Nymphomaniac || Vigésimo Segundo Capitulo || Parte I.

07:19 Unknown 12 Comments



       Meu domingo não foi muito diferente do meu sábado, exceto, talvez, pelo fato do meu coração ter amortecido aquele desconforto esmagador. Mamãe e Gemma decidiram que queriam passear pelo centro, fazer compras e aproveitar ao máximo já que voltariam para Holmes Chapel na segunda de manhã. Decidi que ficar "no conforto" do meu quarto só me traria lembranças das quais me doeriam mais, por isso acompanhei as duas em suas constantes peregrinações de compras desde a manhã até quase de noite, quando as duas ficaram cansadas e decidiram pedir pizza em casa.
  Foi difícil pra caramba levar todas aquelas sacolas de compra pela escada, o elevador do prédio permanecia quebrado, por isso ouvi minha irmã reclamar sobre o peso das sacolas. De repente quando estava parado no corredor abrindo a porta de casa me senti no desespero de entrar o mais rápido possível, eu não queria esbarrar com Sara e ter que passar pelo constrangedor momento "eu não acredito que desabafei com você".
  Depois de pôr todas as dez sacolas no canto da sala, mamãe me fez pegar as minhas malas, já que todas as coisas que elas levariam daqui não caberiam nas únicas duas malas que elas trouxeram. Enquanto Gemma se empenhava para pôr organizadamente tudo dentro das bagagens, mamãe perguntava que sabor de pizza nós iríamos querer.
  Não demorou vinte minutos e Gemma já tinha desistido de colocar as coisas com cuidado e começou simplesmente socar tudo de qualquer jeito. Enfim a pizza chegou e ela desistiu de vez. Nós três sentamos novamente no chão para comer. Mais tarde tive que escolher entre ajudar minha irmã a arrumar toda a bagunça de coisas que elas levariam ou lavar louça com a mamãe. Preferi ajudar minha irmã, pois apesar de tudo quando ela começasse seu incensante questionário eu poderia simplesmente me recusar a responder, já com mamãe me sentiria no dever de contar tudo.
  Como todos os dias, quando se aproximou da meia noite Robin ligou, mamãe se afastou para conversar com ele e disse que eu estava bem, até mesmo me passou o telefone para falar com ele. Logo depois, quando tudo estava pronto para a partida das duas, acertei o relógio para cinco da manhã, assim daria tempo de descer com as malas e fazer o último café em família durante os próximos meses. E de repente já me sentia patético por não ter aproveitado o tempo ao lado delas, um fim de semana que tinha tudo para ser perfeito terminou assim. Ligeiro e confuso.


  ACORDEI COM A MARCHA IMPERIAL TOCANDO alto. Me remexi pelo sofá sentindo minhas costas protestarem pelos dois dias que dormi ali, sem contar naquela noite que passei no chão. Procurei pelo meu celular afim de parar aquele som, que toda maldita vez me esqueço de mudar.  Quando enfim acho o aparelho e paro o barulho já é tarde, mamãe está descendo as escadas com os cabelos todos bagunçados e com seu pijama amarrotado.
  —Bom dia mãe. - murmurei, minha voz era só um borrão rouco, eu ainda estava caindo de sono, justo porquê demorei quase uma eternidade me virando no sofá.
  —Bom dia Harold - pensei em protestar, mas aquele nome me lembrava do seu carinho por mim e no fundo eu amava quando ela me chamava assim. — Venha me ajudar com o café, sua irmã já vai descer, ela está no banho.
  —Como a senhora conseguiu por ela para fora da cama? - perguntei enquanto caminhava até a cozinha. Mamãe riu e deu de ombros.
  —Acho que ela está com saudades do namorado. - disse. Na hora franzi meu cenho e olhei  para mamãe esperando uma resposta.
  —Ela não me disse que estava namorando... - me sentei no banco de frente para mamãe enquanto ela abria a geladeira e começava a tirar tudo para o café da manhã.
  —Eu não conheço ele também, mas parece que é um rapaz que trabalha pra ela na loja. - minha boca quase se abriu. Minha irmã namorando um funcionário? Essa era nova.
  Gemma, tinha uma pequena loja de roupas, ela estudou moda por uns dois semestres antes de decidir largar tudo e abrir uma espécie de boutique de roupas que ela mesma produz. Acho minha irmã brilhante em tudo que faz, por isso eu sempre lhe apoiei e ate ajudei pelos dois primeiros meses de aluguel quando ela estava sem um centavo pois havia gastado tudo na confecção das roupas.
  —Porque a surpresa? Gemma sempre foi de namorar...- disse como se não quisesse nada enquanto colocava pães na torradeira, até que se virou para mim encostada no balcão da pia. — Diferente de você. - estava demorando. E lá vamos nós.
  Respirei profundamente e olhei para mamãe, desistindo de não encarar seus olhos que procuravam a verdade até achar.
  —Meu filho, eu não estou lhe julgando, é só que…- mamãe começou a gesticular com as mãos —Eu gostaria de conhecer essa moça, quer dizer, você nunca me disse que tinha uma namorada...- arranhei a garganta não permitindo que ela dissesse mais nada.
  —Ela não é minha namorada, mãe. A senhora não precisa se preocupar...eu e a (sn)...- engoli a seco, sentindo cada pesar das palavras. —A gente não tem nada.
  Mamãe abriu a boca para dizer algo, mas parou do nada. Olhei para as escadas e vi Gemma descendo. Agradeci pela minha irmã ter aparecido, essa conversa me mataria aos poucos.


  TOMAMOS NOSSO CAFÉ NA COZINHA CONVERSANDO E RINDO. Vou sentir saudades de cada momento, só me arrependo de ter me prendido com outras coisas, deveria ter aproveitado e quando dou conta já me sinto mais idiota.
  —Mano, você precisa prometer que vai mais cedo nas férias! - Gemma pediu abraçando-me pela cintura enquanto descíamos as escadas.
  —Claro, pretendo pegar um estágio com Robin durante esse tempo, para experiência. - disse e mamãe logo se empolgou.
  —Tenho certeza que ele vai ficar muito feliz. - ouvimos mamãe falar mais sobre Robin, de como as flores haviam crescido em demasia durante esse mês. E pelo resto da viajem, mesmo que por um breve momento, me permiti deixar de lado absolutamente tudo e ter um momento só para mim e a minha família.
  Senti meu coração apertar quando chegamos em frente ao aeroporto. Eu sabia que não poderia acompanhá-las até o embarque, o aeroporto era um tanto quanto longe da faculdade e já fazia uma semana que não assistia nenhum aula, mamãe não me deixaria atrasar nenhum segundo sequer.
   Desci do carro para ajudar com as malas, já sentindo o pesar sobre meu coração. Mais uma vez eu ficaria longe delas. Um carinha do próprio aeroporto veio ao nosso auxílio com um daqueles carrinhos para malas e nossos últimos momentos foram reduzidos. Sem dizer nada, abracei primeiro minha irmã, que retribuiu com força fungando baixinho em minha camisa, eu sabia que ela não estava chorando, mas eu entendia perfeitamente a saudade que ela sentiria.
  —Eu te amo, Gemma e por favor apresente seu namorado para a mamãe antes que ela pire. - sussurrei em seu ouvido para que apenas ela ouvisse, me afastei vendo seus olhos arregalados e assustados, apenas pisquei para minha irmã e fui ate mamãe que já estava com cara de curiosidade.
  —Meu bebê, mamãe vai sentir tanto a sua falta. - mamãe me agarrou com o dobro de força que eu mesmo tinha e pressionava seus lábios diversas vezes na minha bochecha, mas ao contrário de tudo eu amava tudo isso e sentiria uma falta imensa. Eu realmente não sei como suportei um mês longe da minha família.
  —Eu também te amo muito, mamãe. - depois de mais um aperto enfim ela me soltou, seus olhos estavam merejados eu bem sei que ela lutava com forças para não se debulhar em lágrimas, pois eu estava sentindo o mesmo.
   Mamãe e Gemma se despediram juntas de mim mais uma vez antes de atravessarem o portão do aeroporto juntas, mandando beijos e gritando saudades para mim. Fiquei ali parado vendo ambas partirem e sentindo que meu coração estava esmagado de vez durante o que me pareceram horas. Até que um táxi precisasse da vaga que eu estava ocupando com meu carro.
  A dor só ia piorando a medida que eu ia dirigindo para longe dali. A minha vontade era de largar tudo e voltar para casa e pela primeira vez me questionei se tudo o que eu estava fazendo na vida estava certo. Nunca me preparei para despedidas, será mesmo que eu era capaz de sobreviver a saudades?
  Não sei ao certo em que momento meus olhos não aguentaram o peso das lágrimas e quando dei por mim minha visão já estava embasada e eu não conseguia enxergar nada a minha frente. Fui obrigado a parar o carro no acostamento, tudo para evitar que acontecesse algum acidente. Tentei secar meus olhos, algo inútil, eu estava literalmente chorando copiosamente.
  Bati com meus punhos diversas vezes no volante. Meus dedos começaram a doer, mas que se foda! Eu só precisava bater...bater...foder. Nada mais parecia certo e de repente eu estava me arrependendo de cada passo que dei em falso. Desde quando saí de casa, mas estranhamente eu sentia falta de mais de uma coisa. Eu sentia uma falta de algo que eu mal tive. Porra! Eu sentia tanta falta do sorriso, do cabelo desarrumado, daquele cheiro viciante...seu gosto. Merda, estou fodido.
  Minha raiva parecia querer sair de mim. Não pensei mais nenhum segundo e dei a partida no carro, a essa altura eu não chorava mais, só sentia raiva de mim, como sou patético e tudo mais. Comecei dirigindo em velocidade máxima até desistir de tudo e dirigir cada vez mais devagar, nunca me senti tão instável.
  Não me dei conta do tanto que dirigi rápido durante o percurso longo, só me dei conta de que estava bem na frente da faculdade quando vi aquele monte de gente andando para todos os lados, não me importei de ir até o estacionamento na parte de trás do prédio, apenas atravessei a rua e estacionei ali mesmo na calçada. Peguei minha bolsa e atravessei o campus com passos rápidos, no meio do caminho bati meu ombro em quatro pessoas e ouvi xingamentos, mas eu tava pouco me ferrando.
  Antes de ir para a sala tive que passar no gabinete para deixar o papel da suspensão. Cansado de todo esse peso e raiva decidi apenas fingir que nada disso realmente aconteceu, era mais fácil não? Bem, precisava ser. Quando entrei na sala e me sentei na minha cadeira da semana retrasada, percebi uma menina entregando um papel amarelo para alguns caras nos lances seguintes. Não dei importância até que uma garota loira se aproximou de mim.
  —Hey novato, festa hoje à noite, vê se traz alguém. - a menina me entregou o papel e antes que eu pudesse dizer algo ela já tinha partido. Olhei para o papel e nem considerei a ideia, logo depois de três minutos o professor entrou na sala e deixei de lado a minha tentativa inútil de tentar ler aquelas letras em cor neon.
  Larguei o papel em minha bolsa e peguei meu livro, abri na página que o cara gordinho mandou, já tive uma aula com esse cara e pela pagina que ele mandou abrir o livro pude perceber que perdi muita coisa. Mas então tudo parou e um pânico instalou em mim. Merda e se ela entrasse pela porta com seus cabelos molhados e bagunçados? Minhas mãos começaram a suar e parecia que eu tinha perdido minha audição.
  A medida que os minutos iam virando horas dei conta de que ela não passaria pela porta, uma parte de mim ficou aliviada, mas era uma parte muito insignificante perto daquela que queria muito vê-la.
  Fiquei frustrado pelo resto da aula e o papo de deixar de lado toda aquela merda se tornou lixo, por que eu me sentia sufocado pelas minhas perguntas sem respostas e a vontade incensante de sair daquela aula chata e ir até a casa dela estava ali. Não me dei ao trabalho de sair da sala no intervalo, assim como também não abri nenhum livro e nem prestei atenção nas aulas, basicamente era como se eu não estivesse lá.
  Me vi dando graças aos céus quando a última professora do dia dispensou todos. Fui um dos primeiros a sair da sala e a chegar no campus. Quando avistei meu carro no outro lado da rua me senti péssimo e puto ao mesmo tempo por ver um monte de caras encostados na minha porta. Deus devia sentir pena de  mim, por isso fez com que aqueles otários desencostassem do meu carro assim que eu cheguei, por que só assim para evitar um olho roxo em mim. Com certeza eu iria querer arranjar briga.
  Passei a mão pela lataria e constatei que não havia nenhum amassado e nem arranhão. Me senti mais aliviado,  entrei no carro dando a partida e prometendo que nunca mais faria essa burrada. Em menos de dez minutos eu já estava no  estacionamento do meu prédio.  Enquanto subia as escadas a tristeza ia aumentando, me  lembrei da manhã descendo com tudo aquilo de bagagem, eu podia ate sentir meus braços doloridos, mas eu faria tudo para voltar no tempo e ter aproveitado melhor. 
   Abri a porta de casa e vi apenas o vazio, não ouvi o burburinho de vozes femininas. Fechei a porta atrás de mim, dei alguns passos até cai praticamente deitado no sofá. Revirei minha bolsa atrás do meu telefone, no meio de livros e cadernos acabei achando o papel amarelo amassado. As letras em cor neon chamavam atenção, mas mesmo assim precisei pegar meus óculos para conseguir ler. Era algum tipo de festa para recém chegados a faculdade, ou seja apenas uma festa cheio de pessoas bêbadas. Eu definitivamente não queria passar nem perto.
   Enquanto lia os horários da tal festa minha bolsa começou a tremer, demorei alguns segundos ate me lembrar que tinha posto o telefone no vibracall durante algum momento antes das aulas começarem. Larguei o papel, e voltei a mexer na bolsa ate enfim pegar o aparelho nas mãos e ver no visor o  nome de Louis piscando com uma foto de nos dois juntos. Atendi imediatamente. 
   —Oi Edward - revirei meus olhos mais fui incapaz de segurar o sorriso, Louis me lembrava casa, e eu amava a minha casa. 
   —Oi Boo. 
   —Sua mamãe contou para vizinhança inteira que você vai fazer um estagio com o Robin e que vai voltar mais cedo nessas ferias. 
   —E verdade, pretendo passar um tempo a mais em casa. - disse coçando meu cabelo. 
   —Pensei que você estivesse ocupado demais fodendo uma caloura. 
   —Sobre isso...- comecei, mas eu não sabia bem o que dizer. 
   —Vai dizer que você estragou tudo? Porra Harry eu disse que era para por a camisinha. - franzi meu cenho e comecei a rir quase no mesmo instante. Louis era sem noção. 
   —Não e nada disso! 
  —Que bom, né. Porque eu esqueci. - comecei a rir de imediato, ate não ouvir nenhum ruído do outro lado. Porque o Louis não está rindo? —Harry, e serio...eu literalmente esqueci. 
   Parei de rir no instante seguinte. Quase pode ouvir o clique que minha cabeça fez para raciocinar aquelas poucas palavras. 
   —Puta merda. - as palavras saíram antes que eu pudesse me sintonizar. Ai sim ouvi a risada estrondosa de Louis.
   —Foi exatamente o que eu disse quando a Eles me disse. 
   —Nossa Louis, Parabéns? - disse meio hesitante, por telefone era difícil identificar o que Louis realmente estava sentindo com tudo isso. No entanto, eu só conseguia permanecer chocado, e me perguntando quantas coisas mais eu perderia durante os anos seguintes fora de casa. 
   —Há, apesar de tudo, digamos que eu tô meio que, animado! 
   —Nossa, isso e realmente um pouco complicado. - fiquei imaginando a própria Eleanor com tudo isso. 
   —Ela foi fazer uns exames de sangue para o novo emprego que exige essas porras, e lá estava. Gravida de duas semanas! - passei meus dedos pelos meus cabelos tentando cair na real. Eu nunca imaginaria o Louis pais. Quer dizer e o Louis, o cara que deixou a irmã mais nova cair da cama!
   —Eu queria muito poder dizer que você vai ser um bom pai mais estou com serias duvidas...- Louis começou a rir escandalosamente, e fui tomado por essas mesmas ondas de risadas. Louis vem de uma enorme família, sendo apenas ele e seu padrasto de homens com quatro irmãs e sua mãe, acho que devido ao fato de ter tantas mulheres em sua vida ele sempre teve tantas namoradas, mas fico realmente feliz de ver que Eleanor e a garota certa. 
   —Eu quero que você seja o padrinho Harryzinho. - e mais uma vez fiquei surpreso. 
   —Serio? Caramba. 
   —Claro! Eu sou todo torto, meu filho tem que ter uma figura de equilíbrio. Eu não imagino um cara mais legar e mais centrado do que você irmão.
   Agradeci pelas palavras e prometi que tentaria ser o melhor padrinho possível, ate brinque com o fato de poder ser uma menina, Louis apenas disse que sentia que era um menino. Trocamos mais algumas palavras sobre a iminente gravidez. 
   —Harry estou contanto que você colonize seu pinto em todas essas gostosas de Londres. - fui obrigado a rir de novo, mal parecia que eu havia chorado tanto a algumas horas atrás. Isso era um tanto quanto libertador. 
   —Você e um completo idiota Louis! 
   —Eu tenho certeza que eu sou. Mas e serio Harry, aproveite por mim. Você precisa comer uma ruiva, eu nunca comi uma ruiva...- comecei a rir desesperadamente, e as palavras seguinte foram exatamente sobre as prováveis chances que eu tinha de, segundo meu amigo, zerar a vida depois de 'comer' uma ruiva. Depois de rir um bocado mais, Louis precisou desligar e disse que me aguardava para as ferias, e não perdeu o tempo de me zoar mais um pouco por seu 'filhinho de mamãe'. 
   Depois dessa ligação, fiquei por algum tempo indefinido olhando sem parar para a tela do telefone, tentando me acostumar com a imagem do Louis pai. Toda a tristeza que senti de manhã pareceu ir embora com cada imagem que eu ia projetando do futuro. Louis casado com Eles e pai, eu realmente nunca fiquei tão feliz por meu amigo. 
   Me levantei do sofá, pronto para deixar de vez tudo, absolutamente tudo, que deixava triste para trás. Peguei o papel jogado no sofá junto com a minha bolsa e subi as escadas ate meu quarto. Mamãe tinha feito o favor de arrumar tudo como estava antes, ate mesmo trocou a colcha de cama, a única bagunça no quarto era um cesto de roupas sujas. Joguei minha bolsa em cima da cama, pensando no que faria. Por para lavar a roupa de pois rever o assunto que dei hoje, depois dormi. 
   No cesto haviam algumas peças de roupas, uma calça, blusas e a colcha que estava antes na cama. Comecei a por as blusas do avesso e peguei a calça e enfiei minha mão no bolso, para tirar qualquer coisa de estivesse lá. Havia um papel rosa com vários números ordenados na cor roxa. Imediatamente me lembrei de Sara.
   Nossa apresentação não podia ter sido mais embaraçosa do aquele momento totalmente inapropriado no elevador. Mas não podia deixar de lado o fato de ter desabafado com ela, isso tudo era tão esquisito. Então porque eu tinha vontade de vê-la de novo? Quer dizer, ela foi a única aqui que me perguntou como eu estava.
   Em um ato de coragem fui ate a minha cama e peguei meu celular. Disquei o número dela, preferi mandar uma mensagem, aos níveis de ligar.
   "Oi Sara, sou eu Harry o seu vizinho." 
   Esperei alguns segundos ate a mensagem fosse enviada, e quando estava preste a jogar o celular na cama vi sua resposta. 
   "Oi Harry! Nossa pensei que você não mandaria nada. E ai? " 
   'E ai?' e ai o que? Droga, e agora? O que eu queria com essa mulher? Uma parte de mim dizia para não responder mais, então eu pensava no quão babaca eu seria se fizesse isso,  e lá no fundo havia uma pequena voz que dizia ''aproveite e esqueça''. 
   Parai de olhar para a tela do celular, tentando pensar em uma resposta rápida. Como convida-la para sair sem insinuar segundas intenções? Afinal eu só queria ter alguém para...conversar. Meus olhos foram atraídos pelas letras em neon berrante sobre aquela tal festa de calouro. Olhei para as horas em meu celular e constatei que faltava um hora para a festa começar. Então comecei a digitar rapidamente uma mensagem. 
   "Você acha que consegue ficar pronta para uma festa de calouros em uma hora?" Desta vez aguardei pela reposta, fiquei um tanto apreensivo com medo dela recusar, sei lá...ela talvez estivesse fazendo algo mais importante do que uma festa inútil como essa. 
   "Nossa que missão difícil. Mas por você vizinho eu vou tentar, não se esqueça que agora está me devendo uma." 
   Fiquei verdadeiramente surpreso, imaginei que ela fosse dizer que estava ocupada ou que preferia ir a outro lugar. Me senti aliviado. 
   "Pode deixar. Te encontro daqui a uma hora no corredor?" Dessa vez a resposta veio de imediato. 
   "Fechado" 


Continua...

Notas da autora. 
OI galera. Puxa faz um bom tempo, né! Mas aqui estou eu, esse capitulo era para ser postado ontem, mas minha internet parou do nada e só voltou agora. Esse capitulo vai ter duas partes, e sim terá festa! Hahaha <3 aguardem que tudo isso promete. 

Xoxo :)
-Ananda

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12 comentários:

  1. Já to até esperando mds essa fic é muito perfeita
    -K

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  2. só o que falta é a (sn) tbm ir na festa e ver o Harry e a Sara juntos !!!!
    -Aline

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  3. Continua Ananda diiivaaaa

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  4. continua continua continua

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  5. Bom o que dizer ? Depois de um serto tempo lenda fãnfic fiquei "meio" "especialista" nesse assunto . Posso dizer que você me surpriendeu nessa historia , eu pensei que siria só mais uma . Mas você consegue dividir perfeitamente a doença dela pelo sexo e uma paixão que estar surgindo , e tudo parece mais real ! Quero dar os meus parabéns e pedir que vc continue logo !! Não vejo a hora !!!

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  6. Continua Ananda e Mavi diwassss

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  7. Ananda, Mavi... Cade o próximo capitulo?
    *-*

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  8. Um mini Loou :3 E essa party heinn?? Hagahagahah

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