Fix Me || Sétimo capitulo.
.Fix Me.
.Kaya Narrando em
primeira pessoa.
Capitulo:
.I'll kiss you Kaya.
Musica para o capitulo:AURORA - Conqueror.
"Como na ficção, em cada vício
Oh, a ilusão está tomando conta, acorde-me
Eu estive procurando pelo conquistador
Mas parece que não está vindo em minha direção
Eu estive procurando por alguém especial..."
-AURORA,Conqueror.
Dizer que o almoço
foi agradável seria um completo eufemismo. O cheiro da carne me fez querer
vomitar. Apenas meia hora depois de ter chegado tive que sair às pressas da
mesa, quase esbarrando no coitado de um garçom em busca de um banheiro. Quando
enfim achei um, mal deu tempo de me ajoelhar no vazo, literalmente cuspi todo para
fora.
Ao sair do banheiro
Niall estava me esperando com cara taxo na porta. De qualquer forma, depois
disse momento catastrófico e ao mesmo tempo épico ele deve ter desistido de
mim. Dou meu melhor sorriso de desculpas e ele revira os olhos, mas pega a
minha mão e me leva ate a recepção.
Faço a única coisa
que me parece de bom censo e me ofereço para pagar a conta.
-Não precisa, o meu
rodízio nem chegou à mesa. – depois desse fora, decidi ficar quieta, quanto
Niall encerrava o pedido da mesa.
-Me desculpe. –
pedi com sinceridade quando já estávamos fora do restaurante. – Eu tentei
avisar. – dou outro sorriso que pouco parece funcionar, realmente ele está
aborrecido.
-Tudo bem, eu
deveria ter imaginado. – ele diz ironicamente, dando aquele sorriso de lado que
agora não parece sexy e sim um pouco irritante.
Porque diabos eu
estou me sentindo culpada?
-Olha, eu não tenho
culpa.
-E realmente não
tem. – ele da de ombros.
-Você está sendo
arrogante comigo. – depois que eu digo isso ele para no meio da calçada e se
vira para mim com os olhos se estreitando.
-Ok, desculpa. Eu
só...- Niall solta uma lufada de ar e desvia os olhos de mim, certo ele apenas
parece um pouco decepcionado.
-Não, tudo bem.
Olha...eu acho que te devo um almoço certo? – digo e imediatamente ele volta a
olhar para mim, agora com os olhos normais brilhantes e azuis de uma forma
diferente no sol.
-Imagino que sim. –
ele solta uma risadinha e eu o acompanho.
-Eu vou cozinhar
para você. – aponto meu dedo cutucando seu peito firme. Niall frase a testa e
solta outra risada, só que desta vez mais espalhafatosa. –Hey não ri de mim,
não!
Ele solta um leve
tossido e se afasta ainda rindo mesmo que tentasse disfarças pondo a mão na
boca.
-Ok então. Eu
duvido que seja algo melhor que meu rodízio, mas vamos lá Kaya. – e lá
está...exatamente a versão do seu sorriso sexy, diabolicamente sexy. Isso e um
desafio, só pode.
***
-Você e rica, não
é? – Niall solta assim que alcançamos o ultimo lance de escadas do prédio para
chegar à porta azul bebe da minha casa.
-Que tipo de
pergunta e essa? – Me viro para ele que está ocupado demais olhando os cantos.
-Qual é. Você mora
do centro, nesse lugar que e.... Que nem naqueles filmes ‘saca? Isso daqui e
cara de casa de artista.
-Você ainda nem
entrou...
-Sabe o que eu
acho? Na verdade tenho certeza! Sua casa deve ser tipo, sem parede nem nada...
- enquanto ele ia falando suas mãos gesticulavam como se desenhasse o ambiente
no ar. – o chão nem deve ter lajota. Isso e cara de rico. Pra que lajota? Deixa
no cimento mesmo, e rústico.
Começo a rir
descontroladamente, ate minha barriga literalmente doer. Niall e um cara
engraçado.
-Só pelo fato de
você estar rindo assim, sei que acertei em cheio.
-Ai, eu não sabia
que eu era tão previsível. – balanço a cabeça negativamente. –Em minha defesa
eu comprei o apartamento e não mudei nada além da cor.
-Isso não te livra
do fato de ser rica! – me viro para abrir a porta de casa e entro sem olhar
para trás.
-Vai dizer que
você, um dono de um estúdio de tatuagens e pobre? – tentando ignorar o ritmo
acelerado do meu coração, por nesse exato momento ter Niall no meu apartamento,
e tento fazer tudo o que sempre faço quando chego em casa; ponho as chaves na
mesinha e pego as correspondências, mesmo que já tenha lido elas ontem.
-Primeiro, eu sabia
que estava certo. E segundo, eu não vivo em função de dinheiro. – viro-me para
ele a tempo de ver seu dar de ombros despretensioso.
-Assim você me
ofende.
-Não quis dizer que
você vive em função do dinheiro Kaya.
-Me conte a sua
historia então, Niall menino não rico. – tento dar um sorriso tão sexy como o
seu, sabendo que falhei miseravelmente no ato.
-Acho que o correto
é primeiro as damas. – e então ele me mostra como realmente se da um sorriso
sexy.
-Correto, mas
acredito que eu não seja tão interessante assim. – Sigo andando para a cozinha
sabendo que ele esta me seguindo.
-Duvido muito Kaya.
– Eu já disse que amo o pronunciar do meu nome a voz dele? E demais para mim.
-Então senta ai, eu
adoro falar enquanto cozinho.
-O que você vai
fazer? – Ele pergunta curioso enquanto se senta no banco alto da ilha.
-Que tal uma
lasanha?
-Eu duvido muito
que lasanha vegana seja gostosa, mas eu topo tudo.
-Você vai ficar com
cara de bobo depois que provar a minha lasanha! E digo mais, e boa, mas não tão
boa quanto à da minha mãe... – Ele esta rindo de mim abertamente.
Sentado, bem ali
onde eu mesma sento todas as manhãs para fazer minhas refeições, está ele.
Niall, um cara que eu nem conheço, com os cotovelos apoiados na bancada de
mármore, as mãos sobre os lábios tapando seu sorriso. Quão ferrada eu estou
nesse momento?
Viro-me contra
minha própria vontade, porque eu tenho medo de olhar muito para ele. Começo a
pegar os ingredientes para a lasanha com aquela sensação no cangote, eu sei que
ele está me encarando. Talvez ele esteja olhando a minha bunda? Eu nem me
lembro de ter avaliado meu bumbum no espelho essa manhã. Droga, eu sou oficialmente uma besta.
-Então Kaya?
-O que? – respondo
rápido demais. Talvez tenha soado esquisito, mas afinal o que eu faço que não
aparenta ser esquisito?
-Você ia me falar
sobre você...
-Há sim...é...o que
você quer saber?
-Como foi a sua
infância? – engulo a seco enquanto permaneço de costas.
-Minha infância foi
tranquila. – Digo, e ele solta um murmuro. – Bom, eu cresci em uma casa não
muito longe daqui. Meu pai e britânico, minha mãe e indiana, mas eu nunca fui à
índia. Para falar a verdade nunca sai do país.
-jura? – Niall me
interrompe, seu tom de voz emite incredulidade.
-Sim, por quê? –
dessa vez eu me viro para olhar seu rosto.
-Você nunca foi nem
na Irlanda?
-Hum, não. – digo.
-Por quê? – dou de
ombros e respondo um simples “não sei”.
-Você por acaso e
um homem viajado Sr.Niall?
-Mais do que você,
pelo que posso ver. Pelo menos eu já fui à Irlanda. Na verdade eu sou irlandês.
-Eu já imaginava. –
digo e me arrependo logo em seguida.
-Como assim?
-Seu sotaque... –
aponto o dedo para a minha garganta. Não quero parecer uma idiota que reparou
muito nele.
-Eu já moro aqui há
bastante tempo, pensei que tinha me livrado um pouco do sotaque.
-Isso te incomoda?
– pergunto confusa.
-Não. Só imaginei
errado, nunca ninguém me falou sobre meu sotaque. – ‘e porque talvez as pessoas não reparem tanto quanto eu reparo em você’.
Volto a fazer o que
eu estava fazendo antes, dessa vez tentando me concentrar de fato.
-Continue...
E com muito afinco
eu conto tudo o que posso contar. A verdade e que minha vida e muito pacata,
não tem grandes emoções. Conto sobre a escola, sobre a faculdade, alguns fatos
engraçados da adolescência. Ele me ouve calado, abrindo a boca para falar
apenas algumas vezes, comentando sobre minha vida ou perguntando “o que diabos
você está fazendo ai?”.
No decorrer do
tempo eu me divertido muito. Niall e um cara engraçado, as vezes irritante, mas
ainda assim divertido. Isso me faz pensar que eu facilmente poderia me apaixonar
por ele. Me repreendo no instante seguinte em que penso isso. Tudo o que eu não
sou e ser uma boba. Eu sei muito bem o que está rolando aqui, e de modo algum
posso me deixar levar.
-O que foi? – Ele
pergunta. Eu acabei de por a lasanha no forno e de repente o ar pareceu pesado
por conta dos meus pensamentos.
-Há nada. – dou de ombros sorrindo – Acho que agora e a
sua vez.
-Se você acha que a
sua vida e parada, ainda então... Nem sei com o que comparar.
-Você está com cara
de mentiroso.
-E verdade. Eu
também morei com meus pais, na verdade por um bom tempo mesmo. Meu sonho sempre
foi ter o estúdio, eu adoro o que eu faço. Passei minha adolescência inteira e
boa parte da fase adulta juntando dinheiro para conseguir abrir o estúdio. Eu
morava na garagem dos meus pais. – ele diz e ri, como se estivesse se lembrando
de tudo.
-Nossa.
-Sim, foram tempos
loucos. E mesmo depois de ter o estúdio ainda morei uns dois anos na mesma
garagem. No primeiro ano que morei sozinho, eu só andava nu. Ate hoje na
verdade – começamos a rir no mesmo momento.
-Deus! Não
acredito.
-Ue, porque?
-Você e impossível.
-Se você me disser
que nunca andou pelada em casa vou começar a achar você estranha.
-Eu achei que você
já me achasse estranha... - digo franzindo as sobrancelhas. Niall ri de mim e
balança a cabeça levemente.
-Quer algo para
beber?
-Depende, o que
você tem ai?
-Nada de cervejas.
-Serio? – ele me
olha com uma cara muito engraçada, como se eu fosse um bicho de sete cabeças.
-Sim, eu não gosto
de cerveja.
-Já sei você não
ingere álcool? – abro um sorriso pequeno e balanço a cabeça negativamente.
-Já ouviu falar em
vinho? – ergo uma sobrancelha sugestivamente.
-Há claro, como não
imaginei antes? Você e culta demais para tomar cerveja na boca da garrafa.
-Eu bebo vinho na
boca da garrafa.
***
Uma garrafa de
vinho mais trade a conversa já tomou rumos e mais rumos diferentes. A lasanha
acabou quando ainda estávamos na segunda taça. Nem pratos usamos, apenas
colocamos a travessa no meio da bancada e comemos garfada por garfada.
-Ok, tenho que dar
o braço a torcer, isso estava uma delicia. – começo a bater palmas rindo mais
do que realmente estou feliz. – Mas...
-Há não! – protesto
antes que ele termine de falar.
-...Não vou parar
de comer carne.
-Seria muito
difícil para você de qualquer forma. Como também seria para mim, começar a
comer carne do nada. Vomito só de sentir o cheiro!
-Há eu percebi ’né...-
então nós dois caímos nas gargalhadas exageradas, e assim como começaram
repentinamente elas também se vão e só sobram olhares.
O vinho tornou meu
corpo todo quente, mas começo a duvidar se foi realmente apenas o vinho. Seus
olhos são tão azuis, existem também pontos roxos...brancos...e diferentes tons
de azul.
-Seus olhos são tão
lindos...- Niall baixa a cabeça e quando volta a ergue lá há um pequeno sorriso
de canto que não e sexy, e sim extremamente fofo. Na parte superior das suas
bochechas pequenos furos de formam, e eu quero chegar mais próximo para gravar
essa adorável cena para sempre.
Inconscientemente
ou conscientemente, não sei ao certo, começo a me levantar na cadeira erguendo
meu corpo para chegar mais perto e ele para de rir me encarando seriamente.
-Não...volte a rir!
– então ele ri, mas e diferente dessa vez, os buraquinhos não aparecem, só
aquela versão sexy...e conquistadora. Não e ruim, só não e o meu sorriso
preferido dele. – Não e assim. – digo acusatoriamente.
-Como e então Kaya?
– Niall pergunta também erguendo seu corpo, ficando bem próximo de mim.
-Não sei, mas não e
assim que você faz para ficar com os furinhos. As suas bochechas tem que estar
mais erguidas, e os lábios mais separados...
-Eu vou beijar você
Kaya. – E como em um aviso prévio verídico ele realmente me beija.
O toque e tão
simples. Apenas dois lábios, um contra o outro. Sem nada que possa ser demais.
Mas então porque meu coração parece querer achar uma saída do meu peito? Porque
eu posso sentir meu estomago dar mil e uma voltar a cada um segundo? Porque a
sensação e tão boa?
Niall está me
beijando.
Continua.
Notas finais.
Hey queridas leitoras, que demora não é? Pois bem, acho que já nem precisamos mais nós explicar. Realmente as coisas estão complicadas, porém acho que o importante e não desistir. Então, ai está mais um capitulo dessa historia linda para vocês.
Beijos ate mais <3
-Ananda.
♡♡♡♡♡♡
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