Fix Me || Décimo segundo capitulo.
.Niall.
.
.Fuck The Clients..
.Fix Me.
— Kaya,
querida? – ouço alguém gritar, uma mulher.
Ainda estou
tonto pelo beijo, porra, não acredito que fomos interrompidos.
—Merda! –
Kaya se afasta e passa as mãos pelos cabelos.
Não me mexo,
Kaya parece não estar esperando essa pessoa, e esta começando a entrar em
desespero.
—Você! –
ela aponta pra mim com determinação, eu engulo seco – Fica aqui, nem pense em
sair.
—Mas...
—Apenas
fica, tudo bem? – seus lábios ainda estão inchados do beijo, ela está sexy como
o inferno.
—Tá, Tá. –
digo e levanto as mãos próximas ao peito.
Ela cerra os
olhos pra mim enquanto tenta ajeitar a bagunça de fios em sua cabeça e sai do
quarto, eu estou duro, puta que pariu. Saindo do transe que ela me colocou,
corro até a porta e grudo minha orelha na mesma.
—Querida,
por que demorou tanto? – dessa vez a voz é masculina. São duas pessoas então.
—Estava... Entrando
no banho. – ela diz gaguejando. Mente muito mal.
—Você está
corada, está com febre? – Ouço passos, provavelmente a mulher está se
aproximando para checar a “febre” que causei, mordo o lábio orgulhoso.
—Mãe! –
Kaya repreende a mulher, que agora sei que é sua mãe. – Eu estou bem, ótima na
verdade.
Um sorriso brota
em meus lábios, sei que vou acabar indo para o inferno mesmo, então aperto a
toalha em meu quadril e saio do quarto, fingindo estar distraído.
—Kaya, usei
o seu xampu, espero que não se importe. – Mexo nos cabelos e olho para cima.
Todos os olhos
estão voltados para mim, os de Kaya estão arregalados e ela parece prestes a
ter um aneurisma, por essa ela não esperava. Seu pai, - um homem alto e branco,
feito papel com traços firmes. Tenho certeza de que ele é Inglês- parece apenas
confuso, já a sua mãe, - tem a cor de pele mais amorenada e olhos como os de
Kaya, os detalhes de seu rosto e jeito que se veste deixa claro que não e
daqui- tenta segurar um sorrisinho quando me analisa de cima a baixo notando a
toalha.
Agora sei o porquê
de Kaya ser tão exótica, há uma mistura muito grande entre seus pais e eu nem
conheço o resto de sua família.
E o Oscar vai
para...
—Olá! –
digo amigavelmente. – Estico a mão, primeiro para a mãe, ela retribui meu gesto
e eu deposito um leve beijo nas costas de sua mão. – Niall, muito prazer.
—Er...Kala,
encantada. – ela sorri sem graça para mim.
Estico a mão
para o pai e ele faz o mesmo, tudo que consigo identificar em seu semblante e
confusão e curiosidade.
—Carter,
prazer. – ele se vira para Kaya, que apenas me encara com raiva transbordando
dos olhos. – Querida, não disse que teria companhia.
—É querida,
– digo com ironia – Por que não disse que teria companhia? – seus lábios tremem
e eu seguro o riso.
—Ainda mais
uma companhia tão pouco vestida. – Kala também segura o riso. – Agora entendi
por que você demorou tanto. – ela pisca para Kaya.
—Mãe! –
suas mãos cobrem seu rosto corado. – Niall, – ela respira fundo tentando controlar
seu tom. – Você pode, por favor, me da um minutinho com os meus pais?
—Claro, – abro meu melhor sorriso para Kala e Carter.
– Com licença, foi um prazer conhecer vocês.
Virei-me e
voltei para o quarto ainda segurando o riso, agora eu fodi com tudo de vez, ela
vai me odiar com força. Pensei em colocar minhas roupas, mas talvez a toalha
amenizasse sua raiva. Sentei-me em sua cama ainda desarrumada e me encostei-me
à cabeceira botando as pernas para cima. Passei as mãos pelo lençol sentindo a
maciez e tudo que eu conseguia pensar era no quão longe poderíamos ter chegado
caso não tivéssemos sido interrompidos.
Poderíamos estar
nessa cama, meu corpo sobre o dela, nada entre nós, eu iria fazê-la gemer como
nunca antes, e calaria os mesmos com beijos como o que demos há pouco tempo
atrás. Consigo praticamente vê-la deitada, os lábios entreabertos enquanto ela
geme meu nome.
Merda, merda,
merda.
Meu pau
pressiona a toalha, não me lembro de desejar tanto uma mulher na minha cama
depois de Éseêne, como estou desejando Kaya, ela me intriga, me deixa querendo
saber cada vez mais sobre sua história, e nada me deixa mais excitado do que
deixar ela com raiva de mim.
Penso seriamente
em voltar para o chuveiro, mas tenho certeza que nem um banho frio resolveria o
meu problema, já os lábios rosados de Kaya resolveriam isso em tempo recorde
posso apostar. Aperto meus dentes frustrado e jogo a cabeça para trás, batendo
na cabeceira.
—Merda... – esfrego o local dolorido.
Kaya abre a
porta e entra no quarto sem me dirigir o olhar.
—Você ainda não se vestiu? – ela vai para o armário e
o abre procurando algo.
—Estou com calor... – levanto e caminho em direção a
ela, passo uma mão por sua cintura e colo meu corpo nas suas costas. – Podíamos
continuar o que começamos.
Ela se virou
rapidamente me empurrando, agi rápido e segurei a toalha caso o contrário
estaria nu na sua frente e aposto que ela não ficaria muito feliz devido aos
recentes ocorridos.
—Não Niall. – Kaya me fitou seriamente e soube que por
hoje chega de investidas. – Olha, eu estou de saída. Quando você for embora,
fecha a porta tá?
Seja lá o que ela
estava procurando no guarda-roupa ficou esquecido, Kaya se vira pronta para ir
embora. Solto a respiração pesada e vou atrás dela.
—Hey! – agarrei levemente seu cotovelo – Foi mal,
acontece que tudo acaba nos atrapalhando quando estamos começando a nós
entender.
Ela se virou
para mim com os olhos cerrados.
—Em momento algum tentamos nós entender. – um sorriso
malicioso se abre em meus lábios e ela revira os olhos puxando o cotovelo se
libertando da minha mão.
—Olha, por que a gente não da uma volta? – ela me olha
incrédula, como se eu tivesse acabado de criar um rabo. – Vamos conversar um
pouco...
—Você não tem que trabalhar? – ela sacode a cabeça –
Não temos o que conversar.
—Claro que temos, eu sei pouquíssimas coisas sobre
você. – eu disse levantando as sobrancelhas. – E em relação ao trabalho, posso
tirar um dia de folga.
Eu estava
realmente admirado com a minha teimosia, em outros casos com certeza já teria
esquecido e pulado pra outra, afinal, mulher é o que não falta, o que eu não
entendia era por que eu simplesmente não conseguia deixa-la, minha boca
continua articulando e tentando convencê-la a estar comigo, mesmo que isso não
faça sentido algum pra mim. Deus, qual foi a ultima vez que tirei um dia de
folga? Ainda mais por uma mulher?
—Niall, eu tenho que...
—Por favor. – fiquei espantado com a sinceridade da
minha suplica. – Escute, eu não sou muito bom nisso, mas você pode me dar uma
chance? Eu nunca... Vamos apenas sair? Tomar algo, não sei.
Fico parado por
segundos olhando fixamente seu rosto, vendo cada pequeno traço relaxar enquanto
ela cedia.
—Espero que eu não me arrependa. – ela diz fechando os
olhos e eu dou uma risada, me sentindo aliviado. –Aonde você quer ir? – Kaya
pergunta.
—Não
sei. – dou de ombros – Me leva a um lugar que você goste, que tal?
—Er...-
Kaya move a cabeça negativamente e sei que ela está dando para trás. – Não faço
ideia de onde podemos ir.
—Um
lugar onde possamos conversa e que você goste, sou seu pelo resto do dia. –
termino a frase com um leve dar de ombros e Kaya arregala os olhos e engole a
seco.
—E-eu...gosto
de andar de trem. – Suas bochechas coram como se ela estivesse revelando seu
maior segredo.
Tenho que me
conter, pois minhas mãos coçam com a vontade de acariciar seu rosto rosado,
balanço-as do lado do corpo e tento entender o que ela quer dizer com gostar de
andar de trem.
— Como assim? – os cantos da minha boca se curvam
ansiando por uma explicação, ansiando para desvendar mais uma camada daquela
mulher.
Ela morde os
lábios e sorri. Puta merda.
—Posso te mostrar? – ela olha dentro dos meus olhos,
parece totalmente travessa nesse momento e já vi que teria que aprender a lidar
com suas mudanças, ela estava tímida não faz nem um minuto.
—Primeiro as damas... – estico o braço para a porta do
quarto.
—Você vai de toalha? – suas sobrancelhas se juntam e
ela prende os lábios entre os dentes de novo, dessa vez segurando o riso.
Eu realmente
iria seguir ela pra qualquer lugar e demoraria bastante até me ligar que estava
apenas de toalha, Kaya faz isso comigo, ela parece me enfeitiçar com aqueles
olhos, pelo o que eu vi de seus pais o que não falta na família dela é
variedade, talvez ela seja descendentes de ciganas ou algo do tipo, aquilo não
era normal.
—Algum problema? – coço a cabeça – Aposto que faria o
maior sucesso... – Dobro os braços e forço o abdome, Kaya cora e sacode a
cabeça.
—Apenas coloque sua roupa. – ela sai do quarto
apressada.
Visto
minhas roupas e a sigo para a fora do quarto, Kaya arruma algumas coisas em sua
bolsa e a cruza por seus ombros.
—Melhor? – abro os braços para mostrar que estou
devidamente vestido.
—Ér... – ela hesita – Claro!
Um sorriso
convencido brota em meu rosto, sou incapaz de me segurar, pego o meu celular
que por algum milagre ainda tem 15% de bateria, procuro pelo número de Greta,
ela atende no terceiro toque.
—Greta? – Kaya caminha em direção a porta e eu a sigo.
—Niall, onde você tá? – sua voz é estridente e eu
afasto o celular do ouvido. – Você tem um cliente em uma hora!
—Desmarca.
—O que? Você ta rico agora por acaso? – Já saímos, e
estamos na rua caminhando em direção a estação.
—Desmarca a agenda do dia todo.
—Niall, mais que merda! – ela reclama e eu estou quase
gritando com ela e mandando ela procurar outro chefe pra encher a porra do
saco.
—Só faz o que eu to mandando, Greta.
—Eu preciso dar alguma justificativa para os clientes.
– Kaya está brincando com um fio solto de sua blusa e quando percebe que eu
estou encarando ela sorri pra mim.
Fodam-se os
clientes.
E fácil assim,
um movimento de lábios, alguns dentes e olhos hipnotizantes para me fazer
perder todo o meu profissionalismo.
—Diz para eles que eu fui dar uma volta de trem.
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