Nymphomaniac || Décimo Terceiro Capitulo
Cross my heart and hope to die
Burn my lungs and curse my eyes
I've lost control and I don't want it back
I'm going numb, I've been hijacked
It's a fucking drag
Deus, por favor, me diz o que acabou de acontecer, eu acabei de ter a
melhor transa da minha vida e simplesmente tudo foi pelos ares apenas com a
pronúncia de algumas palavras do Harry.
Eu
estou andando sem rumo e minha cabeça está dando voltas e voltas, ecoando “eu
te amo” “eu te amo”. Mas que porra foi aquela? Eu devia tê-lo mandado para o
inferno, ele me conhece a três dias, nós apenas transamos
Eu já devia saber que tipo de garoto o Harry é, merda, ele disse que me ama! Eu posso repetir isso um milhão de vezes mas isso nunca vai fazer sentido, mesmo eu ligando os pontos, o jeito que ele me trata...
Eu já devia saber que tipo de garoto o Harry é, merda, ele disse que me ama! Eu posso repetir isso um milhão de vezes mas isso nunca vai fazer sentido, mesmo eu ligando os pontos, o jeito que ele me trata...
Puta
que pariu o beijo na testa! Eu devia ter lhe dado um soco e fugido assim que
ele beijou a minha testa. Quem beija a testa de uma garota com que mantém
apenas relações sexuais? Será que ele não podia simplesmente me foder e deixar
esse caralho de sentimento de lado? E que porra de sentimento é esse que brota
do inferno em três dias?
E meu medo antes era apenas que ele fosse
viado. E como se não bastasse, estou sem meu anticoncepcional, vou ter que
comprar uma pílula do dia seguinte, que deve custar o dobro nesse bairro de
ricos fodidos.
Mesmo
tonta fiz meu máximo para não bater com a minha cabeça no primeiro muro a minha
frente e procurei uma farmácia, a última coisa que eu preciso depois de um “eu
te amo” é uma criança irritante e ficar gorda.
I taste you on my lips
And I can't get rid of you
So I say:
"Damn your kiss and the awful things you do!"
Entrei
na farmácia que só pelo tamanho denunciou o seu alto preço. Andei por entre os
corredores de pasta de dente e desodorantes e fui até o balcão.
Uma mulher que aparentava 40 anos estava com a
cara de tédio mais horrível que eu já vi na minha vida, sério quem vem
trabalhar em uma farmácia com 50kg de maquiagem na cara, minha vontade foi
tacar 2 litros de demaquilante nela e talvez depois esfregar num muro
chapiscado apenas para ter certeza que a maquiagem sairia por completo.
Merda, eu mal a conheço e quero esfregar a
cara dela num muro, maldito Harry e seus sentimentos fodidos.
-- Boa tarde! – puta merda ela ainda está
mascando um chiclete e tem marcas do batom vermelho no dente.
-- Pílula do dia seguinte – não perdi tempo com
saudações, só queria parar de olhar para a cara dela.
-- Pílula única ou dupla? – ela é fanha.
-- Única. Quanto é?
-- 14 libras.
-- Porra! – eu esbravejo – 14 libras? Isso tem
ouro na composição?
-- Vai levar ou não? – ele estendeu a pílula.
Ótimo.
Vou ter que cobrar ao Harry, não, eu nunca mais vou chegar perto dele, quem
sabe o que ele vai fazer, vai que ele me pede em casamento.
Yeah, you're worse than nicotine, nicotine
Yeah!
-- Me dá essa merda. – eu puxei a pílula e ela
me deu uma notinha para pagar no caixa.
No
caixa se encontrava uma senhora, devia ter 70 anos, o por que dela estar
trabalhando me confunde, talvez ela seja dona da farmácia. Entreguei a nota pra
ela e catei o dinheiro na bolsa que tive que carregar por causa dessa merda de vestido.
-- 14 libras... – ela disse como se eu já não
soubesse.
-- Eu sei e isso é um absurdo. -- Entreguei o
dinheiro a ela, que me olhou feio.
Peguei a pílula e saí o mais rápido que
pude daquele lugar. Comecei a abrir a embalagem do remédio, pronta para mandar
ele a seco por minha garganta quando passo em frente a um bar, que parecia mais
um restaurante de luxo, o universo só pode estar de brincadeira com a minha
cara, eu quero apenas uma bebida barata. Coisa que sei que nunca vou encontrar
por aqui.
Mas
mesmo assim pareceu-me bem convidativo mandar essa merda de pílula com uma dose
de whisky.
Entrei
no bar.
Sentei
num dos bancos do balcão e um cara gato veio me atender, mais uma vez o
universo conspira.
-- O whisky mais barato que tiver. – Ele sorriu
sem mostrar os dentes e foi buscar
Ele colocou o copo na minha frente.
--
O primeiro é por minha conta, seu dia não parece dos melhores.
Obrigada Deus. Eu sorri com o máximo de
charme que meu humor permitia.
--
Obrigada. – eu coloquei a pílula no fundo da garganta e joguei o whisky por
cima. Santo Whisky, santo.
A bebida desceu não rasgando, mas
costurando minha garganta, mas não joguei o liquido todo do copo, afinal, se eu
quero beber aqui preciso maneirar na quantidade.
Foda-se, virei a dose toda e ergui a mão,
ele encheu o copo sorrindo.
--
Vai com calma, isso é whisky.
Eu sei o que é idiota, foi o que eu pedi.
Eu iria responde assim, mas ele pagou uma dose para mim, não posso fazer isso.
--
Whisky é meu bom amigo, fica calmo, ele só quer o meu bem. – sorri sem mostrar
o dentes e ergui o copo.
It's better to burn than to fade away
It's better to leave than to be replaced
I'm losing to you, baby, I'm no match
I'm going numb, I've been hijacked
It's a fucking drag
Ele riu, agora eu entendi o por que dele
ter sorrido sem mostrar os dentes, os mesmo trepavam um em cima dos outros como
em uma suruba. Qual é? Hoje estou cercada de pessoas azarentas? O cara é gato e
gostoso pra caralho mas tem dentes horrorosos, o coitado só falta ter pau
pequeno.
O pau enorme de Harry me vem a cabeça,
merda, eu vou sentir falta daquele filho da puta, ou do pau dele.
Meu subconsciente já afetado pelo álcool
grita para mim que vou sentir falta dele inteiro. E viro o copo rapidamente e
bato com ele na mesa. Por que aquele nerd imbecil tinha que estragar tudo?
O gostoso com dentes feios enxugava
copos a minha frente.
--
Me traz tequila agora, não posso bancar whisky e preciso ficar bêbada.
--
Tudo bem... – ele saiu para buscar.
Peguei meu celular que estava enfiado entre meus seios e encarei a tela,
resolvendo se seria saudável o que eu estava prestes a fazer agora. Merda eu
preciso disso, talvez eu sempre precise. Disquei o número que eu já sábia de
cabeça, como sempre chamou, chamou e caiu na secretaria eletrônica. “Rose
Malim, no momento não estou em casa deixe seu recado após o bip.”. Ah a voz
dela, é tão bom ouvi-la novamente.
O copo novo foi colocado na minha
frente e eu bebi grande parte do liquido de uma vez, na esperança de aquilo que
eu estava fazendo fizesse um pouco de sentido.
--
Oi mãe... -- fiquei alguns segundos muda, talvez eu estivesse esperando uma
resposta que nunca viesse ou só meu cérebro que estava lento pelo álcool --
Como você está? -- mais uma vez eu enganava a mim mesma -- Será que pode
realmente me ouvir ai de cima? Acho que se pudesse me responder, você me
perguntaria porque eu ainda pago a sua conta de telefone. -- eu sorri afetada,
realmente idealizando ela fazendo essa pergunta -- Talvez eu só queria ouvir
sua voz -- um aperto forte no coração me fez curvar sobre a bancada do bar,
merda de sentimentalismo, maldito seja Harry Styles, meus olhos encaram o copo
com o pouco de tequila que sobrara no fundo -- Eu sinto tanto a sua falta, mais
do que qualquer coisa na vida, trocaria tudo para passar mais um mísero dia com
você... -- eu murchei sobre o banco me curvando ainda mais -- Talvez nós nos jogássemos
no sofá e eu te contaria tudo sobre a minha nova aventura, tirar a virgindade
de um nerd. -- eu ri, mas foi um riso carregado de sofrimento, talvez se alguém
apertasse meu coração entre os dedos e depois pisasse estaria doendo menos, a
dor veio acompanhada por uma lágrima, a primeira -- Ah Mãezinha, sim eu daria
tudo, só queria te ver mais uma vez, olhar nos seus olhos e dizer, mãe eu te
amo mais que o vovô ama as petúnias. -- aquela lágrima solitária tinha amigas
vadias, que começaram a rolar pelo meu rosto, fazendo-me encolher mais ainda no
assento se é que aquilo era possível, o barman gato de dentes tortos já me
encarava -- Eu sei que eu não sou a melhor pessoa do mundo, e também sei que
não tenho os melhores hábitos, mas eu sei que você se orgulharia de mim, não é?
-- mais uma vez esperei sua resposta, não veio. Fungando continuei -- Eu vou
fazer você se orgulhar mamãe, eu juro, nem que essa seja a última coisa que eu
faça na vida. Eu te amo mãe. – eu finalizei a chamada eu passei as costas da
mão pelo rosto tentando enxugar as lágrimas.
I taste you on my lips
And I can't get rid of you
So I say damn your kiss
And the awful things you do
O que eu to fazendo com a merda da minha
vida? Virei o que restava da bebida.
--
Você está bem? – Enxerido de merda
--
Acabei de falar com minha mãe morta no telefone, o que você acha? – eu ri da
minha desgraça. Santo álcool.
Ele me encarou assustado, ele pode
demonstrar qualquer reação só peço a Deus que ele não mostre os dentes. Amém.
--
Você quer mais uma? – ele perguntou receoso, talvez ele esperasse que eu
perguntasse se minha mãe quer uma dose também.
--
Não, se não eu vou ficar sem comida o mês inteiro. – coloquei as notas
amassadas que sobraram na minha bolsa em cima do balcão. – Espero que isso dê
para pagar, se não vou ter que lavar alguns pratos. – eu ri mas ele continuou
sério.
--
Isso paga. – Graças a Deus.
Levantei apressada e saí do bar.
Puta que pariu pra onde eu vou? Não
tenho dinheiro nem pra pegar um ônibus quem dirá um taxi. A opção de bater com
a minha cabeça no muro me parece tentadora agora, ainda mais com o álcool
fluindo no meu corpo.
Mas algo funcionaria melhor do que um
galo ou um traumatismo craniano.
O pau de Harry me fodendo com força;
Atravesso a rua e quase corro de volta
para o loft de Harry. Diferente dele, vou de elevador, a última do meu dia vai
ser um orgasmo e não rolar escada a baixo. Tento abrir a porta mas está
trancada, mas que porra. Bato exasperada na porta repetidamente. Ela se abre e
eu me jogo em cima de um Harry confuso, e eu ataco sua boca imediatamente minha
língua entra com força separando seus lábios, oh caralho eu preciso tanto
disso.
--
(Sn), o que? – eu o calei com outro beijo – Você tá bêbada?
--
Mas que merda! Fecha esse caralho de portar e vem logo! -- Eu corri pro sofá, joguei a bolsa na mesa de centro e
me estirei no sofá.
Escutei a porta batendo e a tranca.
Harry apareceu na beirada do sofá e ficou parado me encarando.
Yeah, you're worse than nicotine, nicotine
Yeah!
--
Ta esperando o que? Eu preciso que você toque com o seu pau lá dentro de novo,
foi tão gostoso, nenhum homem tinha encontrado esse ponto ainda. – ele me fitou
confuso e eu comecei a rir. – Só me come logo Harry!
--
Você ta bêbada! Onde você estava?
--
Puta que pariu! Pra onde uma pessoa vai quando quer ficar bêbada? – rolei os
olhos – Eu estava num bar, depois de comprar uma porra de pílula do dia
seguinte que custou o olho da cara, por sua culpa, eu quero meu dinheiro.
--
Mas que...
--
Você gozou dentro Harry, foi gostoso, mas eu não quero ser mãe. – seus olhos
saltaram para fora, percebi então que ele estava sem seus óculos durante todo
esse tempo. – cadê seus óculos?
--
Eles são apenas para usar na faculdade. – ele explicou confuso com a troca de
assunto.
--
Ok, agora vem. – comecei a puxar a barra do vestido por minhas pernas.
--
Para!
--
Mas que inferno! Oque foi agora?
--
Eu não vou tran... – ele corou violentamente – transar com você bêbada!
--
Eu não ligo, nem estou tão bêbada assim! – e como mais uma armadilha do
universo. Meu estomago repuxou e eu vomitei no chão da sala de Harry.
Ele correu até mim e segurou meu cabelo.
--
Vem.... você precisa de um banho e um remédio.
O que ta acontecendo comigo? Eu já bebi
muito mais do que isso e aguentei, só espero que meu organismo já tenha absorvido a pílula, ela me custou 14 libras, nem fodendo vou comprar outra. Tentei levantar, mas a sala rodou e eu cai
de volta no sofá.
Senti os braços de Harry passarem, um
por baixo do meu joelho e o outro na minha cintura me erguendo.
--
Oque você ta fazendo? – questionei tonta
--
Te levando lá pra cima, vou te dar um banho. – ele corou de novo subindo as
escadas.
--
Nem fodendo. – disse firme – eu quero transar! T-R-A-N-S-A-R! Transar.
–Soletrei
--
Não, você quer tomar um remédio e dormir, o banho fica pra depois. – desde
quando o Harry me desafia assim?
--
Caralho uma mulher não pode ter um orgasmo? Tudo bem, você quer que eu te
chupe? – ele engasgou.
--
Eu quero que você fique quieta, enquanto eu pego o remédio. – ele me colocou na
cama e saiu do quarto.
Eu quase chorei, talvez eu devesse ter
ignorado os dentes do barman e ter o chamado para uma transa rápida no banheiro
do bar, que como é de rico o banheiro deve ser limpinho. Merda, o que eu to
falando?
Harry entrou no quarto com um
comprimido e um copo de suco, que eu deduzi ser de laranja. Ele esticou os dois
pra mim.
--
Se eu beber, você transa comigo? – ele quase derrubou o suco.
Just one more hit and then we're through
'Cause you could never love me back
Cut every tie I have to you
'Cause your love's a fucking drag
But I need it so bad
Your love's a fucking drag
But I need it so bad
--
(Sn) por favor, só toma o remédio.
--
Merda. – disse desistindo e pegando o comprimido e o suco e virando os dois com
fiz com a pílula e o whisky. Estendi o copo de volta pra ele, e me joguei de má
vontade contra os travesseiros como uma criança birrenta.
Harry me cobriu com o edredom e se
curvou beijando minha testa.
Merda.
Eu levantei sobressaltada e minha
cabeça bateu com a dele, essa porra não pode ficar melhor.
--
Pode parando, nem vem com esses seus beijos na testas! – eu gritei esfregando o
ponto da cabeça que bateu, agora eu tenho um “eu te amo” e um galo – Eu sei o
que eles significam, não quero casar porra! -- acusei
--
Mas oque? – ele estava muito confuso agora. – (Sn) pelo amor de Deus!
Vai-Dormir – ele disse pausadamente. – Mais tarde conversamos.
Eu estreitei os olhos para ele.
--
Eu sei o que você está querendo... – eu estava agindo com uma louca – Não vai
conseguir.
--
Do que você ta falan...Esquece eu não quero saber.
--
Eu só quero o seu pau! É pedir muito? Ele é tão grande... – divaguei Harry
parecia a beira de um infarto.
--
(Sn)... por favor... – ele implorou.
--
Tá bom! Eu vou dormir... mas nem pense em beijar minha testa enquanto eu to
apagada... eu to falando sério... se você fizer, eu vou te dar umas porradas e
te mandar para o inferno. – eu disse séria e convicta
Mas ele riu.
--
Você não existe... vai dormir, não vou beijar sua testa.
Eu franzi o cenho e apontei meu dedo
indicador e o do meio para os meus olhos e depois pra ele.
--
To de olho. – e me joguei de novo na cama encarando o teto, não por muito
tempo, o sono que eu nem sabia que estava chegou com força.
E a última do meu dia não foi um orgasmo
ou rolar as escadas e sim um nocaute dos meus amigos, whisky e tequila, valeu
babacas.
Yeah, you're worse than nicotine, nicotine
Yeah!
Continua...
Autora Mavi Souza
Nota da Autora:
Mas gente, quanto tempo que eu não apareço né? Bom eu senti falta de escrever essa fic, espero que gostem e comentem muito, precisamos de incentivos. O que acharam desse capitulo? A (Sn) bêbeda não presta hahaha.
É só isso, beijos no cotovelo!
Ta mt pft !!! Continua logo !!
ResponderExcluirLívia "
eu iria comentar apenas no ultimo capítulo postado, mas esse me fez rir tanto, que eu precisei denunciar a minha presença! oi oi, leitora nova aqui.
ResponderExcluirAlguem avisa pra (s/n), eu, sei la quem, mas é a principal, que beijos na testa nao significam pedidos de casamento!!! Garotas, eu estou rindo até agora! Estou completamente apaixonada por essa fic!!!
AMANDO D+++
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