Nymphomaniac || Décimo Terceiro Capitulo

14:36 Unknown 3 Comments


Coloquem para tocar: Nicotine - Panic! at the Disco.

Cross my heart and hope to die 
Burn my lungs and curse my eyes
I've lost control and I don't want it back
I'm going numb, I've been hijacked 
It's a fucking drag 

      Deus, por favor, me diz o que acabou de acontecer, eu acabei de ter a melhor transa da minha vida e simplesmente tudo foi pelos ares apenas com a pronúncia de algumas palavras do Harry.
      Eu estou andando sem rumo e minha cabeça está dando voltas e voltas, ecoando “eu te amo” “eu te amo”. Mas que porra foi aquela? Eu devia tê-lo mandado para o inferno, ele me conhece a três dias, nós apenas transamos
      Eu já devia saber que tipo de garoto o Harry é, merda, ele disse que me ama! Eu posso repetir isso um milhão de vezes mas isso nunca vai fazer sentido, mesmo eu ligando os pontos, o jeito que ele me trata...
      Puta que pariu o beijo na testa! Eu devia ter lhe dado um soco e fugido assim que ele beijou a minha testa. Quem beija a testa de uma garota com que mantém apenas relações sexuais? Será que ele não podia simplesmente me foder e deixar esse caralho de sentimento de lado? E que porra de sentimento é esse que brota do inferno em três dias?
      E meu medo antes era apenas que ele fosse viado. E como se não bastasse, estou sem meu anticoncepcional, vou ter que comprar uma pílula do dia seguinte, que deve custar o dobro nesse bairro de ricos fodidos.
      Mesmo tonta fiz meu máximo para não bater com a minha cabeça no primeiro muro a minha frente e procurei uma farmácia, a última coisa que eu preciso depois de um “eu te amo” é uma criança irritante e ficar gorda.


I taste you on my lips
And I can't get rid of you

So I say:
"Damn your kiss and the awful things you do!"

      Entrei na farmácia que só pelo tamanho denunciou o seu alto preço. Andei por entre os corredores de pasta de dente e desodorantes e fui até o balcão.
      Uma mulher que aparentava 40 anos estava com a cara de tédio mais horrível que eu já vi na minha vida, sério quem vem trabalhar em uma farmácia com 50kg de maquiagem na cara, minha vontade foi tacar 2 litros de demaquilante nela e talvez depois esfregar num muro chapiscado apenas para ter certeza que a maquiagem sairia por completo.
      Merda, eu mal a conheço e quero esfregar a cara dela num muro, maldito Harry e seus sentimentos fodidos.
-- Boa tarde! – puta merda ela ainda está mascando um chiclete e tem marcas do batom vermelho no dente.
-- Pílula do dia seguinte – não perdi tempo com saudações, só queria parar de olhar para a cara dela.
-- Pílula única ou dupla? – ela é fanha.
-- Única. Quanto é?
-- 14 libras.
-- Porra! – eu esbravejo – 14 libras? Isso tem ouro na composição?
-- Vai levar ou não? – ele estendeu a pílula.
     Ótimo. Vou ter que cobrar ao Harry, não, eu nunca mais vou chegar perto dele, quem sabe o que ele vai fazer, vai que ele me pede em casamento.


Yeah, you're worse than nicotine, nicotine 
Yeah!

-- Me dá essa merda. – eu puxei a pílula e ela me deu uma notinha para pagar no caixa.
      No caixa se encontrava uma senhora, devia ter 70 anos, o por que dela estar trabalhando me confunde, talvez ela seja dona da farmácia. Entreguei a nota pra ela e catei o dinheiro na bolsa que tive que carregar por causa dessa merda de vestido.
-- 14 libras... – ela disse como se eu já não soubesse.
-- Eu sei e isso é um absurdo. -- Entreguei o dinheiro a ela, que me olhou feio.
      Peguei a pílula e saí o mais rápido que pude daquele lugar. Comecei a abrir a embalagem do remédio, pronta para mandar ele a seco por minha garganta quando passo em frente a um bar, que parecia mais um restaurante de luxo, o universo só pode estar de brincadeira com a minha cara, eu quero apenas uma bebida barata. Coisa que sei que nunca vou encontrar por aqui.
      Mas mesmo assim pareceu-me bem convidativo mandar essa merda de pílula com uma dose de whisky.
      Entrei no bar.
      Sentei num dos bancos do balcão e um cara gato veio me atender, mais uma vez o universo conspira.
-- O whisky mais barato que tiver. – Ele sorriu sem mostrar os dentes e foi buscar
     Ele colocou o copo na minha frente.
-- O primeiro é por minha conta, seu dia não parece dos melhores.
     Obrigada Deus. Eu sorri com o máximo de charme que meu humor permitia.
-- Obrigada. – eu coloquei a pílula no fundo da garganta e joguei o whisky por cima. Santo Whisky, santo.
     A bebida desceu não rasgando, mas costurando minha garganta, mas não joguei o liquido todo do copo, afinal, se eu quero beber aqui preciso maneirar na quantidade.
      Foda-se, virei a dose toda e ergui a mão, ele encheu o copo sorrindo.
-- Vai com calma, isso é whisky.
      Eu sei o que é idiota, foi o que eu pedi. Eu iria responde assim, mas ele pagou uma dose para mim, não posso fazer isso.
-- Whisky é meu bom amigo, fica calmo, ele só quer o meu bem. – sorri sem mostrar o dentes e ergui o copo. 


It's better to burn than to fade away
It's better to leave than to be replaced
I'm losing to you, baby, I'm no match
I'm going numb, I've been hijacked
It's a fucking drag

      Ele riu, agora eu entendi o por que dele ter sorrido sem mostrar os dentes, os mesmo trepavam um em cima dos outros como em uma suruba. Qual é? Hoje estou cercada de pessoas azarentas? O cara é gato e gostoso pra caralho mas tem dentes horrorosos, o coitado só falta ter pau pequeno.
      O pau enorme de Harry me vem a cabeça, merda, eu vou sentir falta daquele filho da puta, ou do pau dele.
      Meu subconsciente já afetado pelo álcool grita para mim que vou sentir falta dele inteiro. E viro o copo rapidamente e bato com ele na mesa. Por que aquele nerd imbecil tinha que estragar tudo?
       O gostoso com dentes feios enxugava copos a minha frente.
-- Me traz tequila agora, não posso bancar whisky e preciso ficar bêbada.
-- Tudo bem... – ele saiu para buscar.
        Peguei meu celular que estava enfiado entre meus seios e encarei a tela, resolvendo se seria saudável o que eu estava prestes a fazer agora. Merda eu preciso disso, talvez eu sempre precise. Disquei o número que eu já sábia de cabeça, como sempre chamou, chamou e caiu na secretaria eletrônica. “Rose Malim, no momento não estou em casa deixe seu recado após o bip.”. Ah a voz dela, é tão bom ouvi-la novamente.
        O copo novo foi colocado na minha frente e eu bebi grande parte do liquido de uma vez, na esperança de aquilo que eu estava fazendo fizesse um pouco de sentido.
-- Oi mãe... -- fiquei alguns segundos muda, talvez eu estivesse esperando uma resposta que nunca viesse ou só meu cérebro que estava lento pelo álcool -- Como você está? -- mais uma vez eu enganava a mim mesma -- Será que pode realmente me ouvir ai de cima? Acho que se pudesse me responder, você me perguntaria porque eu ainda pago a sua conta de telefone. -- eu sorri afetada, realmente idealizando ela fazendo essa pergunta -- Talvez eu só queria ouvir sua voz -- um aperto forte no coração me fez curvar sobre a bancada do bar, merda de sentimentalismo, maldito seja Harry Styles, meus olhos encaram o copo com o pouco de tequila que sobrara no fundo -- Eu sinto tanto a sua falta, mais do que qualquer coisa na vida, trocaria tudo para passar mais um mísero dia com você... -- eu murchei sobre o banco me curvando ainda mais -- Talvez nós nos jogássemos no sofá e eu te contaria tudo sobre a minha nova aventura, tirar a virgindade de um nerd. -- eu ri, mas foi um riso carregado de sofrimento, talvez se alguém apertasse meu coração entre os dedos e depois pisasse estaria doendo menos, a dor veio acompanhada por uma lágrima, a primeira -- Ah Mãezinha, sim eu daria tudo, só queria te ver mais uma vez, olhar nos seus olhos e dizer, mãe eu te amo mais que o vovô ama as petúnias. -- aquela lágrima solitária tinha amigas vadias, que começaram a rolar pelo meu rosto, fazendo-me encolher mais ainda no assento se é que aquilo era possível, o barman gato de dentes tortos já me encarava -- Eu sei que eu não sou a melhor pessoa do mundo, e também sei que não tenho os melhores hábitos, mas eu sei que você se orgulharia de mim, não é? -- mais uma vez esperei sua resposta, não veio. Fungando continuei -- Eu vou fazer você se orgulhar mamãe, eu juro, nem que essa seja a última coisa que eu faça na vida. Eu te amo mãe. – eu finalizei a chamada eu passei as costas da mão pelo rosto tentando enxugar as lágrimas.


I taste you on my lips
And I can't get rid of you

So I say damn your kiss
And the awful things you do

       O que eu to fazendo com a merda da minha vida? Virei o que restava da bebida.
-- Você está bem? – Enxerido de merda
-- Acabei de falar com minha mãe morta no telefone, o que você acha? – eu ri da minha desgraça. Santo álcool.
       Ele me encarou assustado, ele pode demonstrar qualquer reação só peço a Deus que ele não mostre os dentes. Amém.
-- Você quer mais uma? – ele perguntou receoso, talvez ele esperasse que eu perguntasse se minha mãe quer uma dose também.
-- Não, se não eu vou ficar sem comida o mês inteiro. – coloquei as notas amassadas que sobraram na minha bolsa em cima do balcão. – Espero que isso dê para pagar, se não vou ter que lavar alguns pratos. – eu ri mas ele continuou sério.
-- Isso paga. – Graças a Deus.
        Levantei apressada e saí do bar.
        Puta que pariu pra onde eu vou? Não tenho dinheiro nem pra pegar um ônibus quem dirá um taxi. A opção de bater com a minha cabeça no muro me parece tentadora agora, ainda mais com o álcool fluindo no meu corpo.
        Mas algo funcionaria melhor do que um galo ou um traumatismo craniano.
        O pau de Harry me fodendo com força;
        Atravesso a rua e quase corro de volta para o loft de Harry. Diferente dele, vou de elevador, a última do meu dia vai ser um orgasmo e não rolar escada a baixo. Tento abrir a porta mas está trancada, mas que porra. Bato exasperada na porta repetidamente. Ela se abre e eu me jogo em cima de um Harry confuso, e eu ataco sua boca imediatamente minha língua entra com força separando seus lábios, oh caralho eu preciso tanto disso.
-- (Sn), o que? – eu o calei com outro beijo – Você tá bêbada?
-- Mas que merda! Fecha esse caralho de portar e vem logo! -- Eu corri pro sofá, joguei a bolsa na mesa de centro e me estirei no sofá.
        Escutei a porta batendo e a tranca. Harry apareceu na beirada do sofá e ficou parado me encarando.


Yeah, you're worse than nicotine, nicotine 
Yeah!

-- Ta esperando o que? Eu preciso que você toque com o seu pau lá dentro de novo, foi tão gostoso, nenhum homem tinha encontrado esse ponto ainda. – ele me fitou confuso e eu comecei a rir. – Só me come logo Harry!
-- Você ta bêbada! Onde você estava?
-- Puta que pariu! Pra onde uma pessoa vai quando quer ficar bêbada? – rolei os olhos – Eu estava num bar, depois de comprar uma porra de pílula do dia seguinte que custou o olho da cara, por sua culpa, eu quero meu dinheiro.
-- Mas que...
-- Você gozou dentro Harry, foi gostoso, mas eu não quero ser mãe. – seus olhos saltaram para fora, percebi então que ele estava sem seus óculos durante todo esse tempo. – cadê seus óculos?
-- Eles são apenas para usar na faculdade. – ele explicou confuso com a troca de assunto.
-- Ok, agora vem. – comecei a puxar a barra do vestido por minhas pernas.
-- Para!
-- Mas que inferno! Oque foi agora?
-- Eu não vou tran... – ele corou violentamente – transar com você bêbada!
-- Eu não ligo, nem estou tão bêbada assim! – e como mais uma armadilha do universo. Meu estomago repuxou e eu vomitei no chão da sala de Harry.
      Ele correu até mim e segurou meu cabelo.
-- Vem.... você precisa de um banho e um remédio.
       O que ta acontecendo comigo? Eu já bebi muito mais do que isso e aguentei, só espero que meu organismo já tenha absorvido a pílula, ela me custou 14 libras, nem fodendo vou comprar outra. Tentei levantar, mas a sala rodou e eu cai de volta no sofá.
       Senti os braços de Harry passarem, um por baixo do meu joelho e o outro na minha cintura me erguendo.
-- Oque você ta fazendo? – questionei tonta
-- Te levando lá pra cima, vou te dar um banho. – ele corou de novo subindo as escadas.
-- Nem fodendo. – disse firme – eu quero transar! T-R-A-N-S-A-R! Transar. –Soletrei
-- Não, você quer tomar um remédio e dormir, o banho fica pra depois. – desde quando o Harry me desafia assim?
-- Caralho uma mulher não pode ter um orgasmo? Tudo bem, você quer que eu te chupe? – ele engasgou.
-- Eu quero que você fique quieta, enquanto eu pego o remédio. – ele me colocou na cama e saiu do quarto.
        Eu quase chorei, talvez eu devesse ter ignorado os dentes do barman e ter o chamado para uma transa rápida no banheiro do bar, que como é de rico o banheiro deve ser limpinho. Merda, o que eu to falando?
        Harry entrou no quarto com um comprimido e um copo de suco, que eu deduzi ser de laranja. Ele esticou os dois pra mim.
-- Se eu beber, você transa comigo? – ele quase derrubou o suco.


Just one more hit and then we're through
'Cause you could never love me back

Cut every tie I have to you
'Cause your love's a fucking drag
But I need it so bad
Your love's a fucking drag
But I need it so bad


-- (Sn) por favor, só toma o remédio.
-- Merda. – disse desistindo e pegando o comprimido e o suco e virando os dois com fiz com a pílula e o whisky. Estendi o copo de volta pra ele, e me joguei de má vontade contra os travesseiros como uma criança birrenta.
        Harry me cobriu com o edredom e se curvou beijando minha testa.
        Merda.
        Eu levantei sobressaltada e minha cabeça bateu com a dele, essa porra não pode ficar melhor.
-- Pode parando, nem vem com esses seus beijos na testas! – eu gritei esfregando o ponto da cabeça que bateu, agora eu tenho um “eu te amo” e um galo – Eu sei o que eles significam, não quero casar porra! -- acusei
-- Mas oque? – ele estava muito confuso agora. – (Sn) pelo amor de Deus! Vai-Dormir – ele disse pausadamente. – Mais tarde conversamos.
       Eu estreitei os olhos para ele.
-- Eu sei o que você está querendo... – eu estava agindo com uma louca – Não vai conseguir.
-- Do que você ta falan...Esquece eu não quero saber.
-- Eu só quero o seu pau! É pedir muito? Ele é tão grande... – divaguei Harry parecia a beira de um infarto.
-- (Sn)... por favor... – ele implorou.
-- Tá bom! Eu vou dormir... mas nem pense em beijar minha testa enquanto eu to apagada... eu to falando sério... se você fizer, eu vou te dar umas porradas e te mandar para o inferno. – eu disse séria e convicta
        Mas ele riu.
-- Você não existe... vai dormir, não vou beijar sua testa.
       Eu franzi o cenho e apontei meu dedo indicador e o do meio para os meus olhos e depois pra ele.
-- To de olho. – e me joguei de novo na cama encarando o teto, não por muito tempo, o sono que eu nem sabia que estava chegou com força.
       E a última do meu dia não foi um orgasmo ou rolar as escadas e sim um nocaute dos meus amigos, whisky e tequila, valeu babacas.


Yeah, you're worse than nicotine, nicotine 
Yeah!


Continua...

Autora Mavi Souza


Nota da Autora:

Mas gente, quanto tempo que eu não apareço né? Bom eu senti falta de escrever essa fic, espero que gostem e comentem muito, precisamos de incentivos. O que acharam desse capitulo? A (Sn) bêbeda não presta hahaha.
É só isso, beijos no cotovelo!

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3 comentários:

  1. Ta mt pft !!! Continua logo !!
    Lívia "

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  2. eu iria comentar apenas no ultimo capítulo postado, mas esse me fez rir tanto, que eu precisei denunciar a minha presença! oi oi, leitora nova aqui.
    Alguem avisa pra (s/n), eu, sei la quem, mas é a principal, que beijos na testa nao significam pedidos de casamento!!! Garotas, eu estou rindo até agora! Estou completamente apaixonada por essa fic!!!

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