a parede.
       O rapaz que a salvara pareceu perceber e parou de golpear o homem que se encontrava desacordado. Ele correu na direção de (Sn), que se apertava contra a parede com medo.
-- Hey, ta tudo bem! – ele tentou acalma-la – ele chegou a machucar você? – seus olhos transbordavam preocupação.
        Até aquele momento a menina não tinha chorado, talvez pelo choque, mas agora que tinha sido salva e estava sendo confortada lágrimas fáceis rolaram pelo seu rosto, ela soluçava e o chora era de dar dó. Seus ombros se moviam violentamente e suas mãos tremiam.
        O homem nocauteado gemeu e ela gritou por medo de ele levantar.
-- Vem, eu vou te tirar daqui. – ele com cuidado enlaçou a cintura da menina e a ajudou a levantar, suas pernas tremiam e ela não parava de soluçar, o menino como morava perto, a pegou no colo e deixou que ela chorasse contra o seu ombro. – Eu vou pegar uma agua com açúcar pra você... – ele deixou a menina tremula no sofá e correu até a cozinha, seus punhos sangravam, mas ele pouco se importou com aquilo, ele precisava ajuda-la. – Aqui. – ele estendeu o copo para ela.
          Ela pegou o copo e quase derrubou o liquido pela tremedeira.
-- Obri... obrigada. – ela bebeu com dificuldade.
           Ele percebeu que a menina tinha os joelhos ralados e uma mancha roxa em torno do braço.
-- Ele machucou você. – a vontade de Louis era se levantar e terminar o que começou com aquele pedaço de merda.
-- Tudo bem... ele não chegou a... – ela tremeu.
-- Está com frio? – ela assentiu, ele correu até o quarto e pegou um cobertor no armário.  Ele a embalou e ele ficou surpreso quando ela o abraçou e pousou a cabeça em seu peito.
-- Acredita em anjos? – sua voz era um pouco mais firme
-- Sim... – ele ficou desestabilizado pela pergunta.
-- Você é meu anjo. – ela voltou a chorar – Só Deus sabe o que iria acontecer comigo se você não aparecesse.
-- Mas eu apareci e você está bem agora. – ele não sabia o que dizer diante do que ela tinha dito.
-- Obrigada... – ele apertou ela em seus braços, por um motivo que nenhum dos dois entendia, aquilo era tão familiar, parecia que se conheciam a anos.
-- Você quer ligar para os seus pais ou para alguém? – ela se afastou, e Louis se espantou com a beleza da menina, mesmo com uma expressão abatida e com os olhos e nariz inchados ela parecia uma pintura.
-- Meus pais estão viajando... não preciso preocupa-los. – ela encarou os olhos azuis do menino e pensou que poderia se afogar naquela imensidão que nem sentiria, ele era bonito e tinha traços fortes. – Eu não sei o seu nome... – ela olhou para o chão.
-- Ah, Louis. – ele disse sem graça, como ele pode ter se esquecido de dizer o nome.
-- Eu sou (Sn). – ela tentou sorrir.
-- Você quer tomar um banho ou alguma outra coisa?
-- Não quero abusar... mas um banho seria ótimo. – ela ansiava tentar fazer descer pelo ralo as lembranças.
-- Tudo bem, não está abusando – ele sorriu com compaixão – vou pegar uma toalha para você.
-- Obrigada.
       Ele saiu da sala e voltou ao quarto tentando achar uma toalha limpa, ele a pegou e dobrou. Quando Louis chegou na sala, (Sn) estava aninhada no sofá e dormia, ele não sabia por que, mas sorriu. Pegou a menina em seus braços e a levou para o quarto, ele a acomodou na cama e a cobriu, depois de um banho e um curativo nos punhos ele se deitou ao lado dela, pensou se ela ficaria chateada por dormir na casa dele, mas se ela quisesse assim que acordasse ele a levaria. Louis se pegou torcendo para que ela ficasse mais tempo com ele.
       Acabou pegando no sono, que pareceu não durar muito, Louis acordou com um sobressalto ao ouvir gritos, (Sn) gritava e se contorcia na cama, ela ainda dormia, estava tendo um pesadelo. Ele sacudiu seus ombros tentando faze-la acordar. Ela abriu os olhos e puxou o ar com desespero.
-- (Sn)? Você ta bem? – ela olhava para todos os cantos do quarto como se estivesse perdida, mas quando seus olhos focaram em Louis, o desespero foi embora e a tensão do seu corpo relaxou.
-- Eu... eu... – ela chorou
-- Shh... ta tudo bem, foi só um pesadelo. – ele se deitou novamente ao lado dela, suas testas estavam coladas, uma das mãos de Louis estavam no rosto dela.
-- Eu vi tudo de novo... – ela choramingou
-- Acabou, eu to aqui. – ele beijou sua testa. 

           Ela se aconchegou no peito do rapaz, que a embalou e acaricio seus cabelos até ela dormir. Não sabia o que estava sentindo, ainda sentia medo, mas esse sentimento vinha sendo substituído por outro, segurança. Ela se sentia segura nos braços de Louis, não queria se afastar mais, não sabia o dia de amanhã, mas aproveitaria o máximo de tempo com o seu anjo.

Ficou uma bosta, mas foi o que deu pra fazer por que to enrolada! Vou arranjar tempo para postar mais! 
Beijos no cotovelo.

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