Harry's Season || Just Once || Capitulo 5

10:56 Unknown 4 Comments



    O que o Parker estava pensando, como se já não bastasse ele ter comido ela, agora ele está largando ela. Sabe quem vai sofrer com isso além dela? Eu. Por que ela é minha amiga e ela vai querer conversar. To fodida.
    E o que foi aquilo na garagem, Harry está realmente querendo me tirar do sério, tive que usar todo o meu autocontrole e mesmo assim ele ainda conseguiu o que queria, e o que eu basicamente queria também.
     Dar prazer ao Harry daquela maneira fez com que eu me sentisse uma mulher de verdade, eu não sei explicar, só sei que foi uma ótima experiência e que eu estava dividida entre, aprender mais coisas ou simplesmente mandar ele se foder por estar saindo com a Miranda.
      Talvez eu possa fazer os dois.
-- (Sn) desce para comer, a pizza chegou... – Parker entrou no meu quarto
-- Não sabe bater?
-- Não enche (Sn), e desce!
-- Não to com fome!
-- Só lamento.
      Ele saiu e bateu a porta. Mas que merda.
       Já cheia disso tudo, tomei um banho rápido e me joguei na cama. Dormir sim me faria bem.

...

-- (Sn) vamos logo...
-- Ué, pensei que você fosse com o Harry.
-- Nós iriamos, se ele fosse pra escola hoje.
-- Ele tá bem? – merda, eu não quero saber.
       Meu irmão franziu o cenho.
-- Ele só ta com preguiça.
       Fingi desinteresse.
-- Você vai no mesmo ônibus que a Mari?
-- Você quer que eu fabrique outro ônibus ou quer que eu vá a pé.
-- Vai a pé!
       Ele revirou os olhos e saiu de casa. No ponto a Mari já estava impaciente, mas seus olhos saltaram quando ela viu o Parker.
-- O que esse idiota ta fazendo aqui? – ele disse no meu ouvido
        Parker manteve distancia o tempo todo.
-- Não tinha outro jeito, desculpa.
        Aquela talvez teria sida uma das “viagens” mais tensas da minha vida, até:
-- Por que você ta me olhando? – a Mari exclamou
-- Por que você está na minha frente e eu não tenho para onde olhar?
-- Você é um babaca mesmo.
-- Mas o que? Mari vê se cresce por favor!
-- Eu tenho que crescer?
       As pessoas já começavam a nos encarar, eu queria cavar um buraco e me enfiar.
-- Você podia aceitar as coisas de vez em quando...
-- Aceitar que você quer comer outras garotas enquanto está comigo... – o pessoal no ônibus fizeram “uuhh”
-- Nunca estive com você, nós estávamos saindo e transando, só isso.
-- Parker vai tomar n... – eu tive que interromper, aquilo estava ridículo
-- Vocês dois, chega.
-- Mas ele começou...
-- O que?
-- Calem a boca.
         E aquela passou a ser definitivamente a “viagem” mais tensa da minha vida.
        As aulas naquele dia foram ainda piores do que as de ontem, e meus olhos pesavam, mesmo eu tendo dormido bem. Quando finalmente acabaram e eu fui pegar a minha coca, algo estalou na minha cabeça.
-- A Miranda veio hoje? – Perguntei a Mari
-- O que? Acho que não... por que? – merda.
-- Nada.
         O filho da puta do Harry deve estar comendo a Miranda nesse momento. Não aguentou nem esperar até o show. Apertei as mãos em punho e comecei a suar frio.
-- (Sn) você ta bem?
-- To ótima!
          Fiquei o trajeto do ônibus todo em silencio e consegui ir sentada dessa vez, o meu irmão tinha sumido, provavelmente estava esperando o próximo ônibus ou comendo alguma idiota no banheiro.
          Eu passei o dia todo em casa, decidindo o que eu iria fazer em relação ao Harry, catei a roupa mais provocante que tinha no armário e fui me preparar, eu iria nesse show.
          Eu acabaria com a graça dele hoje mesmo.

...

-- Onde você pensa que vai vestida assim? – Parker falava no meu ouvido desde de que eu desci
        Eu não via problema algum com a minha mini saia preta e o meu corpete também preto. O meu salto nem era tão alto.
-- Eu vou no show!
-- (Sn), sobe e troca de roupa se você quiser realmente ir!
-- Há há há, desiste Parker! Eu vou assim e pronto.
-- Comigo você não vai a lugar algum vestida assim. – o Ben buzinou.
-- Não preciso de você, eu tenho dinheiro, pago um taxi.
-- Não diz que não avisei. – Ele pegou a jaqueta na cadeira e saiu batendo a porta. Eu sinceramente não sei como as portas aqui de casa ainda estão nas dobradiças.
        Peguei meu celular e liguei para a Mari.
-- Hey, vamos rachar o taxi para o show?
-- Eu não vou!
-- Mas que merda... por que? – eu já sabia a resposta
-- Não quero dar de cara com o Parker.
-- É um show, você pode evitar ele.
-- Não vou (Sn) desiste!
-- Não desisto, você vai e ponto final!
-- Mas...
-- Mas nada, se arruma, to ligando pro taxi.
        Desliguei a chamada e liguei para o taxi, ele disse que chegaria em 20 minutos, deixei minhas coisas arrumadas e fiquei no sofá esperando.
         Será que ele já está lá? Mas que merda, por que meus pensamentos sempre se voltam para ele? Por que ele tirou sua virgindade, e por que você gosta dele. Meu subconsciente respondeu.
-- Não por muito tempo – agora sim to ferrada, já estou até falando sozinha.
         A buzina me tirou do meu devaneio, que porra de 20 minutos é esse? Se eu estivesse me arrumando ainda, ele iria ter que esperar. Sai de casa e entrei no taxi, dei as instruções para a casa da Mari, eu realmente espero que ela estava pronta, se não ela vai ter que pagar o taxi sozinha.

...

-- Porra Mari, você poderia parar de falar do Parker só por alguns segundos, minha cabeça vai explodir.
-- Nossa, desculpa.
-- Nós estamos em um show, vamos curtir, falar com outros caras e esquecer.
-- Espera ai, você tem que esquecer algo também? – ela arregalou os olhos – Oh meu Deus, como eu não percebi?
-- O que? Não! – merda merda merda – Nada a ver Mari, só estou tentando te ajudar.
-- Uhum, vou fingir que acredito.
       Era um show pequeno, de uma banda local, eram amigos do Parker, por isso que ele não parava de falar deles. A primeira coisa que vi quando passei pelos portões da casa de show foi Harry e Miranda, mas que merda, um show inteiro e eu tenho que dá de cara com eles.
        Harry me viu, ele me olhou de cima a baixo e seus lábios se separaram. Bingo! Ele disse algo para Miranda e veio na minha direção, eu ergui o queixo disposta a ignora-lo, o que foi quase impossível, Harry vestia uma calça jeans preta e uma blusa social azul turquesa, com os quatro primeiros botões abertos expondo suas tatuagens e as mangas puxadas até os cotovelos. Era primeira vez que eu o via assim. Minhas pernas falharam, mas eu me equilibrei bem.
-- (Sn), posso falar com você rapidinho? – seus olhos agora me repreendiam.
-- Não.
-- O que?
-- Com licença.
      Puxei Mari pelo braço e segui para perto do palco.
-- O que acabou de acontecer? O que o Harry te fez?
-- Nada, ele só é um babaca.
-- Como seu irmão?
-- Exatamente como ele.
      Arrumei o cabelo disfarçando tentando encontra-lo, não conseguia me controlar. Não o encontrei, mas no lugar dele, um loirinho me encarava, ele sorriu para mim e ergueu o copo. Minha chance. Eu sorri de volta e ele caminhou até mim.
-- Oi, acho que te conheço de algum lugar.
-- Oi Niall. – A Mari o cumprimentou, a vadia conhece um gato desses e não me apresenta.
         Ele sorriu, mas seus olhos só s desviaram de mim por alguns instantes.
-- Hey Mari.
-- Essa é a (Sn), é irmã do Parker – ela fez uma careta quando disse o nome do meu irmão.
-- Ah, entendi, vocês são parecidos.
        Eu poderia levar como ofensa, se ele estivesse falando do jeito, mas como aparência era um elogio e tanto, meu irmão era realmente gato. Argh. É estranho falar assim do meu irmão.
-- Posso te pagar uma bebida? – pode me pagar o que quiser.
-- Claro... – ele se mexeu e ficou sobre a luz, seus olhos são incrivelmente azuis.
        Gostoso. Loiro. Olhos azuis. Tudo que eu preciso. Fomos para perto do bar, mas eu não bebi nada com álcool, sou fraca para bebidas, pedi uma batida de frutas sem álcool.
-- O Parker não disse que tinha uma irmã... – ele se inclinou para mim – Com uma irmã linda desse jeito, ele deveria sair gritando por todos os cantos que você existe.
        Que merda de cantada foi essa? Mas como o meu objetivo era exatamente esse, eu dei uma risadinha, fingindo ter achado um máximo. Niall parecia ser legal, mas tinha que parar com as cantadas.
-- Conhece a banda? – ele tentava puxar assunto, mas meus olhos varriam o lugar, que estava mais cheio agora. Eu procurava por ele.
-- Não, mas são amigos do meu irmão.
-- O Parker conhece bastante gente...
-- Hum... – eu cheguei a me esticar para ver sobre a multidão.
-- É... procurando alguém?
-- Ãh? – eu estava completamente desligada – Sim, a Mari. – menti
-- Ela ta ali... com o Parker. – o que?
        Olhei para onde ele apontava e era verdade meu povo. Mari estava se agarrando com o Parker perto das grades laterais. Para onde foi todo o ódio? Bom... eu não quero nem saber desses dois.
         Falando em confusão, Harry vinha para o bar de mãos dadas com a Miranda. Nossos olhares se cruzaram, e logo depois ele encarou Niall, seus olhos ferveram, e se voltaram para mim, eu desviei e cheguei mais perto de Niall.
-- Você mora aqui? – perguntei
-- Não, na cidade vizinha... – eu o interrompi
-- Ótimo! – eu o puxei pelo pescoço e colei nossos lábios.
        Os dele eram tão macios quanto os de Harry, por que eu estou comparando os dois? Me concentrei no beijo, e abri levemente os lábios, ele entendeu e sua língua deslizou habilidosa para minha boca, eu correspondi imediatamente, ele beija bem, muito bem, mas eu estava tentada a abrir os olhos e ver se Harry estava olhando.
       Mas que merda é essa, não consigo nem mais ficar com um garoto, por que tudo que penso é nele, Niall enlaçou minha cintura, ele tinha pegada, mas não era Harry, e eu queria o Harry. O que me dá um diploma de mestrado e doutorado em ser otária.
        Ele está aqui com a Miranda, já deve ter comido ela uma três vezes desde de cedo. Ela com toda certeza é mais experiente que eu, e não deve engasgar enquanto faz um boquete nele. Merda eu sou uma idiota.
        Me afastei de Niall, ele me olhou surpreso e com os lábios inchados, assim como os meus devem estar.
-- Você está bem? – ele parecia realmente preocupado.
          Eu me virei rapidamente pra ter certeza se Harry tinha visto aquela gafe, mas ele não tinha, e eu preferia que ele tivesse visto. Ele estava agarrado a Mirando, num beijo que deveria ser meu.
          Eu devia estar verde de raiva e com os olhos marejados.
-- Desculpa, você é legal, mas eu tenho que ir... – eu peguei o capo dele e bebi o resto, pois sabia que ali tinha algo muito mais forte do que a minha batida sem álcool. A bebida queimou minha garganta e eu sai dali o mais rápido que consegui.
         O show começou. E os caras gritaram no microfone, cumprimentando a plateia. Minha cabeça girou. Eu corri para fora da casa de show, a rua estava deserta e não tinha nada além dos seguranças. Como o show tinha começado as pessoas entraram.
        Eu me joguei no meio fio desajeitadamente por causa da saia e tirei os saltos com raiva quase os tacando do outro lado da rua.
        O que esse babaca fez comigo? O que eu, eu fiz comigo? Por que eu tinha que ter ido atrás dele? Por que eu transei com ele.
        Quando as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto, foi a primeira vez que me arrependi de ter dado a minha virgindade a ele. Meu coração apertou, eu devia saber que sou fraca e que acabaria apegada a ele.
        Eu estava com raiva, eu poderia ter conhecido Niall melhor, eu poderia ter ficado decentemente com ele, mas não, eu quis mostrar a Harry que estava bem, e estraguei tudo com Niall.
-- Merda, merda, merda. – Eu batia com os saltos no chão, o salto de um deles quebrou. – Obrigada Deus! O Senhor sabe quanto eles custaram? – eu os taquei do outro lado da rua.
        Eu devia estar como um monstro, minha maquiagem devia estar borrada e minha cara vermelha que nem um pimentão por causa da raiva.
-- (Sn)? – eu funguei, de verdade, já não fui torturada o suficiente por um dia?
-- Harry! – eu levantei me virando – Me deixa em paz! – eu gritei, tentei soar confiante, mas meu grito saiu embargado.
-- Meu Deus! O que aconteceu? – Ele correu até mim e eu tentei inutilmente me afastar.
-- Sai de perto de mim! – eu o empurrei e ele mal saiu do lugar. Eu fechei os punhos e soquei repetidamente o seu peito, machucando mais a mim do que a ele.
       Num movimento de braços ele segurou os meus pulsos.
-- (Sn), o que aconteceu? Me responde? Foi aquele babaca do Niall? Eu mato ele se... – eu gritei o interrompendo
-- Cala a boca! Ele não tem nada a ver com isso! Isso tudo é culpa sua! – eu disse baixo e com raiva transbordando as palavras – AGORA ME SOLTA! – eu gritei já rouca.
-- Para! Do que você ta falando? – ele estava se irritando também. – Você que entrou no meu quarto como uma louca me pedindo sexo, lembra?
        Eu arregalei os olhos e parei de fazer força contra ele. Não estava acreditando que ele estava jogando aquilo na minha cara, depois de tudo, depois de ele ter ido atrás de mim, depois de ele ter pedido por mais.
        Eu respirei fundo e segurei o soluço engolindo o choro.
-- Só me solta por favor. – minha voz saiu tão fria que eu mesma me assustei.
-- (Sn), eu... eu não queria... – ele tentou se explicar, mas eu não deixei
-- Você queria sim Harry, você queria jogar isso na minha cara, assim como queria trazer a Miranda para cá, assim como queria me humilhar agora, assim como quis sair por cima nessa conversa. – eu puxei os braços e ele soltou – Você conseguiu. 
       Eu peguei o celular, eu tentava, mas meus olhos embaçavam e minhas mãos tremiam, me impedindo de ligar para o taxi.
-- Hey – ele disse baixo pegando meu celular, eu não estava entendendo o que ele queria – Deixa que eu te levo...
       O que? Ele não escutou nada do que eu disse?
-- Me deixa em paz, por favor, e além disso, você tem que levar a Miranda para casa. – eu tentei pegar meu celular de volta
-- Ela dá o jeito dela, deixa eu te levar.
       Eu concordei apenas pelo fato de estar caindo aos pedaços e não estar em condições de pegar um taxi. Ele tentou alcançar minha mão, mas eu cruzei os braços e me afastei dele.
       Ele tinha me magoado e eu não estava afim de dar papo para ele, ele só iria me machucar mais ainda. Ainda não tinha nem caído a ficha de que eu estava passando por aquilo tudo.
        Emburrada eu entrei no carro e bati a porta. Harry me encarou e me esticou o casaco, eu fiquei olhando para a cara dele, eu realmente estava morrendo de frio, mas não aceitaria aquele casaco nem por um decreto.
-- Coloca, está frio. – ele disse enquanto ligava o carro.
-- Eu não estou com frio e não quero nada que venha de você. – eu cruzei os braços sobre o peito, não daria o braço a torcer. – ele deligou o carro e me encarou.
-- (Sn), quero que preste muita atenção no que eu vou dizer agora. Eu não to nem aí se você está com frio ou se está dizendo que não está só para me irritar, coloca esse casaco e para com esses joguinhos infantis. Não somos crianças e podemos muito bem lidar com isso sem insultos, eu acabei de largar uma gostosa para vir cuidar de você... – o que?
-- Eu não pedi pra você fazer nada, eu estava muito bem sozinha... – se ele queria ficar com a puta da Miranda, o que ele estava fazendo aqui? Culpa?
-- Quieta! Imagino que estava muito bem mesmo, nesse frio, com uma saia desse tamanho, chorando, na porta de um show e conversando com seus sapatos, realmente é o que todo mundo faz. Posso te levar para casa sem você fingir que me odeia ou vai continuar de graça?
-- Eu não estou fingindo -- menti
-- Eu sei que está. Se me odiasse jamais teria entrado nesse carro. – desisti, eu queria ir para casa, e eu sabia que enquanto eu não colocasse aquele casaco ele não sairia dali.
-- Só porquê está muito frio. – ele riu, pronto, agora além de idiota, sou palhaça também.
       Sabe quando eu disse que aquela viagem de ônibus com o Parker e a Mari foi a mais tensa da minha vida? Retiro totalmente o que disse, essa é a viagem mais tensa da minha vida. O silêncio era ensurdecedor.
       Quando chegamos, antes de ele desligar o carro eu já tinha aberto a porta e pulado para fora. Eu tenho feito muito isso ultimamente.
       Eu saí correndo pelo jardim da casa do Harry.
-- Mas que merda, (Sn)! Para! – a voz dele transbordava irritação.
-- Parar? – eu me virei rapidamente e me esforcei em botar o máximo de brutalidade no olhar -- Parar com o que, Harry? Talvez eu devesse realmente parar. Parar de ser idiota. Sim, idiota me define. – eu respirei fundo -- Sou idiota por ter ido no seu quarto naquela noite, idiota por pensar que conseguiria não me apegar a você, todas se apegaram, porque comigo seria diferente? Eu poderia ter perdido a merda da minha virgindade com qualquer um, mas não fui inventar de ser com o maior galinha da face da Terra e como se não bastasse eu... – Eu cobri a minha boca, eu não me conformava com o que eu iria dizer, eu saí correndo antes que dissesse algo mais. Ouvi os passos atrás de mim, sabia que ele me seguia. Ele agarrou meu braço e me virou. Nossos olhos se encontraram e os dele marejaram.
-- (Sn)? – eu puxei meu braço com força e tentei correr mais rápido. -- (Sn)! Para! Mas que droga! Me escuta... – eu parei e o encarei, meus olhos ardiam, eu limpei as lágrimas desajeitadamente e fui andando calmamente na direção dele, eu parei a centímetros dele.
-- Te escutar? Te escutar dizer o que? A mesma coisa que meu irmão falou para a idiota da Mari? Pelo amor de Deus Harry – eu cheguei ainda mais perto e fiquei face a face com ele. -- Eu... ér... eu
-- O que? – não sei se teria coragem de falar, mas as palavras saiam da minha boca sem a minha permissão.
-- Eu me apaixonei por você, seu babaca. – senti uma lágrima quente rolar pelo meu rosto, não acredito que eu disse aquilo, agora sim eu estava ferrada, acabei de admitir meus sentimentos por ele...
-- Eu espero que você saiba que se você se aproximar mais um pouco eu não vou mais te soltar. – ótimo, agora ele estava tirando uma com a minha cara, eu solucei.
-- Não se brinca com essas coisas, Harry. – eu ri com escarnio, nesse momento era rir pra não chorar, eu no caso estava fazendo os dois ao mesmo tempo. Ele me puxou e pregou um beijo forte na minha boca, eu queria mais, assim como tudo em Harry, mas eu não podia quebrar mais que isso.
       Eu o empurrei.
-- Não Harry, eu não vou ser mais uma. Eu não vou ficar com você só em um dia da semana por que no outro é dia de outra. Você acabou de beijar a Miranda e eu não entendi o porquê de você ter largado sua transa lá sozinha. Isso aqui nunca vai dar certo, eu não sou do tipo que divide feito a Miranda ou que perdoa feito a Mari, eu prefiro ficar sozinha do que ficar esperando o dia que você possa aparecer. – essa era apenas a verdade
-- Cala boa, (Sn)! Mas que droga, eu gosto de você. – minha respiração ficou presa, eu não entendi o que ele tinha dito, na verdade eu entendi mas não conseguia assimilar direito, agora minha cabeça doía.
-- Não gosta não. – eu preferi negar do que criar expectativas
-- Caralho, eu estou aqui com você, tendo essa merda de discussão ao invés de estar transando com a vadia da Miranda e eu não beijei ela, ela me beijou e eu não consegui retribuir, por que não conseguiu parar de olhar você beijar o Niall, estava puto. Eu não quero dividir semana nenhuma, eu quero que você esteja comigo todos os dias da semana, parece errado, mas é isso. Você é uma idiota e eu não sei o que você fez, mas deu certo. Me conquistou. Agora, para de bancar a difícil e me dá um beijo. – eu não podia acreditar nos meus ouvidos, aquilo era demais para mim, era incrível, Harry não era homem de uma só, era inacreditável eu ser correspondida. -- Bom, você não acredita em mim. – não é como se ele tivesse dito que também está apaixonado por mim, mas ele disse que gosta de mim e que quer que eu seja a única, isso é algo, não? -- Boa noite, (Sn). Se cuida. – Oi? Para onde ele está indo? Ele tinha virado as costas para mim.
-- Não Harry, espera... – eu não podia deixar ele ir, não depois disso, eu amarrei meu cabelo e comecei a rir, aquilo tudo era demais para mim. -- Eu sei que estou ridícula, minha maquiagem já foi embora, estou parecendo uma vadia desesperada com essa saia e que agi feito uma criança hoje, sei disso tudo e sei que vou ser muito burra se acreditar em você, mas eu credito. Cuida de mim. – ele se virou e veio na minha direção, ele tinha um sorriso, que logo sumiu, ele estava perto o suficiente, ele agarrou minha cintura e quando seus lábios tocaram os meus, todos os ossos do meu corpo sacudiram. O beijo mais intenso da minha vida, tinha gosto de tudo que é bom na vida, eu enlacei seu pescoço e me deixei ser tomada totalmente por aquele beijo. Era como se o interruptor do mundo estivesse desligado, só existia eu e ele naquele momento. E para mim era o suficiente, poderíamos ficar ali eternamente. Ele apertou os braços na minha cintura, com um impulso eu enlacei minhas pernas em sua cintura. Ele me guiou ainda em seu colo para sua casa, eu e ele era tudo que eu precisava, eu tinha que sentir que era dele e ele meu. Ele subiu as escadas correndo, e eu tentava não rir alto, estávamos desesperados. Ele abriu a porta do quarto dele e me jogou na cama. Ele parou na beirada da cama e ficou me encarando, seus olhos que antes transmitiam confusão, agora era apenas paixão, desejo e admiração.
      Acho que ficamos nessa por mais ou menos um minuto. Eu tirei o casaco dele e me sentei na cama.
-- Qual vai ser? --  eu perguntei rindo, ele riu e começou a desabotoar a blusa enquanto tirava os sapatos e chutava-os para longe.
       Eu encarava descaradamente seu peitoral, eu amo as tatuagens de Harry, e eu seguia cada linha da tinta escura, queria guardar cada pequeno detalhe.
-- O que foi? – ele perguntou
-- Nada, só que eu adoro as suas tatuagens. – eu sorri timida
-- Sério? – ele parecia pensar em algo enquanto me encarava.     
-- Sim. – a rosa em seu cotovelo, a tatuagem que eu mais gosto, ele tem tantas, mas essa parece tão sincera, e simples de entender.
-- Estou pensando em fazer uma nova – ele sentou do meu lado e me puxou para o seu peito forte.
-- Jura? Vai fazer o que? -- Eu tracei com os dedos uma das andorinhas
-- Ainda não sei exatamente, vou levar você quando for fazer. – eu gostaria de ir ver Harry fazer uma tatuagem, na verdade eu adoraria fazer uma tatuagem, talvez essa fosse a minha chance.
      Ele me empurrou contra a cama e deitou sobre mim, eu nunca me acostumaria a ter Harry assim toda para mim. Ele pregou beijos na minha clavícula e os levou até a minha orelha. Ele desceu as mãos pela minha barriga e apertou a minha cintura com força, mas logo soltou. Ele suava sem nenhum esforço e sua respiração estava acelerada, se eu não conhecesse Harry diria que ele estava nervoso, mas se está, por que?
       Ele levantou da cama passando as mãos pelo cabelo, ele parecia atormentado com alguma coisa que eu desconhecia. Ele foi até perto de sua poltrona e eu o segui parando bem atrás de suas costas.
-- O que houve? – eu passei as mãos nos seus ombros, ele tinha nós, estava nervoso, eu sussurrei em seu ouvido -- Você está tão tenso... ér... quer que eu vá embora? – eu perguntei, agora eu estava nervosa, eu me afastei
-- Não. Claro que eu não quero. – ele quase cuspiu as palavras com a rapidez – Eu  só, bom, eu só quero que seja diferente, que seja especial. – era esse o motivo de seu nervosismo, como ele podia ser tão meigo?
-- Harry... se for com você já vai ser especial. Não precisa ficar nervoso, só... deixa rolar. – Ele se virou para mim e me puxou pela cintura com uma mão enquanto a outra repousava no meu pescoço. Então me beijou, meus joelhos falharam, foi como um choque elétrico, esse beijo, foi diferente, de tudo. Eu enlacei seu pescoço, agarrando seus cachos que eu tanto adoro. Estavamos tão unidos que eu não sabia onde o corpo de Harry terminava e o meu começava.
       Eu o empurrei até ele estar sentado no sofá. Eu abri a sua calça e a puxei de uma vez por suas pernas. Harry estava sem cueca, e meus olhos saltaram ao ver seu membro ali, ereto na minha frente. Eu fiquei um pouco chocada, o que era estranho pelo fato de eu já o ter visto assim. Tentei respirar e peguei seu membro em minha mão. Com movimentos lentos e acelerados intercalados eu o masturbava. Minha maior satisfação era observar o rosto de Harry se contorcendo em prazer, e seus olhos em brasas me encarando com desejo.
       Harry agarrou meu cabelo com força e me fez olhar diretamente para ele, ele estava no seu pico e eu sabia o que ele queria. Eu o coloquei na boca, Harry puxou o ar por entre dentes, ele gostava daquilo e eu gostava de proporcionar isso a ele.
        Como Harry havia me explicado, eu lambia toda extensão do seu membro, mas dava mais atenção a cabeça, minha língua estava quase dormente quando Harry puxou meus cabelos com força.
-- Vem cá – ele se movimentou e ajeitou-se a minha frente no sofá, ele me puxou pela cintura, e logo depois com um puxão ele tirou minha saia e minha calcinha.
        Se aproximando ele deu beijos na minha cintura e descendo pela extensão até a minha virilha. Eu suspirei e gemi. Ele me puxou para o seu colo, eu senti toda a sua ereção sob mim. Movimentei-me para frente e para trás, fazendo fricção contra o seu membro. Ele gemeu e respirou fundo, segurando meu rosto com as mãos e me puxando para um beijo, um beijo que aumentou todo o meu tesão. Suas mãos deslizaram ao sul do meu corpo e sem aviso prévio ele deslizou para dentro de mim, eu gritei quando senti seu toque. Foi ainda melhor do que quando o tive pela primeira vez, foi totalmente diferente, o prazer veio sem dor, sozinho e tomou conta de todo o meu corpo.
        Senti suas mãos na minha cintura me erguendo e deixando que eu descesse, ele ditava meus movimentos, fazia comigo o que quisesse. Ele me fazia subir e descer lentamente e segundos depois eu estava cavalgando sobre ele, e voltava a retardar meus movimentos. Eu nunca senti nada parecido, meus músculos do corpo todo se retraiam. Tudo era tão recente para mim, mas podia facilmente se tornar um ciclo vicioso. Eu segurei seu rosto nas minhas mãos, que pareciam tão pequenas perto do seu rosto, eu lhe dei um beijo casto, e o encarei enquanto subia e descia em seu membro. Eu aumentei drasticamente o ritmo e estava quicando enquanto Harry gemia coisas desconexas. Eu não tinha mais força e meu corpo tremulo caiu sobre o dele.
      Ele agarrou meu corpo e me ergueu até a cabeça de seu membro e depois sem cerimônia me empurrou para baixo, eu gritei em seu ouvido, e depois gemi alto. Ele repetiu, uma, duas, três... Não sabia quanto mais meu frágil corpo aguentaria antes de se desfazer sobre ele. O abdômen de Harry se contraia em espasmos, ele não aguentaria muito mais tempo também.
       Renovada eu voltei a fazer os movimentos sozinha, eu passei as unhas por seu peito harmoniosamente com meus movimentos, eu deixaria marcas, nos olhos vidrados um no outro. Meu corpo tremia com prazer, eu poderia fazer isso todos os dias da minha vida. no meu ouvido. Seu olhar transmitia tudo que estávamos sentindo naquele momento, nenhuma palavra era necessária. Eu subia e descia freneticamente ele agarrou meu seios e eu gritei de novo. Será que a mãe de Harry estava em casa? Eu não queria nem saber.
-- Porra Harry – eu gritei de novo.
-- Porra (Sn) – ele gritou também e reverberou por todo o meu corpo, era tão bom ve-lo e senti-lo chegando comigo. Ele agarrou minha cintura de novo, nós estávamos perto, muito perto. Ele me ergueu de novo e me empurrou para baixo com todo ardor. Eu gritei ele grunhiu, nós chegamos juntos, eu me joguei sobre ele e apertei a intimidade tentando prolongar aquilo o máximo possível, minhas pernas tremiam e meus olhos embaçavam. Eu respirava contra o seu pescoço e ele acariciava meu corpo.
-- Caralho Harry... isso foi... – eu mal conseguia falar
-- Foi perfeito – ele completou.
      Eu levantei um tempo depois e fui tomar um banho, eu precisava de um banho.  
      Me encarei no espelho, meus olhos estavam borrados e minhas bochechas coradas, o meu cabelo que a pouco estava preso, agora era um emaranhado de nós e eu nem sabia onde estava o elástico. Passei a mão pelo cabelo tentando ajeitar, mas desisti, só estava ficando pior.
      Aquele corpete me apertando, não sei como consegui fazer aquilo tudo com ele. Eu não conseguia tirar de maneira alguma. Eu gritei, precisava de ajuda.

       Harry entrou esbaforido no banheiro, ele estava verde e parecia preocupado, talvez eu não devesse ter gritado.

Continua...


    Estamos na reta final galera... Vamos postar daqui a pouco a narração do Harry. Esperamos que estejam gostando, e que comentem please!!! Precisamos saber mais ou menos quanta pessoas estão lendo.

Beijos no cotovelo!

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